Capítulo 1.

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     Eu estava revirando e encontrei tantos erros que passou batido e ao vi antes de postar no ttk. Relevem se encontrarem coisas escritas erradas.
   Minha primeira vez escrevendo... espero que gostem🥰💜

🕛

  
Park Jimin

É a primeira vez que fazem isso comigo, sera que sou tão horrível assim como falaram? Papai sempre disse que eu era um bom garoto e que me amava, mamãe sempre disse que eu era seu anjinho e que me amava, mas é isso o que os pais que amam fazem com os filhos?

   Então o que mudou?

   Eu mudei?

   Eles não podem me amar mais do jeito que sou?

   "Nunca pensei que teria nojo do meu próprio filho"

   "Não posso nem chamar isso de filho"

   Eles não me querem mais?

   Mamãe falava que eu sempre seria seu garotinho. Eu queria continuar sendo seu garotinho.

Por que aqui tem que ser tão frio, eu tô com fome, será que eles vão demorar para me buscar?

Esse é o pior castigo que já recebi...

Não sei quando, mas acabei caindo no sono depois de gritar e chorar por quase uma hora. Acordei com uma luz forte entrando pela porta que iluminou o banheiro da casa abandonada, forcei a abrir os olhos devagar tentando me acostumar com a claridade repentina.

- Levanta logo! Acha que não tenho merda melhor pra fazer do que lidar com você?!- meu pai gritou, me dando empurrões com o pé enquanto eu ainda estava deitado no chão úmido de terra.

Me levantei sentindo dores por todo o corpo por ter dormido ali.

- Papai, já vam...- fui interrompido, antes de terminar a frase meu rosto virou para o lado, comecei a sentir meu rosto arder no lado esquerdo. Coloquei a mão na bochecha e senti uma ardência maior ainda e algo quente molhar a palma da minha mão, meus olhos se encheram de lágrimas quando vi minha pele pálida manchada com meu sangue, o anel em sua mão acabou cortando minha pele quando acertou o tapa.

- Não me chama de pai moleque, perdeu o direito quando decidiu virar uma mulherzinha e passou a gostar de pau! - minhas bochechas foram molhadas pelas lágrimas que saíram sem eu nem ao menos perceber. Foi a primeira vez que meu pai me bateu, eles nunca levantaram a mão pra mim, mas porque agora?

   Por que está tudo mudando agora?

   Não mereço mais o amor deles?

- Vá para seu quarto e não saia de lá até que eu mande - olhei para ele ainda chorando e limpei minhas lágrimas com a manga do meu moletom - Anda porra! - meu pai segurou meu braço com tanta força que tenho certeza que vai ficar marcado por alguns dias. Ele me jogou pro lado de fora, me fazendo tropeçar e quase cair na grama do quintal. Coloquei a mão em cima dos olhos tampando o sol forte que machuca meus olhos.

Andei até atravessar todo o jardim de trás, entrei em casa pela porta dos fundos da cozinha sendo acompanhado pelo meu pai, Maria nossa empregada olhou para meu estado e deu um passo na minha direção, mas foi parada quando ia dar o segundo.

- Você está proibida de chegar perto dele se não quiser ser demitida! Anda logo garoto - me empurrou fazendo-me continuar a andar, olhei para trás uma última vez antes de sair pelas portas da cozinha e entrar na sala. Maria me olhava com os olhos tristes e cheios de lágrimas, me pediu uma desculpa silenciosa, ela é como uma avó para mim, trabalha aqui desde quando nasci e cuidou de mim como se eu realmente fosse um neto seu.

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Recebi outro empurrão para andar mais rápido, olhei novamente para frente e segui até meu quarto. Quando entrei estava tudo revirado, minhas gavetas, todas as portas dos armários abertas, roupas jogada no chão, minha cama revirada, minha bolsa da escola, livros abertos e rasgados, meu notebook ligado, meu celular no lado dele e aberto nas minhas conversas.

   Eles reviram meu quarto.

   Por que mecheram nas minhas coisas?

   Minha privacidade?

   Meus pertences.

   Minha vida.

Vi minha mãe sair do banheiro, quando ela me viu fez uma cara de nojo e decepção.

- Por que vocês fizeram isso? - perguntei em um tom baixo quase inaudível enquanto observei todo meu quarto revirado - Por que mecheram nas minhas coisas?

   -Cala a boca! - minha mãe gritou andando na minha direção - Você acha que tem a merda do direito de falar alguma coisa. Eu tenho nojo de você, Park Jimin, como pode ser tão nojento e repulsivo desse jeito, eu criei a merda de um GAROTO! Eu estava criando um HOMEM! Não a porra de um viado, que vai abrir a perna pra homens por aí. Sabe a vergonha que vou passar se descobrirem que meu MENINO é a porra de um viadinho de merda.

   - Mãe, por favor.- meu choro aumentou, me fazendo soltar soluços altos e lágrimas que não paravam mais de cair.

   - Não me chame de mãe nunca mais na sua vida - ela segurou minhas bochechas com uma mão só, deixando um aperto tão forte que começou a me furar com suas unhas enormes - Entendeu? - assenti com a cabeça, sentindo meu mundo desmoronar, meu coração se partir em milhões de pedaços. Ela me soltou com uma força fazendo meu rosto se virar.

   Passei alguns segundos olhando para o chão, até ouvir a voz do meu pai.

   - Quem é Tae?- olhei pro meu pai que estava agora sentado na minha poltrona e com meu celular na mão.

   - Você não pode fazer isso - corri na tentativa falha de pegar meu celular.

   - Esse é a porra do garoto pra quem você tá querendo dar essa bunda gorda? - bunda gorda? - ME RESPONDE PORRA!

   - Não, ele...ele só é um amigo, não é ele - disse entre o choro e os soluços.

   - Não quero você perto dele.

   - Mas pai...

   - Não.Me.Chame.Assim.- disse entre dentes parecendo estar furioso.

   - Somos só amigos, eu juro, ele é meu melhor amigo, eu só tenho ele como amigo, por favor...nao me afasta dele. - me ajoelhei em frente ao meu pai olhando em seus olhos e implorando para não me afastar dele.

   - Não quero ver você perto de mais nenhum garoto na escola, estamos entendidos?

   - Não faz isso, por favor. - como pode minha vida de um minuto pro outro se transformar do paraíso para o inferno. Eles me amavam tanto, eram gentil e bons comigo, ficaram tão felizes que eu disse que estava gostando de alguém.

   " Qual o nome dela meu anjo?" Minha ame perguntou com um sorriso no rosto enorme, foi a primeira vez que eu comecei a gostar de alguém, ela ficou tão feliz por isso. " A não, é ele, eu gosto de um menino, mãe " disse com um sorriso meio vergonhoso, pensei muito em contar isso pra eles, mas o sorriso sumiu do rosto da minha mãe, ele se transformou e raiva e parecia que não estava acreditando no que estava ouvindo.

   - Acho melhor mudá-lo de escola, não vai dar certo deixar ele na mesma escola que esse amiguinho e o menino que ele gosta - minha mãe disse ao se acomodar atrás do meu pai, que ainda estava lendo minhas mensagens.

Garoto ProblemaWhere stories live. Discover now