I - Único

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Na pacata Manalora, na residencia di Angelo, o jovem e único Di Angelo ainda vivo terminava mais uma de suas obras, Angelo del sole, uma escultura em mármore que tomava forma a anos, e agora estava concluída.
A escultura em forma de anjo, cabelos cacheados - onde na imaginação do escultor eram loiros - corpo forte e esguio - embora não conseguesse recriar na pedra, cheio de sardas. A estátua era o princípe, não, o anjo do artista, seu sonho mais profundo, mas era isso e apenas isso, um sonho, Nicollá sabia que seu raio de Sol seria apenas pedra, o único que ainda lhe restava nada podia fazer a não ser ser belo.

- A vida é injusta querido - disse Nico com penar para o anjo - daquele incêdio só me sobrou você, mas agora que você está aqui olhando para mim, finalmente completo, não sinto a alegria que pensei que sentiria, e nem me consolar você pode, talvez se pudesse não iria querer. Boa noite, mio angelo, sonharei com você.

E assim, o jovem Nicollá foi dormir, na esperança que seu sofrimento por fim se fosse, e quem sabe, que acordasse com seu anjo lhe dando bom dia... mas isso seria impossível, então talvez sentir aquela felicidade tembém fosse, céus, o que será dele?

O que o jovem não sabia, é que passando por ali estava uma jovem fada, a fada do amor, Piper McLain, a fada e seu parceiro acompanhavam Nico a tempos, desde sua pré adolescência quando sua familía morreu num incêndio, foi o parceiro da fada, o espírito dos raios, a salvar o pequeno Di Angelo da morte iminente. Piper ao ouvir o sofrimento de seu protegido resolvel lhe dar um presente, dar vida ao grande amor do garoto.

- Tu que hoje és estatua, amanhã se moverá, amanhã falará, e amanhã amará, teu criador ali está, e ali que sua vida focará, viva William Solace, teu amor lhe espera.

Exatamente a meia-noite a magia da fada rodou a estátua em um clarão rosa, um clarão que de cima para baixo foi transformando pedra em vida, os cachos loiros logo se desprenderam um do outro, a pele bronzeada com sardas se esquentou, os olhos azuis piscaram,  e por tua boca um suspiro se soltou, quando por fim as asas do anjo se libertaram do fardo de serem pedra Nico despertou, o clarão magico foi forte ao se finalizar, iluminando todo o quarto do italiano.

Nico estava espantado, com medo até, aquele sonho - claro que era um sonho, afinal sua escultura estava se mexendo e sorrinddo para si - estava muito estranho, muito realista para seu gosto, não gostava de sonhos realistas, mas esse poderia ser bom, certo? Afinal era seu anjo ali, seu amor.

- Oi, você é meu criador? - Perguntou o anjo - Eu sou William  Solace... bom, eu acho, qual é seu nome?

- Nicollá, Nico Di Angelo... Desculpa mas, você é de verdade?

- Eu sou, não sou?

- Parece ser. Vou voltar para cama, deve ser cansaço.

O anjo fez mensão de ir junto mas parou ao perceber que não tinha permissão de seu criador para isso. Nico percebeu.

- Pode vir, você não existe mesmo.

Mesmo sem entender o que seu criador queria dizer com aquilo ele foi. Deitou atrás de Nico, lhe envolveu com os braços e o cobriu com as asas.

- Boa noite, criador, sonhe comigo como prometeu.

Nicollá teria uma surpresa quando acordasse de manhã e ainda estivesse envolvido em asas macias e com uma respiração doce em seu pescoço.

Meu anjo - SolangeloOnde histórias criam vida. Descubra agora