CAPÍTULO 07

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(Recomendo que escute a música: "THE OTHER SIDE")

O caminho da escuridão estava me assombrando. Enquanto eu passava aquela noite aterrorizante na cadeia, eu dormia e acordava repetidamente, e sempre tinha um sonho que parecia um pesadelo recorrente. Cada vez que fechava os olhos, era como se mergulhasse em um mundo sombrio e surreal, cheio de enigmas e imagens perturbadoras. A incerteza do que estava por vir e o medo do desconhecido me acompanhavam mesmo nos momentos de sono, tornando aquela experiência ainda mais angustiante.

Eu tremia, completamente perdida, sem saber se tinha sido eu quem a matou! Minhas memórias da noite passada eram embaçadas, repletas de imagens estranhas. Cada segundo que passava, minha mente só conseguia repetir a mesma pergunta angustiante: EU A MATEI? Durante todas as vezes em que eu acordava, ouvia a seguinte palavra vindo para me perturbar:

— Você é culpada, você é culpada. — afirmavam as vozes de minha cabeça.

— Você tem visita, mocinha. — um policial me disse.

Eles abriram a cela para mim e me levaram até a sala de visitas, onde estavam todos aqueles que poderiam me ajudar. Minha família, meus amigos que vieram comigo e os advogados de ambas famílias: da família de Vincent e da minha. A reunião na sala de visitas prometia ser um momento crucial para entender e enfrentar as acusações que pairavam sobre mim.

— Luna, primeiramente, prazer, meu nome é Jonas, e estamos aqui para te ajudar e não te acusar de nada, ok? — o advogado me olhou com compreensão.

— Ok... — respondi, com a voz ainda trêmula.

— Aonde e com quem você estava no dia do assassinato da Jade? — ele perguntou, começando a explorar os detalhes do meu álibi e da minha versão dos acontecimentos naquela noite sombria.

Encarei meus amigos, e por mais que eu não quisesse revelar que estávamos todos juntos naquela noite, eu sabia que seria obrigada a fazer isso para me salvar. A verdade sobre a nossa presença naquela noite poderia ser a chave para provar minha inocência, e eu precisava ser honesta, mesmo que relutante.

— Eu havia acabado de sair da minha festa surpresa, que foi no Lago, e todos da escola compareceram. Na volta, voltamos: Eu, Vincent, Amber e Noah, todos no mesmo carro. — afirmei, descrevendo os eventos daquela noite e destacando que estávamos juntos como um grupo, o que poderia ser um álibi crucial para minha defesa.

— Certo. Luna, prazer, me chamo Miguel, sou advogado da família Bertollini. — o outro advogado se apresentou, deixando claro sua associação com a família de Vincent e seu compromisso em ajudar na nossa defesa. — Havia bebidas alcoólicas, drogas nessa festa?

— Muitas bebidas, mas não drogas, apenas daquelas que os outros alunos fumam, o que não é o nosso caso. — afirmei.

— Correto... Então, você pode descrever como foi aquela volta para casa? — os dois advogados perguntaram, continuando a buscar detalhes para construir a defesa.

— Foi assim... Enquanto voltávamos para casa, naquela estrada escura, a Jade apareceu correndo na estrada do nada. Parecia que estava fugindo de alguém, e foi quando ela entrou na floresta. — afirmei.

— Vocês não a seguiram, né? — Jonas perguntou.

— A seguir, queríamos ajudá-la, considerando a possibilidade de ela estar alcoolizada. — expliquei.

— Você lembra de alguma coisa? — Miguel perguntou.

— Sim.. — puxei na memória.

•Flashbacks da noite on•

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