Capítulo 10

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 Blake tenta cozinhar algo que seria um macarrão

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Blake tenta cozinhar algo que seria um macarrão. Owen discute dizendo que ele está seguindo a receita de forma errada e Bernardo belisca os pedaços de bacon fritos sobre a bancada. Logan e eu estamos limpando a louça enquanto a bagunça acontece.

— Tem falado com seu pai? — Balanço a cabeça em negação, sabendo bem que estou fugindo desse encontro há uma semana, já que ele tem me ligado insistentemente.

— Sabe que não conseguirá o evitar por muito tempo, não sabe? — meu amigo indaga sabendo como Feliph é.

— É, eu sei, marquei de ir à casa dele amanhã depois da última aula. — Logan começa lavando a louça que Blake sujou para cozinhar o macarrão. E eu me pergunto como diabos ele sujou tantas vasilhas apenas para cozinhar um pouco de massa.

— E então, como estão indo essas aulas particulares com a Chaveirinho? — Logan pergunta com um olhar curioso.

— Desde quando ela virou "chaveirinho" pra você?

— Somos amigos. Não esqueça que ela me viu parcialmente nu na festa dos Sigmus. — Bufo e resmungo um palavrão, porque saber que Laura viu o pau do Logan não me deixa feliz.

— Ela vai te xingar se te ouvir chamando-a assim. — Mudo o curso da conversa e sorrio por saber que ela odeia esse apelido, mas ele pegou tanto que meus amigos passaram a chamá-la assim também, o que a fez me odiar um pouco mais. Mas não posso fazer nada se é atraente demais provocá-la. — Sabe que ela odeia esse apelido, assim como odeio que Bernardo a chame de mini. — Rio, e ele dá de ombros. Meu amigo disse que no dia em que conhecer a mãe de Laura vou saber por que o apelido dela em casa é mini.

— Então, como estão sendo as aulas?

— Bem, tem sido... interessante — digo, enquanto seco os potes que ele coloca no escorredor.

— Interessante? — Meu amigo ergue uma sobrancelha me avaliando com certo interesse. — Não sei se já ouvi você usar essa palavra antes.

— Eu sei, mas é o que é. Ela é mais esperta do que eu esperava. — Logan torna a erguer a maldita sobrancelha. — Acho que a subestimei um pouco. — Pigarreio para disfarçar minha empolgação por falar naquela anã de jardim.

Depois de duas semanas a ensinando, percebi que Laura não é a menina mimada que pensei que fosse, ela é muito mais forte, determinada, esperta e engraçada do que imaginei. Tem se dedicado como nenhuma outra e se saído bem tanto nos conteúdos que temos feito sobre a matéria do professor Sunstein, como quanto em suas invertidas espertas a respeito de qualquer assunto que eu levante e que saia da sua zona de conforto.

Na última semana na qual a levei até o campus e onde conseguimos conversar um pouco, algo entre nós se estreitou. As aulas não têm sido mais tão silenciosas como antes, agora sempre conversamos, rimos, e ela sempre me faz contar algo sobre mim, não é como se estivesse aberto a parte feia da minha vida para ela, isso acho que não vou fazer nunca, mas eu tenho contado coisas que são importantes para mim e em troca ela me conta algo sobre ela, e isso tem me surpreendido ainda mais já que nunca fui de dividir com nenhuma garota nada a meu respeito.

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