I

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'Tava andando de quebrada
Sendo o centro da cidade
Quando cê resolveu dar um salve pelo meu radin'
Eu já tenho compromisso
Mas posso chegar mais tarde
Prefiro ter você assim
Bem pertinho de mim

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Crowley estava... Como os humanos falavam mesmo? Ah sim, extremamente entediado.

Ele trabalhava como um angelus já devia ter 300 anos, nunca surgiu nenhum outro angelus depois dele, e isso transformou ele em um calouro por todo esse tempo.

Era até frustante, todos na agencia o tratavam como uma criança que não fazia ideia do que ele fazia, mesmo ele fazendo a mesma coisa a longos 300 anos.

—Acorda olho de jararaca— Greta estala o dedo na frente de Crowley fazendo ele parar de pensar no que aconteceria se ele desistisse da papelada na sua frente e fosse para o bar do seu Luiz.— Você tem que terminar esse negócio ainda hoje.

— Pra quê? — Disse meio sonolento e apertando os olhos por trás de seus óculos escuros — eu duvido que eles leem os relatórios— Ele tinha razão, ninguém lia os relatórios.

—Não retruca.— Chun entrou na conversa pegando os papeis prontos, que não eram muitos— Só termina logo, daqui a pouco a gente tem que sair para cumprir a ordem do dia.

—Fala ai, por quê vocês ainda me supervisionam? eu já tenho 300 anos, eu já sei fazer o meu serviço sozinho.— E ele realmente sabia, mas...

— Você sabe muito bem o por quê da gente te supervisionar.— Greta disse se estremecendo lembrando de quando acharam o calouro em um beco do lado de um bar, com duas garrafas de vodka vazias e cantarolando a musica que tocava dentro do bar.

— É um milagre você ainda não ter sido punido.— Chun disse sem tirar atenção nos papeis.

— Aquilo só foi uma vez, e já fazem 6 anos.— Crowley tentou se justificar tirando os óculos escuros para coçar os olhos de cobra e já se levantando.

— Ei!— Chun tirou a atenção dos papéis.— Não vai terminar?

Crowley soltou um grunhido estranho —Como já era de costume, assim como soltar palavras embaralhadas sem sentido algum— Pegou a caneta que estava na mão do seu amigo e desenhou a carinha de um diabinho —semelhante ao emoji — E deu para o angelus mais velho.

—Crowley!— Chun disse entre dentes, enquanto Greta prendia um sorriso.

— Relaxa- tentou acalmar— Quando eles lerem meu relatório eles chamam minha atenção Crowley piscou para Chum e colocou os óculos.— Simbora galera.

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O protegido do dia seria um garoto de 12 anos que Crowley nem lembrava mais o nome, mas o garoto tinha cara de Enzo.

Eles estavam em uma pista de skate onde o "Enzo" havia ido escondido de sua mãe, ele estava se preparando para dar um grande salto com o skate, que lhe daria um belo pescoço quebrado caso os Angelus não estivessem lá.

—Então o garoto desobedece a mãe e quem tem que trabalhar é a gente?— Crowley volta a reclamar.

— É criança Antônio, 'Cê sabe como é.— Greta falou olhando para o Chun  que estava dentro da pista tentando adivinhar onde e como o garoto ia cair enquanto desviava de outras crianças que estavam brincando.

Um angelus chamado CrowleyOnde histórias criam vida. Descubra agora