Ollie é uma garota inteligente, fisioterapeuta e estudante de medicina. Após os seus dezoito anos ela decide morar e trabalhar sozinha para se sustentar, mesmo tendo uma família rica. Algum tempo depois de começar estudar medicina ela é contratada p...
Alex e Edson foram a caminho da recepção e pediu para falarem com o gerente do local, eu e meus amigos apenas ficamos parados aguardando, próximos das cadeiras que haviam ali. -- Onde fica o banheiro? -- perguntei à enfermeira que passou -- Fica logo ali -- disse ela apontando para o meio do corredor. Agradeci e concordei indo em direção ao banheiro, dei passos lentos observando o corredor e cada detalhe daquele local.
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Assim que entrei no banheiro, ouvi alguns gritos vindo dos andares de cima do prédio, nas paredes brancas do banheiro haviam algumas marcas de sangue recém manchadas. Terminei o que tinha de fazer ali é saí do banheiro fechando a porta. Distraidamente, por curiosidade dei alguns poucos passos pelo corredor, onde dava acesso a outro. Meu coração parecia querer sair pela boca ao ver algo acontecendo, meu pai e o mesmo homem suspeito que eu e Alisson havíamos visto na farmácia estavam conversando entre si. Olhei rapidamente e me escondi atrás da parede para não ser notada, até que ouvi passos se aproximando e fingi estar caminhando pelo corredor. Meu pai não me reconheceu ( ou fingiu que não ) continuou andando como se nada tivesse acontecido, então tomei uma atitude. Suspirei e o chamei pelo próprio nome, ele se virou para mim com um olhar assustado. -- Filha... O que você está fazendo aqui?! -- Por que a pergunta? Não posso vir? -- disse eu séria -- Não é isso, eu... Só fiquei surpreso... -- Que interessante, veio visitar alguém? Quem está doente? -- Não, não, é que... Vim resolver umas coisas para seu tio... -- Que tio? Ele está com problemas? -- Ollie, você está estranha hoje... -- Olhe para si mesmo, depois diga isso para mim -- disse eu me virando de costas -- Do que está falando Ollie? O que há de errado comigo? -- Quem é ele? Meu pai parecia estar sendo sufocado naquele momento. -- Ele quem? -- O homem que você disse ser meu tio -- Ele é seu tio... -- Qual sua relação com ele? -- Então você é a filha dele? -- disse alguém se aproximando -- Quem é você? -- perguntei -- Não é da sua conta garota -- Como assim? -- disse Alex se aproximando de mim. A tensão aumentou, Alex e aquele sujeito misterioso se entreolharam e meu pai ficou apenas assistindo.
Alguns minutos depois...
Cruzei os braços assim que vi Alex apontando a arma na direção do homem, que já estava paralisado com a situação. Logo dois policiais chegaram e levaram meu pai e o homem embora, eu e meus amigos nos reunimos em círculo suspirando com o que havia acabado de acontecer. -- Ollie, tudo ficará bem... Se acalme -- disse Dave -- Obrigada a todos vocês pelo que fizeram por mim -- É nosso dever te ajudar Ollie -- disse Alex -- Agora pegue isso e vá ver Peter... -- disse Dave me entregando um pequeno papel com um número escrito ( número do quarto ). Entrei no elevador e subi até o último andar, caminhei pelo hall e rapidamente encontrei o quarto quinhentos e vinte e dois. Abri a porta lentamente e entrei, meu coração se quebrou em mil pedaços ao ver aquela cena, Peter estava deitado em uma maca com um lençol todo manchado de sangue. O quarto mal arejado e sujo me fez chorar no mesmo momento. Me aproximei dele e chamei o seu nome, mas não obtive retorno nenhum, ele nem sequer abriu os olhos para mim, coloquei a mão em seu peito e senti seus fracos batimentos cardíacos. Não consegui controlar minhas emoções e me derramei a chorar enquanto passava os dedos por seu rosto macio e machucado. Aproximei meus lábios dos seus e o beijei suavemente.
No próximo dia...
Eu e Alex providenciamos os medicamentos para Peter ser cuidado novamente por mim em meu apartamento, pois segundo o hospital, depois de todo o transtorno, eles não tratariam de Peter mais. Tudo ficou no valor de quinze mil e duzentos reais, graças a Deus e aos meus amigos, conseguimos realizar o pagamento e o levar para minha casa.
Uma semana depois...
-- Ollie... -- disse Peter em tom baixo Coloquei suas roupas dobradas na gaveta do guarda-roupas e me sentei na cama ao seu lado, observando sua respiração. Passei a mão pelo seu rosto macio e suave enquanto ele me olhava com seus lindos e encantadores olhos castanhos. -- Peter... Me desculpe... Lágrimas caíram dos meus olhos naquele momento, o sentimento de culpa só aumentava e minha mente não conseguia pensar em nada. -- Ollie... Por que você me deixou? -- Eu não sabia o que havia acontecido com você Peter... -- Eu pensei que você me abandonou... -- Não pense dessa maneira, o que eu mais queria era saber o que havia acontecido com você... -- Como posso me acalmar? Eu quase morri nesse período... -- Desculpe Peter, mas não foi por minha culpa... Eu te amo -- Você me ama...? -- Sim, o que mais posso te dizer...? -- Eu não quero que você cuide de mim Ollie, é uma responsabilidade que você não pode ter -- Quem disse que eu não posso ter? Eu estou totalmente disposta a cuidar de você -- Ollie... Seus pais não vão aceitar isso de qualquer maneira -- Não importa se eles aceitam ou não, eu tenho a minha vida -- Eu não quero ser um problema para você... E para a sua família... -- Você não é um problema, você é o amor da minha vida! Peter não disse mais nenhuma palavra, apenas olhou profundamente em meus olhos que parecia tocar a minha alma. Nossos rostos se aproximaram e lágrimas saíram de nossos olhos naquele momento de emoção e tristeza. O silêncio tomou conta enquanto apenas nossos corações se comunicavam em meio as lágrimas, e em um beijo suave e doce nos envolvemos. -- Peter, eu prometo cuidar de você com todas as minhas forças... Mesmo com tudo que se passou, eu não quero deixar você... Você é muito importante para mim... -- Obrigado Ollie, eu sei que você se esforça por mim, você já fez muito por mim, eu não sei como te retribuir isso... -- Nós não precisamos retribuir nada, o nosso amor já é suficiente -- Eu amo você Ollie... -- E eu também amo você Peter... -- Eu quero te dizer uma coisa Ollie...
