Rosalind soltou um suspiro.
– Tá tudo bem, é uma situação complicada mesmo.
– Obrigado ‐ Grover sorriu levemente, muito mais calmo e aliviado.
Matthew interveio, colocando uma mão no ombro de Rosalind.
– Precisamos partir antes que a chuva aperte mais.
Os três saíram do trailer e enfrentaram a chuva, indo na direção à caminhonete de Matthew, mas antes mesmo de se aproximarem do veículo, o monstro que atacou Rosalind no museu pulou em cima do carro, o amassando como se fosse uma caixa de papelão.
– Um cocatriz! ‐ Grover exclamou.
– Coca o que?! ‐ Rosalind perguntou, confusa e assustada.
– Cocatriz, corpo de réptil e cabeça de galo. Corram! ‐ o sátiro gritou.
Os três correram, saindo da área dos trailers para entrar em um pequeno bosque que havia ali. A criatura rugia e grasnava, correndo atrás deles, suas asas batiam furiosamente. Enquanto corriam pelo bosque, a chuva intensificava, tornando o solo escorregadio e a vegetação densa dificultava a visibilidade.
Eles acabaram chegando em uma barragem de rochas e não tinha saída.
– Eu vou distrair ele e vocês correm! ‐ Matthew gritou, sem nem hesitar.
– O que? Pai, não! ‐ Rosalind exclamou.
Matthew ignorou os protestos de Rosalind e correu para o cocatriz, pronto para enfrentar a criatura. Mesmo sem fazer ideia do que fazer, seu olhar transmitia a mais pura determinação, misturada a preocupação pelo bem-estar de sua filha.
– Pai! ‐ Rosalind gritou novamente, sua expressão cheia de angústia.
Grover agarrou o braço de Rosalind, tentando puxá-la para longe.
– Temos que ir, agora!
– Não, me solta!
Matthew confrontou o cocatriz com usando um pedaço de madeira que encontrou no chão, tentando distraí-lo, mas a criatura o acertou com sua cauda cheia de espinhos, jogando o homem longe.
– PAI!
Rosalind sentiu todo aquele calor que irradiava seu corpo pulsar, tão quente que Grover a soltou, a pele dela estava quente como brasa, mesmo estando encharcada da chuva. Ela sentiu sua pulseira vibrar no pulso e instintivamente a puxou, fazendo-a virar o arco dourado.
Em um impulso instintivo, ela puxou a corda vazia, sem realmente compreender completamente o que estava fazendo, disparou uma flecha de energia dourada em direção ao cocatriz. Surpreendentemente, a flecha atingiu as costas do monstro, causando uma pequena explosão de luz que fez o cocatriz urrar furiosamente.
Mas Rosalind não recuou, ela correu na direção da criatura lhe acertando uma flecha atrás da outra com uma agilidade e precisão que ela mesma não sabia possuir, mas aquelas flechas não pareciam ter força suficiente para perfurar a criatura. Até que que uma fresta se formou entre as nuvens de chuva deixando que um único raio de sol atingisse a garota. Ao sentir aquele calor, ela puxou a corda do arco com toda a sua vontade e soltou a flecha que atingiu em cheio o coração da fera.
O cocatriz desapareceu em uma nuvem de poeira dourada, e Rosalind ficou parada por um momento, processando o que acabara de acontecer. Ela olhou para o arco em suas mãos e suspirou aliviada. Bastou aproximar o arco de seu pulso novamente que ele voltou a ser apenas uma pulseira.
– Legal...
– Rosalind! ‐ o grito veio de Grover.
Rose se virou em sua direção com um sorriso vitorioso, mas seu sorriso logo desapareceu ao ver Grover do lado de seu pai caído no chão.
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ÁGAPE || Clarisse La Rue
Fanfiction[5 temporadas completas] Ágape, "αγάπη", significa amor. Aquele amor incondicional, que se doa e se entrega. O amor em várias formas. Rose não queria ser uma semideusa, mas escolheu aceitar essa realidade quando perdeu quem mais amava e quando jurou...
κεφάλαιο 03
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