Capítulo 14

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Olha o bonde da madrugadaaaaaa!!!!!

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EMMA'S POV

Coloquei a argola pequena e grossa na minha orelha direita e dei um passo para trás avaliando o resultado final. Coloquei um vestido preto brilhoso que ia até o meio da minha coxa, trançado na cintura e de alças finas que formava um decote em V, uma sandália de tiras e salto fino, meus cabelos estavam ondulados e eu os joguei para o lado, eu usava argolas pequenas, grossas e douradas nas orelhas, uma sombra discreta nos olhos, só para dar um brilhinho, um delineado preto que esfumei, rímel e batom vermelho. Olhei meu reflexo no espelho e gostei do que vi, peguei o vidro de perfume, coloquei no meu pulso, atrás das orelhas e espirrei um pouco entre os seios, peguei a bolsa da Prada preta com a alça dourada, coloquei minhas chaves, celular e meu batom, peguei o presente que eu havia comprado no dia anterior, apaguei a luz do meu quarto e fechei a porta.

Eu estava me sentindo animada, nervosa, ansiosa, mas ainda assim animada. Era a primeira vez que eu saía depois que minha vida virou de cabeça para baixo, e quando eu digo sair, eu estou falando sobre ter um momento meu, sem me preocupar com as necessidades da Cecilia ou sem estar resolvendo burocracias sobre a compra da casa.

Dei duas batidas na porta de Ceci com os nós dos meus dedos.

- Pode entrar – ouvi sua vozinha misturada a sons aleatórios.

Abri a porta e encontrei Fetuccine deitado no chão e Ceci com a cabeça deitada na sua barriga, enquanto segurava o controle do vídeo game e mantinha seus olhos presos na tv. O labrador preto olhou para mim com cara de "mãe me ajuda" e eu senti vontade de rir.

- Você colocou a ração do Fetuccine?

- Sim, ele comeu tudo.

- Não está machucando a barriguinha dele deitada dessa forma?

- Não – ela falava sem me olhar – ele é forte.

- Pausa esse jogo, vem aqui se despedir da mamãe, eu já estou indo.

Ceci pausou o jogo e levantou, só então olhou para mim.

- Por que tá indo com essa roupa? – Ela fez uma careta.

- Porque é uma festa. Não gostou?

- Não – sua sinceridade em excesso me fez rir, segurei seu rosto e encostei levemente meus lábios em seu rosto deixando um beijinho tomando cuidado para não deixar batom na sua pele.

- Obedece o vovô e a vovó, tá bom? – Passei meu polegar retirando o pouco do batom que ficou em sua pele.

- Tá. Você vai demorar?

- Um pouco – Ceci franziu o cenho e fez bico – é o aniversário do seu tio, e a mamãe quer se divertir um pouquinho, pode? – Ceci deu de ombros, ainda emburrada.

- Posso dormir tarde?

- Muito tarde não.

- Mas você vai voltar tarde, então por que eu não posso dormir tarde?

- Cecilia – repreendi e ela respirou fundo contrariada – deixo ficar acordada até o horário que seus avós forem dormir, quando eles vierem dar boa noite, desliga tudo e cama. Entendido?

- Entendido – ela falou a contra gosto.

- Liga para a mamãe quando for dormir, ok?

- Ligo.

- Eu te amo.

- Eu também te amo.

Me despedi de Cecilia e deixei minha filha fazendo o pobre do Fetuccine de refém. Enquanto eu descia as escadas, eu solicitei um carro, estava planejando beber e não ia querer dirigir depois.

TEN YEARS AFTER YOU  (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora