Capítulo 172 - Confronto Final - Parte 1

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POV ERIC

Agora, com a oportunidade de escapar, me aproximo da porta e a abro cautelosamente. Observo o corredor, procurando sinais de perigo. Com cuidado, saio da sala e fecho a porta atrás de mim, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Olho para os lados, certificando-me de que não há ninguém por perto. Decido seguir silenciosamente pelo corredor, utilizando cada sombra como cobertura.

Meus pensamentos se concentram em encontrar Clara e Henry Miguel. Preciso garantir a segurança deles antes de buscar uma saída segura. Continuo avançando pelo corredor, atento a qualquer sinal de movimento. O lugar parece deserto, mas a tensão permanece alta. Aproximo perto de uma janela entreaberta e percebo que estou em uma fábrica abandonada no meio da floresta. A visão lá fora é obscurecida pela escuridão da noite.

— Fica quietinho aí! — diz uma voz firme atrás de mim, fazendo meu corpo gelar instantaneamente.

Giro lentamente para encarar a figura que se aproxima. Para minha surpresa, vejo Joaquim, meu pai, apontando uma arma diretamente para mim.

— Finalmente peguei você, filhinho. Achou que podia fugir de mim? — ele diz, um sorriso cruel surgindo em seu rosto.

Meu coração dispara, mas tento manter a compostura. Preciso encontrar uma maneira de sair dessa situação.

— Coloca as mãos atrás da sua cabeça e venha comigo! É uma ordem! — diz, mantendo a arma apontada para mim.

Com as mãos lentamente indo para trás da cabeça, tento ganhar tempo e avaliar minhas opções. A situação parece cada vez mais desesperadora, e meu pai, Joaquim, está determinado a me capturar.

— O que você vai fazer comigo? Me matar? — pergunto, encarando com firmeza. Não vou deixar que ele me intimide, mesmo com a arma apontada.

Ele ri de maneira sádica.

— Matar? Oh, meu querido filho, a morte seria um fim rápido demais para você. Eu tenho planos muito mais interessantes para você.

A cada passo que ele dá em minha direção, sinto a pressão aumentar. Meus olhos buscam freneticamente por uma saída, uma solução, qualquer coisa que possa vir em meu auxílio. Mas, com a arma apontada para mim, a situação é incrivelmente tensa.

— Você realmente achou que poderia fugir? Depois de tudo que fiz por você? Você está vivo graças a mim. — Ele se aproxima, mantendo o controle da situação.

— Cala a boca! Você matou a minha mãe! — Solto as palavras com a intensidade de anos de dor e sofrimento. — E eu não vou deixar que você destrua mais vidas.

Ele sorri de maneira cínica, como se minhas palavras fossem apenas um detalhe insignificante.

— Sua mãe era apenas um obstáculo, Eric. Eu tive que me livrar dela para alcançar o que queria. Ela era fraca, assim como você era naquela época.

— Limpa essa sua boca imunda quando for falar da minha mãe, seu covarde!

— Eric, Eric... você sempre foi impulsivo demais. Acha que suas palavras vão mudar alguma coisa agora? — ele diz, desdenhoso.

Meu pai se aproxima mais com a arma ainda apontada para mim.

— Você sempre foi fraco, desde criança. Nunca entendeu o que é necessário para sobreviver neste mundo. — Ele continua a se aproximar, como um predador se movendo em direção à presa. Não posso deixar que ele continue a me provocar.

— Eu não sou mais o garoto indefeso que você costumava intimidar, papai. Desta vez, as coisas vão ser diferentes.

— Ah, como é adorável ver você tentar se impor. — Ele ri. — Mas você não entende, não é, filho? Você está nas minhas mãos. Eu sempre tive o controle, desde o começo.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora