Oi, amores.
Sei que é chato, mas o capítulo anterior flopou horrores e eu gostaria de pedir novamente que se puderem, comentem bastante. Sou movida a comentários e isso motiva muito a todos que escrevem. Agradeço desde já, beijos e até o próximo.
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"Quando você é jovem
Você só foge
Mas você volta
Para o que precisa"
This Love - Taylor Swift
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O barulho da esteira fazia um zumbido regular sob os pés de Louis, conforme ele andava. O suor escorria por suas costas e rosto. Pegou uma toalha, enxugando tudo de forma brusca, jogando-a para o lado. Seus iPods estava explodindo com a música alta, mas ainda não estava alta o bastante, para não ouvir três batidinhas na porta.
Desligou a esteira, descendo da mesma e virou-se na direção de Harry, que o encarava com uma expressão indecifrável. Ele pigarreou, parecia levemente nervoso.
— Cody acabou de me mandar uma mensagem, dizendo que não temos mais nada e que não vai na festa. — Louis se manteve em silêncio, escutando atentamente o que o cacheado dizia — Estava me sentindo mal por ter aceitado sua proposta, mas ele já havia terminado comigo e eu nem sabia. — riu nervosamente — Não sei como vamos fazer isso, se vão acreditar que somos um casal, mas estou bem com isso.
— Por que não acreditariam? — o advogado se aproximou lentamente. Harry engoliu em seco, fitando uma gotícula de suor que deslizava pelo peitoral desnudo do mais velho — Você sabe que será bem fácil. — um sorrisinho malicioso curva seus lábios — E divertido.
— Precisamos de algumas regras.
— Regras? — o sorriso de Tomlinson se desfez. Ele revirou os olhos e cruzou os braços na altura do peito.
— Sem toques exagerados, sem beijos e sem mão boba. — disse seriamente. Louis ergueu as sobrancelhas — Vamos apenas fingir que nos suportamos e dizer as pessoas o quão apaixonados estamos um pelo outro.
— Qual é? Vou te ajudar nisso e não vou ganhar nenhum beijinho de agradecimento?
— Como é que é? — Os olhos dele se arregalaram a ponto de ficar hilário, sua boca se abriu e fechou, sem emitir nenhum som.
— É brincadeira, Harryzinho. — erguendo a mão, torceu um cacho comprido no dedo, acariciando as mechas macias de cabelo do enfermeiro, soltando-o, deixando-o se enrolar novamente. — Não precisa ficar nervoso.
— Sem gracinhas, Tomlinson.
— Como quiser. — deu de ombros — Já tem uma roupa?
— Sim, ahn... E você?
— Serei o namorado mais lindo daquela festa idiota. — empinou o nariz — Ficarão com inveja de você.
— Devia parar de ser tão convencido. — Harry fez uma careta. Tomlinson sorriu, aproximando-se ainda mais dele — O que é?
— Não sou convencido, sou realista.
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Nervoso, Harry ajeitou a camisa preta, abrindo dois botões da mesma. Manteve a cabeça erguida, enquanto seus olhos analisavam o local e todas as pessoas presentes. Seu corpo estremeceu ao sentir uma mão firme deslizar por sua cintura, agarrando-o. Olhou para o lado, encontrando olhos azuis o fitando com preocupação.
— Não precisa ficar nervoso. — sussurrou, desviando o olhar para uma mulher loira que se aproximava — Eles não merecem. Apenas entre no jogo. — disse antes de ajeitar a postura e sorrir para a mulher que parou diante deles — Dayse...
— Louis Tomlinson... — ela respirou fundo, desviando o olhar para Harry, analisando-o de cima a baixo — Então esse é o seu namorado? — ambos notaram a forma que ela parecia desconfortável ao dizer tais palavras — Juro que em nenhum momento passou pela minha cabeça que estavam juntos.
— Por quê? — o cacheado indagou, sentindo algo cutucar seu estômago. Louis pareceu notar, intensificando o aperto em sua cintura — Não combinamos, é isso?
— Eu só pensei que fosse apaixonado pelo Cody Christian. — ela riu, olhando para Louis novamente — Não se lembra? Ele era todo bobinho, suspirando pelos corredores. Mas todos sabiam que o Cody não o suportava.
— Por que não cala a boca? — Tomlinson soltou, travando seu maxilar — Não sabe o que está dizendo, então melhor ficar calada, não acha?
— Oh, calma aí bonitão. — riu, erguendo as mãos em sinal de rendição — Só estou brincando. — alternou o olhar entre o "casal" a sua frente — Vocês até que combinam, mas ... Algo ainda não faz sentido pra mim.
— O que? — indagou Harry, ganhando a atenção da loira que não disfarçava a forma que olhava para Louis.
— Como? Bom, vocês eram inseparáveis no colégio, mas eram melhores amigos, certo? — Harry e Louis se entreolharam — Caramba, vocês se pegavam escondidos, não era? — ela riu — É sério isso?
— Não! — o cacheado se apressou em responder — Não acontecia nada naquela época. — notou que Tomlinson o encarava, mas não se permitiu olhar para ele — Éramos amigos e... Como você já sabe, nos afastamos. Mas nos reencontramos um tempo depois e nos apaixonamos. É tão difícil assim acreditar?
— Na verdade sim, você parece muito desconfortável ao lado do seu namoradinho.
— Harry só está nervoso em reencontrar todos. — Louis respondeu antes que o cacheado dissesse algo que estragasse o disfarce — Você sabe, não é fácil ficar próximo a pessoas como vocês.
O enfermeiro se assustou quando o mais velho agarrou seu pulso e o puxou para longe de Dayse, o arrastando em direção a mesa de bebidas. Soltou o braço de Harry e pegou um copo de whisky, virando-o na boca.
— Não pode beber, está dirigindo. — o cacheado alertou. Tomlinson revirou os olhos, pegando outro copo — Louis...
— Foda-se. — esvaziou outro copo, virando-se para Harry com uma expressão tediosa — É uma festa. Não posso beber?
— Por que está agindo assim?
— Por que fica dando explicações? Não é da conta deles. — ele parecia... Irritado? — Vai acabar estragando essa farsa. Apenas tente agir como se gostasse de mim? É tão difícil assim, caramba?
— Me desculpe, Louis. Mas não consigo desligar meus sentimentos. — baixou a cabeça, suspirando — Eu consigo, só... Estou nervoso.
O advogado suspirou, deixando o copo de volta na mesa para se aproximar de Harry. Ele parou apenas quando estavam bem próximos. Seus narizes quase se tocavam. Os olhos verdes pareciam apreensivos, porém curiosos.
— Me odeia tanto assim que não consegue fingir estar apaixonado? — ele não respondeu, engolindo seco, mantendo seus olhares presos — Me responda, Harry.
— Odeio. — disse com a voz trêmula — Mas eu consigo fingir gostar de você.
— Não parece que consegue. — Tomlinson lhe deu as costas e se afastou. O cacheado inspirou fundo, passando as mãos pelo rosto, enquanto observava o mais velho seguir até a sacada do prédio.
