O QUE VOCÊ QUISER

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POV: ISABELA 


Eu não sei se estou fazendo a coisa certa, ou se estou fazendo a pior besteira de todos os tempos, mas esse sentimento estava tomando conta de mim a cada dia que passava, e eu não tinha outra escolha ou eu falava para ela ou enlouquecia! 

Mas agora que falei, me sinto insegura e com medo, só eu e minhas amigas sabemos disso e eu não faço ideia de como será a reação dos meus pais caso eles fiquem sabendo, tenho medo de que isso se transforme em uma grande bola de neve e que saia do meu controle, tudo que eu queria até algumas horas atrás era fazer isso, vir aqui e falar tudo o que eu sinto, colocar para fora de uma vez o quanto eu quero a Brenda perto de mim! 

Mas depois que eu falei eu estou sentindo medo, eu estou tão assustada com os meus sentimentos e pensamentos que parece que não tenho como controlá los, parece que por um momento meu corpo desaprendeu a receber os meus comandos, e tudo que sabe fazer é dizer o quanto eu quero que a Brenda sabia que eu sou apaixonada por ela, e o quanto eu quero ela junto a mim. O que parece insano pelo fato de que a gente só se falou uma só vez, mas mesmo assim parece que naquele dia um pedaço da minha alma ficou junto a ela, fazendo com que eu sinta a cada dia mais necessidade dela, fazendo com que eu queira sentir incansavelmente o seu cheiro, o carinho dela, meu corpo parece gritar para sentir só a sua respiração de novo junto a minha, e eu tenho medo de tudo isso, medo dos meus próprios sentimentos.





POV: BRENDA




Por um momento me sinto assustada com tudo isso, tudo que ouvi parece uma cópia do que eu sinto e venho negado todo esse tempo, parece que ela sabe ler meus pensamentos e sentimentos ao mesmo tempo, o que parece assustador para mim que não sei o que fazer, acho que tudo que nós duas precisamos agora é tentar assimilar isso tudo, tentar de alguma forma descobrir o que fazer e como agir com isso, parte de mim quer desesperadamente só ficar junto a ela não importa o que venha a acontecer depois, mas outra parte me segura e me pede para pensar antes de agir, eu preciso de um tempo para conseguir encaixar tudo que ela falou, tudo que me foi despejado em poucos minutos, eu preciso assimilar isso, também preciso pensar se quero causar mais um caos em casa com minha mãe, eu não sei o que fazer com esse sentimento insano.




ISABELA: Eu acho que estou mais confusa que você, em relação ao que fazer com todos esses sentimentos que se chocam de uma só vez, mas eu tenho uma única certeza, eu sei o quanto eu quero que você fique perto de mim de novo, como você ficou no dia que a gente dançou na quadra da escola, o que eu mais tenho certeza é que eu quero ficar junto ao seu corpo por que o meu grita desesperadamente por isso! *Falou segurando forte minha mão, com um olhar de súplica* 



Eu acho que depois daquele dia na quadra, nem você nem eu conseguimos viver sem tentar ignorar esse sentimento de necessidade, porque o meu corpo se sente assim toda vez que eu olho para você. *Respondi retribuindo o aperto em suas mãos* e eu quero muito que nós duas consigamos suprir isso. 



ISABELA: O que você quer fazer agora? Eu quero fazer o que você propor *respondeu acariciando a minha mão* 



Eu acho melhor a gente ir para casa agora, e tentar descansar para conseguir pensar melhor sobre tudo isso, e amanhã ou depois a gente se ver de novo para decidir o que a gente vai fazer, tá bom? *Falei enquanto olhava seus olhos* 



ISABELA: Está bem, acho que vai ser mais fácil assim, agora que a gente já sabe o que nós sentimos acho que vai ser um pouco mais fácil de decidir! *Falou com um sorriso de canto* 


Eu vou te deixar em casa tá bom? Vou chamar um Uber para nós duas. *Respondi retribuindo o sorriso* 



ISABELA: claro, pode ser! *Falou afirmando com a cabeça* 



Eu me sinto tão dispersa, e tudo que preciso fazer é pensar em chamar um Uber e ir para casa, até isso parece está sendo difícil demais agora que minha cabeça não para de pensar em mil coisas por segundo. Ele já está vindo *falo direcionando o meu olhar a ela* 



ISABELA: Está bem, não tem pressa *responde com um sorriso envergonhado* 


                         UBER CHEGOU

Vamos?  *Perguntei estendendo a minha mão em direção a sua* 


ISABELA: Vamos sim! *Respondeu segurando minha mão* 


Essa é uma das melhores sessões que já senti, o simples gesto de segurar a sua mão parece que me trás bilhões de picos de energia e alegria, como uma mão tão pequena e macia sem esse poder? 


ISABELA: Senta aqui * ela falou apontando para mais perto dela* fica aqui perto de mim. 

Me aproximei e ela de novo segurou a minha mão, agora apoiando a sobre a sua coxa *eu confesso que gosto da sensação que isso me trás* 

ISABELA: Eu estou me sentindo mais feliz, só de ter você assim pertinho mesmo por pouco tempo, parece que tudo que eu precisava era isso, era só sentir você aqui junto a mim. *Falou deitando sua cabeça sobre meu ombro* 

Como ela consegue descrever o que eu sinto? Parece que nossos corpos compartilham o mesmo sentimento ao mesmo tempo, isso parece não ser real ao mesmo tempo que se faz assustadoramente real demais. *Faço carinho em sua mão, enquanto a escuto*  O silêncio toma conta de todo o carro, até chegar a sua casa. 

Chegamos *diz o motorista* 

ISABELA: Tchau Brenda, e obrigada por ter vindo me deixar *se aproxima me deixando um beijo em minha testa* 

Tchau meu bem, fala comigo se precisar*respondo com um sorriso de canto* 

Tudo que eu quero agora é tentar dormir, para depois pensar no que eu vou fazer.

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*Depois de um século estou de volta, espero que gostem*

O ÚLTIMO ADEUS Where stories live. Discover now