Cap M: 08/03

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Sento-me no bar do albergue

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Sento-me no bar do albergue. Eu me preparei e vim direto para cá. Não quero ficar perto daquela mulher irritante. Levo uma cerveja aos lábios e inclino a cabeça para trás. Quero dizer, se quer foder... então é sobre ela. Mas ela não pode vir chorar para mim quando seu cavaleiro de armadura brilhante se tornar um idiota.

Estarei ocupado.

Vejo uma pessoa pequena entrando pelas portas da frente e sorrio. Aqui vem ele.

— Ei, — ele diz alegremente.

— Oi.

Ele coloca um avental.

— Você conseguiu consertar seu telefone? — Eu pergunto.

Ele dá de ombros enquanto começa a pegar os copos e colocá-los na máquina de lavar louça.

— Ainda não fui à loja.

— Oh... — Eu o observo por um momento. — Entrei em uma hoje e perguntei quanto custaria para consertá-lo.

— O que eles disseram?

Um homem vem e fica no bar.

— Um minuto, — Eduardo me diz. Ele caminha até o homem. — Foi wird es sein? — (Tradução: O que será? )

— Pilsner.

— Drei Euro. (Tradução: Três euros) — Ele pega uma cerveja, abre e passa.

O cara paga e vai embora. Eduardo volta para mim e começa a colocar os copos novamente.

— Quantas línguas você fala? — Pergunto-lhe.

Ele dá de ombros.

— Um pouco. Só o que eu pego aqui.

— Então, de qualquer maneira, sobre o seu telefone.

Ele continua carregando os copos, aparentemente desinteressado.

— O cara me disse que é muito velho para ser consertado. Eles não conseguem as peças.

Seus olhos se movem para cima.

— Eu sabia. — Seus ombros caem em derrota.

Eu deslizo a caixa.

— Eu tenho uma coisa para você.

Ele franze a testa. Seus olhos se levantam para encontrar os meus.

— Por quê?

— Eu só... — dou de ombros —...senti-me mal por ter distraído você e você ter deixado cair seu telefone.

Ele continua carregando copos.

— Você não me distraiu.

Eu toco na caixa.

— Abra.

— Estou bem.

— Abra, — eu exijo.

Ele exala pesadamente e abre a caixa. Um iPhone novinho em folha o encara de volta.

Sua boca se abre, e seus olhos se movem para cima.

Eu sorrio amplamente.

— Surpresa.

Seu rosto cai, e ele bate de volta para mim.

— Eu não sou assim, ok?

— Assim como? — Eu franzo a testa.

Do que ele está falando?

— Enfie seu telefone na porra do seu rabo.

— O quê? — Eu fico, ofendido.

Ele passa por mim e sai para a cozinha.

O que eu fiz? Achei que ele ficaria animado... oh. Então me dou conta.
Ele acha que eu quero favores por isso.

A tristeza cai sobre mim. Este pobre garoto de merda. O que ele deve ver aqui?

Eu fecho meus olhos em desgosto.

Ele volta e começa a bater os copos ao redor.

— Não quero nada em troca. Isso não é um suborno. Eu só estava sendo legal, é isso. Eu também não sou assim.

Ele limpa o banco com tanta força que estou surpreso que ele não o quebre ao meio. Ele anda até as mesas e coloca porta-copos enquanto eu o observo.

Porra.

Como posso consertar isso?

— Ok, se você não aceitar, você pode desconsiderar isso.

Suas orelhas se levantam, mas ele ainda não olha para mim.

— Tenho trabalhos nos quais preciso de ajuda e posso pagar uma taxa por hora.

— Como o quê?

Porra...

— Preciso de um tradutor de espanhol.

Ele franze a testa, seu interesse despertado.

— Tenho que encontrar um emprego e preciso de alguém... para traduzir para mim. — Eu posso dizer que ele está interessado.

— Todos os meus colegas de quarto também precisam de ajuda. Você poderia nos ajudar a encontrar empregos ou algo assim? — Eu dou de ombros. Estou totalmente improvisando aqui, sem planejamento prévio.

— Quantos colegas de quarto? — ele pergunta.

— Somos seis, meninos e meninas.
— Eu levanto minhas duas mãos em rendição. — Eu juro que isso não é o que você pensa. Só precisamos de um tradutor. É isso, nada mais. Vamos definir uma taxa horária, e você pode trabalhar com isso. Totalmente profissional.

Ele torce os lábios, e eu posso ver que ele está interessado na oferta.

— De qualquer forma, pense nisso.
— Eu deslizo o telefone de volta para mim e o guardo. Seus olhos o seguem enquanto eu a coloco de volta na bolsa.

Ouço um assobio baixo da mesa alemã e olho para cima.

Dulce acaba de entrar no bar.

Vestindo um vestido preto justo que mostra cada curva. Seu longo cabelo vermelho está solto e cheio, e ela parece deliciosa. Meu pau instantaneamente se contorce em apreciação quando ela se aproxima.

— Não olhe para mim assim, — ela sussurra.

— Como o quê?

— Como se eu fosse sua próxima refeição.

Meus olhos se erguem para os dela.

— Talvez você seja.

Bésame Sin MiedoWhere stories live. Discover now