Capítulo 02

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Lucas Bittencourt


Acordei ouvindo um chorinho pela baba eletrônica, Sofia! Olhei o despertador 2:30h

Me levantei e fui em direção ao quarto do lado, minha pequena estava deitada no berço balançando as mãozinhas com os olhos cheios de lágrimas. Quando ela me viu fez um biquinho, Linda!

_ Ah princesa, não é a hora de mamar ainda. - Fiz carinho em seus cabelos, ela balançou os pezinhos e sorriu. _ Toda vez que você sorrir assim, meu coração fica alegre. - Sorri encantado.

Peguei ela no colo e beijei sua testa, ela suspirou e me olhou atentamente.

_ O papai tem que trabalhar cedo! - Sussurrei e ela sorriu se aconchegando em mim. _ você não está suja, não está com fome ou dor. _ a levantei na minha frente e encostei meu nariz no seu. _ só manha né?!

Caminhei em direção ao meu quarto coloquei Sofia no meio da cama e coloquei travesseiros ao seu lado, diminui a frequência do ar condicionado. Deitei e a aninhei em meu peito, cantarolei em seu ouvido e ela fechou os olhinhos e logo sua respiração ficou calma.

Sofia tem três meses e as vezes acorda manhosa, então tenho que a trazer para dormir comigo, se não ficamos acordados. Não tem sido fácil para mim, desde de que a Yasmim se foi eu tenho feito de tudo para conseguir seguir, me reerguer. Eu prometi a ela, e tenho feito de tudo para cumprir. Eu sei que não posso viver no luto, mesmo só tendo três meses em que ela se foi. Não é o que você está pensando? Desde esse dia eu não tive olhos outra mulher, não que elas não tenham tentado, eu não quis. Cumprir minha promessa não significa que vou esquecer Yasmim, mas acredito que as coisas acontecem na hora certa e assim como um dia eu me encantei por ela, posso me apaixonar de novo.

Minha mãe dona Micaela e quem me ajuda com Sofia, mesmo tendo uma babá. Ela não abre mão de vir mima a neta e de quebra arrasta Alexandra com ela, minha irmã. Meu Pai Alexandro e meu irmão são médico e dificilmente aparecem por aqui, então todo os domingos nos reunimos para ter um momento nosso.

Acordei com o despertador, 6:30h olhei Sofia que dormia tranquilamente, a levei para o seu quarto e voltei para o meu. Fiz minha higiene matinal, coloquei o meu terno e fui em direção a cozinha. Encontrei a Sra. Grace fazendo o café e arrumando a mesa, sim eu faço a minha refeição na cozinha, não vejo nada demais nisso. Meus pais me ensinaram a não descriminar e tratar as pessoas de igual, não ter nenhum tipo de preconceito. Eu sou rico, mas não sou mesquinho e nem soberbo.

_ Bom dia Guegue. - A saudei.

_ Bom dia Luca. - Sorriu e voltou sua atenção para o que estava fazendo. _ seu café está pronto.

_ nosso- a corrigi. _ me faz companhia?

Ela sorriu sem graça, arrumou a mesa e se sentou.

_ Sofia? - Perguntou curiosa. _ fui no quarto dela e não a encontrei.

Sorri e coloquei café na minha xícara.

_ advinha? - A olhei erguendo a sobrancelha.

_ fiz o biquinho fofo dela e você se rendeu- respondeu brincalhona.

_ manhosa, ela acordou de madrugada e como eu tenho que estar cedo na empresa. - Ela me olhava atenta. _ decidi leva-la para dormir comigo, e está dormindo até agora só acordou para mamar. - Levantei e dei um beijo em sua testa. _ tenho que ir, já, já Alice chega.

Grace fez uma careta, ela não gostava da baba da Sofia.

_ eu poderia muito bem olhar Sofia. - Resmungou

_ Para de implicância. - Repreendi sorrindo. _ ela cuida bem da Sosô.

_ bem até demais você quer dizer. - Retrucou

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