Capítulo 19

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Oi :) enfim gente, aqui tá mais um capítulo. Tá meio ruinzin, mas o próximo vai compensar esse, prometo!💞
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Um dia todinho tinha ido e Katsuki não saia do quarto nem pra beber água. Mitsuki estava faltando enlouquecer, ele não comeu nada, nem banho tomou. Apenas ficou deitado na cama, chorando.

Enquanto isso, a loira estava na sala quase arrancando os cabelos quando escutou a campainha tocar. Ela lidava melhor com a situação pois havia escondido a morte de Masaru do seu filho, ou seja, havia mais dias que ele tinha falecido.

Se levantou limpando o rosto, abrindo um sorriso no mesmo e então indo abrir a porta.

– Boa tarde senhora, o Bakugou está? – o jovem estudante perguntou.

– Oh, sim ele está. Mas peço que volte outro momento, ele não está nada bem – desviou o olhar.

– Não está bem? Como assim?

– O pai dele morreu tem uns dias...– respirou fundo segurando o choro – E desde ontem ele não sai do quarto pra nada. Por isso acredito que não queira receber visita alguma.

– Ah...eu sinto muito senhora – baixou a cabeça – eu voltarei depois, vou tentar me comunicar com ele de algum jeito. Mas muito obrigado mesmo assim – voltou a encará-la, com um sorriso fraco.

– Eu que agradeço – Mitsuki sorri, abraçando o mesmo.

– Até mais – vai embora.

– Até! – acenou.

Em outro local

Todoroki's pov

Eu nunca que imaginaria que uma coisa dessas teria acontecido em tão pouco tempo na vida do Katsuki. Ele deve estar sofrendo muito, se ele não se alimentar e hidratar, vai acabar morrendo.

Quero nem pensar nisso...

Talvez eu deva ir pra casa da minha mãe agora, meu querido irmão já deve ter saído do trabalho. Preciso falar com ele, mesmo a gente discutindo, ele é um ótimo irmão mais velho.

Logo chego e abro a porta, eu tinha avisado à dona Rei que iria passar para visitá-la. Mas depois do que descobri, acho que vou ter que demorar mais do que o planejado.

– Oh, Shouto! – ela vem até mim, abraçando-me – querido, estava te esperando. Fiz um bolo delicioso de morango! Sei que adora.

– Obrigado – dou um breve sorriso – O Touya está?

– Sim, seu irmão chegou faz um tempinho já. Vá chamá-lo para lanchar também – pediu e eu fui.

Chegando no quarto do meu irmão, bato na porta esperando que ele abra e me dê um "Olá irmãozinho, como está?", mas foi bem o contrário.

– O que você quer aqui? Tá sem casa agora é? – é, ele estava dormindo antes. Ele sempre fala coisas do tipo quando está com sono e é acordado.

– Não vai querer comer?

– Não tô afim não.... Tá, eu vou – entra novamente para calçar seu chinelo e ir pra cozinha – Tá com essa cara de cu por que?

– O pai de um amigo morreu...e ele tá muito mal – falei, não precisava esconder nada dele e sei que ele lembra do Katsuki de quando ele veio aqui.

– Ah é? Que amigo? Se for teu namorado, ele nem pai tem, que nem eu – riu alto. Como ele podia rir da própria desgraça?

– O Bakugou.

– Pera, que?! – parou de andar do nada, arregalando os olhos.

– É, eu fiquei sabendo hoje. Eu ainda não o vi, nem sei como ele está exatamente. Só sei o que a mãe dele me contou – deixo de encará-lo.

– Ah, entendi. Sabe, agora que eu lembrei que um colega do trabalho pediu ajuda com uma matéria do curso que ele faz – coçou a nuca.

– Hm? Virou professor agora? – o olho torto.

– Pois é, irmãozinho. Agora tenho que ir, falou! – bate de leve no meu ombro e sai apressado.

– Quem sai correndo de casa com essa roupa que ele tá? – penso algo.

Bakugou's pov

Tá ardendo. Meus olhos estão ardendo. Meu corpo todo dói, e eu honestamente, não ligo pra mais nada. Perdi tudo que tinha. Eu sei, sei que estou sendo muito egoísta em querer meu pai aqui comigo, mas o que posso fazer? Seguir minha vida fingindo que nada aconteceu? E o que faço com a saudade que me destrói?

Me sento na cama assustado quando ouço um barulho vindo da janela. Não vi nada e me deitei novamente.

– Oi, Kat! Vim te ver – Ah, não. É brincadeira, só pode ser brincadeira. Deus, o senhor tá testando se eu posso continuar vivendo né? Por que permitiu que essa peste entrasse no meu quarto comigo nesse estado?

– Escuta aqui, seu-

Eu meio que me interrompi com uma tosse fraca. Não tava conseguindo nem falar, minha garganta estava fechando.

– Ei, eu fiquei sabendo que seu pai...bem... Você sabe – se senta na minha cama, ao meu lado.

– N-não quero falar disso. Quero que vá embora, quero que esqueça de mim – digo, fechando os olhos.

– Não posso. Eu te disse que estaria ao seu lado sempre, lembra? – não estava vendo, mas senti seu sorriso brilhar.

– Lembro. Mas agora eu não te quero aqui, será que não entende? – abro novamente os olhos, me sentando também.

– Sei que está mal, sei que quer ficar sozinho...Mas eu sou seu amigo – virou o rosto, parecia que não queria olhar pra mim.

– Touya. Desiste. Não somos amigos, entendeu? Eu só te contei dos meus problemas por que foi a primeira pessoa que me deu chance. Eu também só aceitei "sair" com você àquele dia pra você me deixar em paz! Não entende que eu simplesmente não te quero perto? – cruzo os braços.

– Não precisa falar assim também vai. Eu tô aqui pra te ajudar, eu quero que você saia e se divirta. Seu pai não ia querer você aí, todo jogado. Tem que estudar, sabia?

Credo, que homem mais...chato. Será possível que eu não conheça ninguém que preste?

– Caralho Dabi, não me faz gritar. Eu não consigo nem me mexer direito. Eu só quero que você suma da minha vida – respiro fundo, olhando para ele.

– Eu sai de casa correndo pra vir te ver, e é assim que me agradece? – se levanta.

– Sim – dou de ombros.

– Então tá...– sorriu – quando precisar de mim pode me ligar à qualquer momento!

– Não vou precisar de você, nem agora e nem nunca. Obrigado.

– Tá...tchau, até depois – se aproxima de mim, dando um beijo na minha testa, indo embora.

– Tsk.

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