Jogando com o amor

03

Sn on.

O jogo acabou e como de costume nosso time ganhou. Estávamos eu, Florence, Hailee e Kiana conversando quando vejo minha mãe e a Elizabeth se aproximarem.

- Parabéns, meninas! - Elizabeth diz sorrindo gentilmente.

- Valeu, Lizzie - Hailee agradece por nós.

- Kiana, você vai voltar com a gente? - minha mãe pergunta e a garota acena a cabeça positivamente - então tudo continua dividido como antes - minha mãe diz por fim.

Suspiro derrotada e percebo Jessica me observando de longe. Ela queria que eu voltasse com ela, mas que desculpa eu daria pra minha mãe?

Minha mãe sai com as meninas e Elizabeth me pede pra esperar um pouco enquanto ela ia ao banheiro, assim que fico sozinha, Jéssica se aproxima.

- Parabéns pelo jogo - ela diz docemente.

- Obrigada - agradeço.

- Vai voltar para casa com ela? - pergunta se referindo a Lizzie.

- Aham.

- Por que não volta comigo, hum? - se aproxima.

- Jessica... qual desculpa que eu vou inventar?

- Não precisa de desculpas. Ela não tem nada haver com a sua vida - diz por fim, mordendo de leve meu pescoço.

- Aqui não - me afasto um pouco - realmente ela não tem. Mas é provável que ela comente com a minha mãe sobre, e a minha mãe tem MUITO haver com a minha vida - lhe olho séria.

- Vamos? - Elizabeth aparece entre nós - Ah, boa noite! - cumprimenta Jessica.

- Boa noite! - a ruiva retruca.

Elizabeth parecia séria demais, e Jessica não estava diferente. Era como se estivessem travando uma guerra só pelo olhar.

- Tchau, Jessica - digo, fazendo a ruiva me olha - vamos, Elizabeth? Estou cansada - chamo e a loira acena a cabeça positivamente.

Saímos deixando para trás uma ruiva furiosa.

Assim que entramos no carro o silêncio se instalou entre a gente, mas é rapidamente quebrado pela loira.

- Ela é mais uma de suas peguetes? - a loira pergunta, sem tirar os olhos da estrada.

- O que você está falan- - ela me interrompe.

- Eu vi vocês juntas hoje mais cedo. - diz séria.

- Não é da sua conta - cruzo os braços.

- Ela é casada, S/n. Eu vi a aliança em seu dedo. Que merda você pensa que está fazendo? - ela parecia com raiva?

- Que merda VOCÊ pensa que está falando - digo lhe encarando - você chegou aqui ontem, literalmente e acha que por ser muito amiga da minha mãe também manda em mim?

- Você tem razão - ela suspira - eu não tenho nada haver com o que você faz ou deixa de fazer. Faça o que você quiser.

Acabamos de discutir por algo que nem é da conta dela? É isso mesmo? E porque eu fazer algo errado ou não, importa pra ela?

Não falamos mais nada o resto do caminho e o silêncio era ensurdecedor. Assim que ela estacionou o carro em frente a minha casa não perdi mais tempo, saindo do automóvel rapidamente.

- Obrigada! - agradeço fechando a porta do carro. Mas ela nada responde, continua olhando pra frente como se eu nem estivesse ali.

Entro para dentro de casa ainda confusa com o que aconteceu. E se ela comentar com a minha mãe? Eu tô ferrada se ela fizer isso.