dedé & pinpin

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ᓚᘏᗢ
nono mês

As bochechas de Eddie ardiam como fogo e estavam na cor da fruta que ele mais odeia no universo, roxas, ele queria abrir um buraco no chão e se enfiar dentro. Ah, querem uma explicação não é?

Bom, desde a última vez que Richie e Eddie transaram no chuveiro, esse tipo de acontecimento se tornou frequente, tanto que Richie corria para o chuveiro assim que se aproximasse o horário de Eds chegar em casa, nessa tarde não foi diferente.

O problema Eddie tinha esquecido de que Dona Adelaide tinha avisado que iria visitá-los, o que levou a Dona Dedé, e Pinpin, ouvindo ele gemer como uma putinha pelo pau de seu neto e ele queria morrer. "Vovó, está esperando há quanto tempo?"

"Uns vinte minutos."

Puta merda! Ela tinha os óculos redondos vermelhos apoiados na ponta do nariz fofo e seu dedo marcava a página das palavras cruzadas que fazia com atenção antes de chegarem na sala. Richie se segurou para não rir da carinha de desespero de Eddie, e como ele parecia apavorado. "Eu avisei pro Eddinho que ia passar aqui a tarde, para ajudar a preparar a mala de maternidade da Sam. Acho que vocês esqueceram." Ela deu um sorriso, como se dissesse que está tudo bem.

"Desculpa por isso, Vovó..." Falou envergonhado, agarrando o namorado pela cintura porque sabia que ele estava nervoso.

"Como se eu não tivesse escutado antes!" Ela riu, Richie amava sua risada, ouviu um choramingo constrangido de Eddie, ele queria chorar, seus olhinhos estavam marejados, ele ficava muito sensível depois de coisas como sexo. "Eddinho? Tá tudo bem?"

Richard balançou a cabeça em negação para a avó, que fez uma expressão de "Vish!" a senhorinha puxou o garoto para se sentar ao lado dela, e Pinpolho arrastou seu fucinho pela barriga de Eddie. "Meu filho, você está envergonhado não é? Mas está tudo bem, eu não me importo com isso, eu já fui jovem, não nasci sendo velhinha não!"
Eddie permaneceu quieto, encarando suas mãos fazendo carinho no pelo marrom e preto do cachorro. Richie resolveu preparar algo que Eddie conseguisse engolir sem colocar pra fora. Bolo! "Agora vamos meu bem, vamos que eu vou te ensinar a fazer uma mala de respeito!"

Ela abraçou o garoto que era como um filho para ela, fazendo um carinho naquela barriga que gostava tanto, puxando Eddie para o quartinho de Sam. Eddie, como uma boa mãe, de primeira viagem, não sabia o básico que era fazer a malinha de maternidade da filha, e Dedé estava ali junto de Pinpin para resolver esse probleminha.

"Então filho, primeiro, a gente precisa de uma mala grande, por que por mais que você não fique tanto tempo no hospital, é melhor previnir do que remediar." A senhora começou a tagarelar alegremente enquanto pegava a malinha azul que Eddie tinha comprado para isso e a abrindo sobre a cama de solteiro que havia ali.

O quarto de Sam era uma graça, as paredes eram num tom de azul bem clarinho, em uma das paredes tinham pequenas nuvens desenhadas, os móveis eram brancos e simples, porém bonitos, com pés de madeira envernizada e delicados, o berço ficava ao lado da pequena cômoda, o que Eddie mais gostava naquele quarto era o móbile de borboletas rosas, ele sabia que talvez a filha não ligasse para aquilo, mas era lindo demais para ficar em outro lugar que não fosse o quarto de Samantha de Albuquerque Tozier.

"Olhe, não é bom escolher opções de roupinhas que são lindas mas que não são confortáveis, então vamos colocar cinco macacões, cinco calças e cinco macacões curtos, deve ser o suficiente. Bebês recém nascidos trocam muito de roupa, por que é normal gorfarem, se sujarem com leite ou ficarem com calor ou frio, por isso é bom levar bastante roupa, meu bem. "

Enquanto Dona Adelaide dava sua aulinha de como cuidar de um recém nascido, Richie se empenhava em sua receita, torcendo para que Eddie comesse de bom grado. Sua ideia inicial era um bolo de coco que Eddie não comia a tempos, mas ele não tinha coco, e nem a quantidade de ovos que precisava, então decidiu fazer um bolo de fubá com amoras, uma receita improvisada que fez a muito tempo e é a melhor de suas invenções da madruga. "Alaska! Ça va être magnifique!"

