49.

30.5K 1.4K 264
                                    

Já se passaram algumas horas, Dylan ligou para mim e pediu para eu terminar de fazer tudo o que eu havia programado, pediu para que eu esquecesse tudo o que havia acontecido.

Já que eu estava no salão, e com toda certeza eu não queria ir para casa, fiz tudo o que já estava agendado. Eu não queria ficar em casa ansiosa esperando aqueles dois chegaram, então eu procurei distrair minha mente.

Recebo uma ligação de Lucas e atendo no segundo toque.

Ligação: Maninho:

- Está no salão? - Ele pergunta com uma voz cansada.

- Sim, não queria ficar em casa sozinha, onde vocês estão? - Pergunto e ele suspira.

- Não se preocupa Lua, resolvemos tudo, e isso é o mais importante.

- Como sabiam que eu estava na praça? - Pergunto curiosa.

- Na verdade só saímos para comprar lanche, já que o BK teve alguns problemas com os entregadores. Quando passamos, Dylan te reconheceu de longe, na real, acho difícil não ter te reconhecido, todos estavam observando vocês curiosos, mas ninguém fazia merda nenhuma - Ele diz num tom de nojo.

- Dylan vai te buscar daqui uns 20 minutos, fica no salão - Ele avisa e desliga sem esperar uma resposta.

Ligação off.

A mulher que arruma meu cabelo sorri satisfeita vendo o resultado e eu dou uma forçada no sorriso.

- Aquele era seu namorado? - Ela puxa assunto e eu olho para ela.

- Depende de qual você está perguntando - Respondo e ela sorri leve.

- O de camisa branca, que socou o idiota - Ela descreve e eu dou um pequeno sorrisinho de canto.

Não posso mentir, aquilo foi maravilhoso de se ver.

- Sim, o outro é meu irmão - Respondo e ela tira algumas fotos do resultado do meu cabelo.

- Acho que você não deveria ficar tão estressada assim, aquele idiota mereceu a surra que levou, e aposto que seu namorado e seu irmão apenas o levaram até a polícia - Ela diz sorrindo e eu mordo o lábio.

Acho que essa seria a última coisa que Dylan faria, com toda certeza a primeira ideia dele é torturar aquele babaca.

- Não é a primeira vez que aquele idiota faz isso, tem boatos que é ele quem estava estuprando garotas por esse bairro. O tempo todo chamamos a polícia para ele, mas seu pai é policial, então ele sempre acaba solto - Ela explica e eu respiro fundo.

Levanto da cadeira e pago ela, na mesma hora Dylan para a Porsche de frente para o salão, a frente é de vidro, então consigo ver ele nitidamente.

Paraliso por um tempo e me tremo um pouco assim que vejo a camisa branca de Dylan coberta de sangue. Ele olha para a camisa e faz uma expressão confusa, notando que esqueceu de tirar, ele tira, ficando sem nada e joga a camisa no banco de trás.

Então percebo que mesmo parada ali observando ele, ele não nota minha presença.

- O vidro é fumê, ele não pode te ver - Ela me entrega uma cartela de calmante e eu a olho agradecida.

Tomo um e pego um copo de água, respiro fundo antes de sair.

- Luana? - A mulher me chama e eu me viro.

- Ele abusou da minha filha de 14 anos, eu sei que foi ele, mesmo a polícia negando. Seja lá o que seu namorado fez, eu sou grata por isso, você também deveria ser - Ela diz e eu abro a porta.

Dylan sorri assim que me vê.

- Você tá bem? - Ele pergunta e eu dou um sorriso leve, dessa vez não forço.

- Sim, obrigado - Beijo Dylan e o abraço.

Seu corpo está quente, seus braços cobrem todo o meu corpo e eu me sinto mais calma.

- Onde está Lucas? - Pergunto e ele sorri, porém, consigo notar que ele tenta esconder algo.

- Está fazendo uma coisa que eu pedi - Ele tenta jogar uma meia verdade, para ver se eu me contento com a resposta. Mas, sinceramente, não me interessa nem um pouco o que está acontecendo ou o que já aconteceu.

Entro no carro e ele entra em seguida, Dylan dirige calado até em casa, ele parecia ansioso e distraído, então não incomodo ele. Apenas queria saber no que ele estava pensando.

Dylan Martin:

3 horas atrás:

- Cara tem um problema com os entregadores, eles só irão conseguir entregar os pedidos daqui 1 hora - Lucas desliga o celular.

- Então vamos até lá - Falo levantando e sinto minha barriga roncar.

- Melhor do que morrer aqui - Lucas fala e eu subo para pegar minha chave do carro.

    ~×~

- Não estou brincando Lucas, ela mais maluca do que você imagina, você não conhece sua irmã - Falo dando risada.

Estávamos falando sobre Lua, e cada vez que eu soltava seu nome eu sentia uma pontada no meu peito. Não era uma coisa boa, eu tentava ignorar, só não conseguia, a cada segundo isso ficava mais forte.

- O que é aquilo? - Lucas me acorda dos meus pensamentos e eu olho pela janela, uma multidão observa um casal brigando.

Eu levo uma pontada no coração forte e quase paro de respirar.

- Porra! - Falo alto assustando Lucas.

- Você tá bem? - Ele pergunta e eu tento me recuperar enquanto procuro uma vaga para estacionar.

Assim que desço do carro, meu olhar vai diretamente para a briga, e logo reconheço aquele cabelo...

Que porra aquele babaca do caralho ta fazendo com ela?

Apresso os passos e assim que chego por trás de Lua, dou um soco no rosto do babaca.

~×~

Jogo o idiota dentro do meu carro, Lucas sabia exatamente onde ficava minhas armas, seja pela casa ou dentro do carro, sem eu precisar pedir, ele pega a arma e abaixa o idiota.

- Olha, até que você é bonitinho, qual o seu nome? - Lucas pergunta com um sorriso perverso e eu dirijo até meu galpão, que fazia um bom tempo que eu não pisava meus pés lá.

- Max - Ele responde baixo.

- Max... Pena que ninguém mais vai reconhecer você quando ver seu rostinho, Max - Lucas fala e eu acelero o carro.

Não demorou tanto para chegar no maldito galpão, por mais que ele seja no meio do nada.

- Tira ele do carro - Mando e desço.

Caminho até o galpão calado, enquanto escuto as piadas de Lucas.

- Nossa, eu não queria ser você - Ele ri e Max fica calado.

- Cara eu não sabia que ela era sua garota, por favor, me solta. Vamos conversar, eu tenho dinheiro - Max implora pela vida assim que entra no galpão e vê as correntes no teto.

- Preço? - Dou uma risada seca - Quanto você ofereceria para um homem Bilionário? Qual valor você acha que eu iria me contentar? - Pergunto com um sorriso debochado no rosto.

O Melhor Amigo Do Meu Irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora