21. selva selvagem

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[verso 1]
uma vez...
jurei-te o caminho da felicidade.
uma vez...
fui monótono, prometendo-te o amanhã.
uma vez...
tudo o que pude prometer... era que ambos nos deitaríamos sob uma selva tropical,
e prometi sermos algo original;
com orquídeas a nosso redor,
com a flora se tornando numa só flor.
nutrindo-nos milagrosamente...

[pré-refrão]
eu percorri janeiro de cima,
sozinho...
sozinho e só,
sozinho e são,
tal como prescreve fundão:
tristeza abraça,
tristeza estilhaça,
tristeza sorri,
tristeza passa,
por isso, incognitamente, uma vez...

[refrão]
prometi te amar sem ser selvagem, iluminando a tua vida;
com o meu sorriso de poesias, unicamente.
admirando a tua selva em paisagem, relembrando da nossa ida;
e d'um beijo de despedida invisível... ardente.
mas sem inflamar,
sem magoar...
eu era a definição certa de saber amar...

[verso 2]
uma vez...
jurei-te o caminho da felicidade.
uma vez...
deixei depressões em vácuo, por ti.
uma vez...
adquiri força suficiente... p'ra me mentalizar de que uma eternidade tem o seu fim,
e, desse modo, dei de face com um velho muro de Berlim.
até então, todos os defeitos se tornavam perfeitos pela cegueira.
constantemente numa abstenção de que fulereno se tornaria em poesia...

[pré-refrão 2]
eu percorri mondim de basto,
sozinho...
sozinho e só,
sozinho e são,
como previu vila real:
tristeza abraça,
tristeza estilhaça,
tristeza sorri,
tristeza passa,
ainda assim, lembro-me de quando, uma vez...

[refrão 2]
prometi te amar sem ser selvagem, iluminando a tua vida;
com o meu sorriso de poesias, unicamente.
retirando... da tua selva em paisagem, a cicatriz da minha ferida;
e d'um abraço de despedida... indecente.
mas sem inflamar,
sem magoar...
eu era a definição certa de saber amar...

[pós-refrão]
inflamar,
magoar,
sarar...
eu fui definição certa de saber cuidar.

[outro]
foi por ti que eu caí, sorri, vivi.
foi por ti que aprendi, sobrevivi...

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