Capítulo 2 - Se Acostumando com a Nova Vida

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Reed cuidadosamente levou o humano para casa em sua scooter, procurando as ruas menos iluminadas e populosas da cidade. Apesar da demora, eles chegaram em seu destino sem chamar nenhuma atenção.


"Então essa é sua casa." - disse Vaan enquanto inspecionava a moradia de seu anfitrião. A casa era modesta, e o primeiro cômodo era uma sala de estar pequena com um sofá encostado em uma parede e um raque de madeira com uma televisão de trinta e duas polegadas no lado oposto. Pelo que Reed disse, seus pais tinham se mudado para a casa de seu irmão que era médico, o que explicava a ausência de mobília.


Logo após estava a cozinha e a sala de jantar, que apesar de ocuparem uma sala só, tinham um tamanho adequado. Vaan observava com curiosidade os utensílios e mobília de aparência levemente diferente dos que conhecia no passado, sendo adaptados para as "pessoas" daquele mundo.


"Bem, o lugar pode não ser lá uma casa humana da vida, mas dá pra viver aqui, ao menos por um tempo." - disse um Reed envergonhado com a inspeção do rapaz humano, coçando a parte de trás da cabeça. Apesar de ter estudado muito sobre os humanos, muitas informações sobre a vida daqueles seres foram perdidas com o tempo.


"Que é isso, cara. Comparada com a maioria das casas que já estive, essa aqui é bem ajeitada, inclusive a minha."


"Quer dizer que os humanos não viviam em mansões enormes com um monte de andares que nem prédios?"


"Tô começando a achar que o conhecimento de vocês sobre a humanidade é meio fajuto..." - Vaan balançou a cabeça negativamente, um meio sorriso se formando em seu rosto.


Reed estava surpreso. Seria todo o conhecimento existente sobre a espécie humano errado? Ele não podia esperar para encher o rapaz de perguntas, mas não queria o irritar. Por agora o gato planejava se tornar um amigo para Vaan.


"B-bem, ainda bem que a casa não é um problema. Ah, quase me esqueci. Em que quarto você vai ficar? Vem cá, vou te mostrar o resto da casa."


Ao fim do tour, Vaan decidiu ficar no quarto do irmão mais velho de Reed. O lugar só tinha uma cama e um armário, mas era bom o suficiente.


"Prontinho!" - disse Reed enquanto limpava a testa, terminando de limpar o quarto e trocando os lençóis da cama. Apesar do rapaz ter insistido várias vezes que aquilo não era necessário, o gato queria ser um bom anfitrião afim de melhorar a imagem que o humano tinha dele.


O trabalho de Reed ainda não tinha acabado. Vaan deveria estar com fome, ele pensou, e agora estava preparando algo para saciar a fome do rapaz enquanto ele se banhava. Como já estava preocupado com seu conhecimento sobre os humanos, o gato decidiu fazer um prato diferente dos peixes e carnes de sempre. Escolhendo preparar uma macarronada, ele literalmente pôs a mão na massa.


"Esse é o melhor macarrão que já comi, puta que o pariu..." - Vaan devorou seu prato rapidamente sem se preocupar com etiqueta.


"Que bom que gostou!" - Reed riu, seu rabo balançando de felicidade - "Sinceramente fiquei com medo de te envenenar por engano. Já nem sei mais se o que eu sabia sobre vocês é certo..."

O Último Humano do Velho MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora