Lobos- A Batalha Final| Livro 03| Concluído

Capítulo 39- A Batalha Final

Lídia…

— Não obrigarei ninguém a lutar nesta grande guerra em meu nome; esta batalha é minha, e não desejo perder nenhum de vocês. Aqueles que não se sentirem confiantes podem permanecer e aguardar o fim de tudo. Não serão vistos como traidores, e nada de mal lhes acontecerá — terão minha palavra. — Aurora proclamou em alto e bom som para que todos a ouvissem.

Lucian estava ao seu lado, firme em sua decisão de nunca abandoná-la, mesmo que todos os outros recuassem. Ele seria o único exército de Aurora, se necessário, sem hesitar.

— Que a sua guerra seja a nossa guerra, que a sua dor seja a nossa dor, que a sua alegria seja a nossa alegria, rainha dos sobrenaturais. — Iniciei, e em instantes, toda a família e os guardas repetiram comigo o juramento de nossa casa.

— Pela família! — Exclamei com vigor.

Um grito uníssono de determinação ecoou de todos.

Aurora sorriu e se voltou para o marido, que a observava atentamente.

— Lutarei ao seu lado, minha rainha. Morrerei por você, se necessário. — Lucian declarou, com o rosto colado ao da esposa.

— E eu darei minha vida por você, meu lobo.

— Volte para mim, ou irei buscá-la onde quer que esteja. — Lucian afirmou, e ele não estava blefando.

— Eu voltarei. — Aurora, erguendo-se na ponta dos pés e  beijou-o.

Uma luz forte irrompeu entre nós.

Uma voz suave emanou da claridade que descia do céu:

— Chegou a hora, minha mais bela criação.

“Era Selene.”

— Estou a caminho. — Aurora respondeu.

A luz intensificou-se.

— Até breve, minha família. — A voz de Aurora soou distante.

A claridade desvaneceu-se, e com ela, Aurora.

Mas isso já era esperado, por isso os rosnados de um certo lobo não foram ouvidos.

Lucian estava inquieto, temendo perder sua companheira; de resto, tudo era insignificante para àquele lobisomem impiedoso.

— Está tudo bem, irmão? — Dante e os betas se aproximaram de Lucian.

Ele chorava abertamente, indiferente à presença de sua alcateia, porque Aurora não estava  por perto.

E ela havia partido há menos de dois minutos.

“Que fofo.”

— Vou ficar quando ela voltar. — Lucian enxugou as lágrimas com as mãos.

Apenas um filhote grande.

Sorri, mas disfarcei.

Reinava um silêncio total até que alguém riu alto lá atrás.

Olhei por trás dos guardas, que abriram espaço, revelando Gael sorrindo de Lucian, enquanto Abner, também sorrindo, mas fingindo o contrário, tentava silenciá-lo.

— Cala a boca, gato imprestável, todos estão olhando. — Abner sussurrou.

Gael, em forma de gato, rolava na grama seca, rindo.

— O cachorro é apenas um idiota chorão.

— Ao menos tenho alguém para dormir abraçado à noite. — Lucian respondeu, direto e severo.