Atração | Satoru Gojo

Capitulo 1

— Bom, seja como for, trabalhando na teoria das cordas temos a possibilidade de avanços significativos no nosso conhecimento sobre os aspectos do Universo e suas respectivas dimensões.- assim que finalizo a palestra vejo as pessoas se levantarem e começarem a aplaudir.—Agradeço a oportunidade que me foi dada para apresentar meu projeto. Um bom dia a todos.

Assim que os aplausos são cessados, devolvo o microfone e dou espaço para que o diretor do Congresso possa assumir.

— Desde já gostaria de agradecer novamente a presença de todos no nosso 122º Congresso Internacional de Física, é sempre uma honra para mim prestigiar o encontro das maiores mentes do mundo. Gostaria também de agradecer exclusivamente à Dra. Toller por nos agraciar com sua presença, apesar de possuir apenas 19 anos possui um dos mais refinados conhecimentos que já pude presenciar em minha vida, uma salva de palmas por favor.

Sim parece loucura, o fato de ter somente 19 anos e ser uma das maiores físicas teóricas do mundo? Bom devo agradecer ao meu amável pai por ter insistido que eu fosse para a faculdade com meus míseros 10 anos. Eu sei, quem é maluco por mandar sua filha basicamente pro inferno?

Principalmente para Harvard onde aparentemente as pessoas tem um terço a menos de neurônios comparados ao resto da população.

Contudo devo acrescentar que isso se resultou graças a minha brilhante ideia ter construído um foguete aos 7 anos. Sim eu construi a porcaria de um foguete porque eu estava entediada.

O resultado foi bem agradável, o foguete ao invés de ir para o céu acabou indo para minha casa causando assim um incêndio que destruiu metade da mesma e me deixando marcada com uma consulta só de ida ao psiquiatra.
O único lado bom desse história toda, é que lá o doutor deixou bem claro para meu pai que eu não era louca e que aparentemente eu tinha um QI muito acima da média e portanto era super dotada. Jeito estranho de se descobrir que se é um gênio.

Então a partir daquele dia meus esforços foram totalmente dedicados a física, física e física...

— Agradeço a todos, um bom dia e até ano que vem—finaliza o diretor e novamente uma salva de palmas é ouvida.

Estava tão imersa pensando em como um pão de queijo saído do forno seria maravilhoso nesse exato momento, que nem notei que o diretor havia finalizado o congresso e que metade dos convidados já tinham se retirado.
Sem perder mais tempo, comecei a organizar meus documentos em minha pasta, não que eu precisasse deles pra apresentar alguma coisa mas era sempre bom passar a impressão de que eu era uma pessoa organizada.
Novamente presa em meus pensamentos que não noto uma figura conhecida se aproximando devagar

— Organizando papéis desnecessários de novo Toller?

Tomei um susto tão grande que acabei tendo um espasmo, derrubando minha pasta e meus documentos no chão.
Com olhos arregalados me viro e olho para a velha figura conhecida que estava com um sorriso vitorioso por ter conseguido me pegar desprevenida.

— Porra Yaga, vai assustar tua mãe seu velho desgraçado.
— Eu não sou velho Toller!
— Não ? Então por que tu tá usando mega hair pra cobrir a calvície ein?
— Sua... - disse vermelho e eu podia jurar que tinha fumaça saindo de seus ouvidos.

Masamichi Yaga meu ex professor de física quântica, trabalhava como professor em Harvard acho que desde da era cretácea ( por isso a calvice).
Ele praticamente me adotou quando entrei para Harvard, por claro ser a única criança de dez anos a estudar lá e também por meu pai só ter me largado lá me deixando a mercê do mundo.
Então basicamente eu o considero um pai pra mim e por conta disso eu devo muito a esse velho carrancudo.

— Não imaginava o encontrar aqui, você sempre fala que não aguenta ouvir esses velhos falando sobre sua preciosa teoria quântica.
— Bem sim mas eu não perderia por nada ver minha filha humilhando esses desgraçados, então abri uma excessão.
— Ownnn que fofo ele tem sentimentos, pensei que eles só eram destinados a sua linda pesquisa. — digo debochando.
— Ok já chega você venceu— diz soltando um suspiro derrotado— Bom também tem outro motivo para eu ter vindo, podemos ir tomar um café aí conversamos direito pode ser? Eu pago.