Corte Fantasma •Acotar✷

Capítulo 34

Roan

A explosão percorreu todo o campo de batalha, uma rajada de vento estrondoso e quente chegando até nós, Kyllie cobriu Sam com seu corpo e eu cobri o deles com o meu quando a onda de calor chegou até nós.

Um escudo se formou ao nosso redor e os inimigos foram fervidos pelo fogo e calor que ondulou.

Segundos, talvez minutos muito longos. O escudo se desfez e eu olho para cima, estrelas e brasas caíam do céu, cinzas.

Vejo Cerridwen, Cailleach e Taranis pousarem mas faltava um...

Olho para o céu e não há sinal de Drakon ou Rheynah e ao ouvir o grito das irmãs Archeron eu tive certeza da tragédia.

— Rheynah...

Eu corri em direção ao gigante buraco no chão de onde elas olhavam, eu paro na beirada e ao olhar para baixo vejo o gigante corpo do fúria da noite derrotado contra as cinzas.

Meu coração por segundos pareceu ter parado.

Não...

Eu escorreguei derrapando em direção a ele e meu corpo se chocou contra o chão queimado. Eu corro cambaleante até o gigante dragão.

— Drakon, Rheynah. -digo.

Eu toco as escamas do dragão, quentes demais.

— Rheynah!! -olho em volta.

Olho para as cinzas no chão e caio de joelhos, as lágrimas começando a cair.

— Não... -sussurro fechando os olhos.

Ouço um rosnado baixo e eu abro os olhos, eu olho para Drakon que abriu seus olhos verdes cansados, ele rosnou outra vez e moveu uma aasa, esta com um grande rasgo.

Suas asas se abriram revelando o pequeno corpo encolhido que ali estava.

— Rheynah..

Eu me arrasto até ela, tocando-a, está quente, mas ouço sua respiração.

— Está viva. -digo com um imenso alívio.

Eu a trago para mim, abraçando seu corpo. Olho para o fúria da noite com um tremendo respeito.

— Obrigado. -digo baixinho.

Ele assente devagar, sua cabeça despencando cansada nas cinzas.

— Sam..

— Estamos fazendo o possível por ele. -disse Rhysand de cima.

Eu olho para ele e ele fitou as estrelas pequenas que caíam do céu como purpurina.

— Ela terá que explicar muita coisa. —ele olha sério para a noite que aos poucos sumia— muita coisa.

— Ela fez isso para salvar suas peles. -rosno.

—  Roubando poder. —ele rebate— um poder que não é dela, essa discussão ficará para quando ela acordar.

Eu o ignoro e foco em Rheynah e Drakon.

— Muitos não vão reconhecer o que você fez, a heroína que foi hoje. —acaricio o seu rosto— mas eu reconheço.

Eu olho para o dragão.

— Dois bravos heróis.

Rheynah

Eu abro os olhos inerte, cada partícula do meu corpo estava dolorida, um zumbido estressante em minha cabeça, faço careta e pisco para a luminosidade do quarto.

— Ela acordou.

— Rheynah??

— Roan?! -me alerto.