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- |Epilogue| -

Pequim, 2023.


Treze anos tinham se passado e agora, aos 25 anos de idade, Maya não poderia se sentir mais realizada com sua vida.

Após se formar na escola, a ruiva se engatou em alcançar a profissão de seus sonhos - medicina. Entretanto, não havia conseguido nota o suficiente para alcançar tal objetivo, mas ela não se deixou abalar e entrou para outra área da saúde: a enfermagem. No fim, acabou se apaixonando completamente pela profissão. Ela havia se especializado em cirúrgica e trabalhava em um dos mais renomados hospitais de Pequim, o Xi'an International Medical Center Hospital.

LuWei tinha se formado em atuação e, além de participar de alguns filmes de ação, era sócio de sua antiga academia ao lado de Maya, Dre e senhor Han.

Depois da perda no campeonato à treze anos atrás, Mestre Li entrou em falência e, com isso, Cheng - que passara a ser discípulo de Han, juntamente de seus amigos - deu a ideia de seu novo mestre comprar a propriedade que antigamente havia sido sua academia de estudos de artes marciais.

Além disso, na noite da formatura de Maya na universidade, Cheng LuWei havia pedido sua mão em casamento. Afinal, estavam namorando à 11 anos, já tinham um filho e ele não conseguia se imaginar tendo uma pessoa melhor em sua vida do que a garota que aos doze anos de idade havia lhe derrotado em um evento de Kung Fu.

Com três meses de casamento, Maya descobriu estar grávida novamente e um tempo depois deu à luz a duas lindas crianças gêmeas. No começo, Nathan - o filho primogênito do casal - tivera um certo ciúmes dos pais em relação aos irmãos mais novos, Jack e Mia, mas logo passou a amar e cuidar deles como um bom irmão mais velho.

Suas vidas eram o que poderia se chamar de perfeição. A família crescia, suas carreiras eram promissoras e estavam rodeados de pessoas que os amavam muito.

Era um pouco diferente dos contos de fadas que o pai de Maya lhe contava quando criança, mas ela era feliz assim mesmo.

Era seu pequeno paraíso.

Maya se encontrava na cozinha, terminando de preparar algumas coisas para a ceia de Natal que teriam com toda a família e amigos reunidos, quando ouviu a voz fina de sua filha soar pelo corredor e sendo seguida por passos mais pesados.

- Mamãe! - gritava Mia, sua pronuncia ainda era um pouco embolada por conta da idade, tendo seus atuais 3 anos - Mamãe, o Jack não quer brincar comigo!

A ruiva fechou a panela que estava sob o fogo aceso e quando olhou para a garotinha - que era a cópia perfeita de si - não só a avistou, como também seu marido que segurava a mão da pequena menina.

O antigo garoto insuportável que antes atormentava o melhor amigo dela, agora não existia mais. Cheng havia amadurecido e se tornado não só um bom homem, mas também marido e um ótimo pai para os três filhos.

Seus olhos se encontraram e um sorriso surgiu em seus rostos logo após um arrepio percorrer seus corpos, era como se o tempo não tivesse passado para eles. Podia se passar décadas que o amor deles continuava imutável.

LuWei estava impecavelmente encantador aos olhos de sua esposa, como sempre. Assim como, Maya era e sempre seria a mulher mais linda de todas para ele.

Cheng se abaixou para pegar a filha no colo e se aproximou de sua esposa, uma de suas mão logo envolvendo a cintura da mulher. Maya lhe deu um selinho e deu um rápido beijinho na bochecha da filha.

- O que o Jack fez dessa vez? - questionou.

- Ele só quer brincar com o maninho, não comigo. - referiu-se a Nathan, seu irmão mais velho, em um tom triste.

- Ele disse que é porque só meninos podem brincar. - informou Cheng.

- Ah, é isso? - exclamou Maya. - E o que você quer que a mamãe e o papai façam?

Mia tinha os olhinhos para chão, mas - ao ouvir a pergunta de sua mãe - olhou para ela com seus olhos inocentes. Suas bochechas gordinhas e levemente coradas acabavam contribuindo para a aparência fofa da pequena ruiva.

- Quero uma irmãzinha! - concluiu - A mamãe e o papai vão ter que fazer uma para mim.

Cheng olhou rapidamente para Maya e não aguentou ao vê-la corada, caindo na gargalhada logo em seguida.

A mulher estava sem palavras naquele momento, seus olhos levemente arregalados para a mais nova.

- Vamos pensar nisso, querida. - afirmou o homem - Mas, primeiro, o que acha de termos uma conversinha com seus irmãos?

A menina pareceu refletir por um momento e logo concordou. Cheng a colocou de volta no chão e mandou ela ir na frente, afirmando que eles logo a acompanhariam.

- Eu alucinei ou ela realmente fez essa pergunta? - perguntou Maya, um sorriso descrente surgiu em seus lábios enquanto assistia sua pequena filha andando apressada até a sala de estar. - Não passamos por isso com Nathan, não sei como reagir.

- Não foi alucinação, amor. - disse Cheng a abraçando por trás e começando a distribuir beijos por seu pescoço - Na verdade, até gostei da ideia e estou começando a pensar seriamente nela, o que acha?

A ruiva fechou os olhos sentindo seu estômago dar cambalhotas e uma vermelhidão surgir em suas bochechas, seguido de um som que escapou por seus lábios.

Cheng tinha um sorrisinho anasalado preenchendo seu rosto, como se ele tivesse tentando não sorrir, mas acabou não conseguindo. Sua respiração na pele exposta do pescoço de sua esposa a causava uma sensação eufórica, ela virou-se de frente para ele e sem perder tempo o puxou para um beijo.

Seus lábios se envolviam de uma maneira lenta, profunda e delirante o que acabava deixando o clima, normalmente frio, ficar acalorado naquele cômodo. Os braços de Maya passaram pelos ombros de seu marido e suas mãos envolveram os cabelos macios dele, deixando-os sutilmente bagunçados. - já as mãos de LuWei permaneciam uma de cada lado da cintura dela puxando-a para cada vez mais perto.

Aos poucos eles se separaram por conta da falta de ar e encostaram suas testas.

- Eu te amo. - afirmou Cheng em um sussurro audível.

Maya abriu seus olhos encontrando, assim, aqueles lindos olhos castanho-escuro do homem a sua frente.

Sorriu grandemente.

- Eu também te amo.

THE END

Pretendia publicar esse capítulo como um especial de Natal, - até porque nem estava pronto - mas acabei não aguentando e comecei a escrever ele agora mesmo

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Pretendia publicar esse capítulo como um especial de Natal, - até porque nem estava pronto - mas acabei não aguentando e comecei a escrever ele agora mesmo. (Risos)

Uma pequena curiosidade, a profissão da Maya é inspirada em mim. De primeira, tentei Medicina - só que não passei. No final, fui para a Enfermagem e acabei me apaixonando por essa área da saúde. Ainda não escolhi, de fato, a minha especialização, mas uma das opções é a cirúrgica. É sobre isso😊

Espero que tenham gostado e até a próxima!❤️

BY _JeonIsaa

Never say never (Karatê Kid - 2010)Onde histórias criam vida. Descubra agora