Eddie estava emotivo demais hoje, seu coração batia rápido sem motivo aparente, seu corpo tremia e ele sentia que ia chorar, estava acostumado com esse tipo de sensação desde que ficou grávido, mas estava mais forte dessa vez. "O que foi meu amor?" Dedé perguntou preocupada quando ouviu os soluços do garoto, lágrimas grossas escapavam de seus olhos enquanto ele passava as mãos na barriga onde a bebê não parava quieta.

Com certeza a mudança mais drástica de Eddie durante a gravidez foi o fato dele chorar com qualquer coisa. Eddie Kaspbrak nunca chorava na frente dos outros, quando ele chorou na frente de Rich pela primeira vez ficou uns dois dias sem conseguir olhar na cara do mesmo. Seu pai costumava dizer que chorar era para os fracos, que o choro e lágrimas não tinham utilidade nenhuma a não ser para fazer drama.

"Eu tô com tanto medo..." Ele sussurrou com a voz baixa, sentindo o fucinho molhado de Pinpolho se arrastando sobre sua mão. "Agora que está caindo a ficha, porque a Sam vai nascer e eu não tenho ideia de como vou cuidar dela, de como vai ser isso tudo... Eu não quero fracassar com ela, eu não posso!"

Dedé o abraçou, passando suas mãos pelo cabelo do menino, tentando o deixar mais calmo. "Está tudo bem Eddie, é normal você se sentir assim, mas no momento em que você ver o rostinho dela você vai entender tudo, tudinho vai parecer certo! Você vai ver meu filho!"

Eddie a abraçou, deixando um beijinho em sua pele enrugada que ele gostava tanto, encarou seus olhos azuis como o mar mais lindo do mundo, sentindo a paz que aquele olhar lhe trazia, ele amava Dona Adelaide, e Pinpolho.
Dedé & Pinpin.

Eddie colocou a malinha pronta no canto do quarto, ansioso para usá-la, e foi com Dedé e Pinpin para a cozinha, sua barriga roncava, sua Estrelinha estava faminta, com certeza.

"Apresento a vocês, um pedacinho do paraíso em forma de bolinho!" Richard exclamou alegre, fazendo um gesto ao mostrar o bolo, apontando com as mãos.

"Aham, quero ver se isso é bom mesmo." Eddie falou, fingindo duvidar das capacidades culinárias do namorado, porque sabia que ele era realmente bom naquilo, vantagens de trabalhar na maior rede de padarias da França.

SamSam não parava quieta nos últimos meses, Eddie queria que ela se mexesse, mas caramba! Não tanto assim! Ela empurrava sua barriga com força, e doía pra caralho. "É bom que essa menina me valorize!" Ele pensava. Richard ficava bobo, besta e idiota quando Eddie murmurava: "Assim não amor, assim machuca a mamãe..." Eddie sempre se refere a si mesmo como "Mamãe" e Richie ama isso demais demais.

"Puta merda! É bom mesmo!"

"Não me subestime, Abelinha!"

Aquela noite boa de Sexta-Feira acabou como muitas das outras, com Richie, Eddie, Dona Dedé, Pinpin e Alaska assistindo mais um capítulo de "O privilégio de amar" juntinhos no sofá.

Ah! E também com Pinpolho roubando quase todo o bolo como bom cachorro sapeca que é!

ᓚᘏᗢ

Olá Pessoas Amáveis!

A cada capítulo que passa eu sinto que essa Long fica pior, então por favor, quem tiver alguma ideia ou alguma dica do que melhorar na história, me digam!

Beijocas

kisses in the kitchen · ⋆ : . ' ʚϊɞ . · : ⋆ au mpreg reddie!Onde histórias criam vida. Descubra agora