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"Ainda guardo uma pequena e infantil esperança de que há alguém por aí por neste mundo louco e selvagem tão completamente, absolutamente destinado para mim que até as estrelas suspirarão, aliviadas com o nosso encontro."
Beau Taplin

Elizabeth

- Então eu não vou! Pronto! Tá decidido! - Bufei e cruzei os braços, vendo Gigi rolar os olhos e logo me deu um tapa no ombro. - Ai, sua vaca!

- Vaca é você, sua otária! Você não vai perder a chance de viajar com o Henry e ainda mais nessa ocasião, Lizzie! É a porra do aniversário dele! - Ela disse completamente indignada.

- Mas como eu vou viajar por três dias sendo que você não vai poder me dar cobertura, Gigi?! - Perguntei também numa exclamação.

- Ai, Lizzie! Por que essa necessidade de ter que fazer algo escondido, me diz? - Ela riu.

- Eu já te falei. Eu não quero que nossos pais saibam do que tá acontecendo porque não sei qual vai ser a reação deles, principalmente a mamãe. - Falei e nem deu tempo de Gigi falar nada porque nossa mãe entrou no meu quarto.

- Minha reação sobre o quê, posso saber? - Ela perguntou séria e eu quis abrir um buraco ali e sumir.

- Na... Nada não, mãe. - Gaguejei.

- É, mãe... Não é nada, nem estávamos falando de você. - Gigi riu, então mamãe respirou fundo e fechou a porta atrás de si.

- Não é nada mesmo ou vocês estavam falando do cara que a Lizzie tá ficando e que ela jura que nós não sabemos? - Ela disse e eu me engasguei com o ar, tossindo muito.

- Calma, sis. - Gigi disse e eu notei o divertimento em seu tom de voz, já minha mãe ria alto.

- Ai ai, Elizabeth... - Ela suspirou. - Você só tem 23 anos, garota. Eu já vivi bem mais que você e sei muito bem quando a gente começa a esconder as coisas e criar desculpas pra encobrir um caso. - Ela disse e eu ri sem graça.

- Mãe, eu...

- E confesso que fiquei surpresa porque você não é assim, então o que tá acontecendo e quem é esse homem pra ser tão especial ao ponto de você precisar encobrir seus passos e ainda envolver sua irmã nisso tudo? - Ela cruzou os braços e se sentou na beira da cama, perto da Gigi.

- Mãe, ela não me obrigou a nada, viu? Eu tenho ajudado porque quero que a Lizzie seja feliz e, mesmo que você e o papai não gostem, eu tô muito satisfeita de ver minha irmã tendo atitudes e se permitindo. - Gigi falou e minha mãe olhou pra ela como se dissesse "é sério?".

- Já terminou, advogada de defesa? - Mamãe perguntou e Gigi riu, coçando a cabeça. - Anda, Elizabeth Rockefeller. Eu tô esperando.

Respirei fundo e Gigi me encorajou com o olhar, então eu decidi contar tudo pra minha mãe, enfim. Nós éramos muito amigas e próximas, então, mesmo tendo alguns receios, decidi contar o que estava acontecendo.

Soltei várias gargalhadas altas ao ver as reações da minha mãe, mas sempre as maiores expressões dela eram de choque e surpresa.

- E então é isso, mãe. Ele me convidou pra ir pra Jersey e já seria amanhã, mas não sabia o que dizer pra vocês me liberarem do trabalho sem necessariamente ter que contar o que tá acontecendo. - Falei e respirei fundo.

- Nossa... - Ela disse chocada. - Eu acho que fiquei um pouco tonta com as novidades. - Gigi riu alto do que ela falou. - Eu sempre soube que você ia se apaixonar por um homenzão, mas não imaginei que seria logo por aquele bonitão do Henry!

Our Second ChancesOnde histórias criam vida. Descubra agora