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"𝐅𝐨𝐢 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚, 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐦𝐩𝐚𝐭𝐢𝐚. 𝐄𝐥𝐞 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐞𝐱𝐩𝐞𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬. 𝐄𝐥𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐞𝐛𝐞𝐮 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐜𝐡𝐮𝐜𝐚𝐯𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐨 𝐦𝐚𝐜𝐡𝐮𝐜𝐚𝐯𝐚, 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐟𝐚𝐳𝐢𝐚 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐫𝐚𝐫 𝐜𝐚𝐮𝐬𝐚𝐯𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐞𝐦𝐨𝐫𝐫𝐚𝐠𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐫 𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚." - 𝐄𝐥𝐢𝐳𝐚𝐛𝐞𝐭𝐡 𝐇𝐨𝐲𝐭

A antiga abadia — antes construída no centro de um jardim frondoso — agora se reerguia, totalmente restaurada, em um espaço mais adequado para a época. Ao invés do jardim em campo aberto, pavimentaram todo o lugar, ocupando o espaço com diversos e famosos estabelecimentos.

E no meio de todo o fervor do Centro, a construção histórica se destacava com seus tijolos escuros e janelas estreitas; além de seus quatro andares.

Na parte de dentro, móveis também restaurados, todos vindos do século dezoito; antiguidades que levavam milhares de turistas todos os anos para uma visitação que os fazia viajar no tempo.

E assim que desceu do carro, Karol abriu um sorriso, abismada com tanta beleza.

Aberta para um passeio ao seu novo interior, a abadia se mostrava imponente e bem iluminada, ofuscando facilmente os restaurantes e food truck que serviam as comidas mais aromáticas da região.

— Eu li em algum lugar a uns anos atrás que essa construção serviu de lar para crianças e animais abandonados. Eles tinham dividido o espaço e conseguiram abrigar muitas pessoas. — Aina comentou, sendo abraçada por Arvid que se aproximou dela. — isso até me emociona, sabia? Eu facilmente trabalharia em um lugar assim. E sem contar que antigamente tudo isso daqui devia ser lindo, arborizado...

— Imagina o Ljus correndo por aqui? — Arvid falou, sorrindo com a ideia. — Ele iria adorar. E, lógico, adotaríamos muitos outros animais, não é? Aí eles ficariam livres para ir e vir sem perigo.

— Sim, amor. E seria incrível. Claro, se ainda preservassem a natureza da época em que a abadia foi construída.

— Seria ótimo, mas é bem impossível. — Ruggero observou, encostando-se à porta do carro. — Hoje em dia ninguém respeita mais a natureza como faziam antigamente. Além do mais, quem moraria em uma abadia?

— Eu! — Arvid e Aina falaram ao mesmo tempo, fazendo todos rirem, inclusive eles próprios.

— Porque eu não imaginei? — A pergunta pulou dos lábios de Ruggero junto de uma risadinha óbvia. — Bom, mas enfim, para onde vamos primeiro?

— Eu estou sedenta por um sorvete de chocolate e morango. — Karol pontuou, parecia uma criança ávida por chegar até a mesa de doces.

— Então, agora eu fiquei com vontade de visitar a abadia, ver como é por dentro, olhar os móveis... — Aina olhou rapidamente para o marido. — Se não se importarem, lógico. Mas é que, sei lá, parece que a construção me chama até ela.

— Isso é o seu faro de jornalista querendo observar tudo e obter mais conhecimento. — Arvid lhe deu um beijo rápido na cabeça. — Eu vou com ela, gente. Se ainda tiver vaga para a visitação, ? Mas vamos tentar, pelo menos.

— Você quer ir também? — Ruggero perguntou a Karol.

— Na verdade, não muito. Acho que fico por aqui mesmo. Mas podem ir, a gente se encontra daqui umas duas horas, o que acham?

A Menina Raposa - Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora