κεφάλαιο 03

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Rosalind soltou um suspiro.

– Tá tudo bem, é uma situação complicada mesmo.

– Obrigado ‐ Grover sorriu levemente, muito mais calmo e aliviado.

Matthew interveio, colocando uma mão no ombro de Rosalind.

– Precisamos partir antes que a chuva aperte mais.

Os três saíram do trailer e enfrentaram a chuva, indo na direção à caminhonete de Matthew, mas antes mesmo de se aproximarem do veículo, o monstro que atacou Rosalind no museu pulou em cima do carro, o amassando como se fosse uma caixa de papelão.

– Um cocatriz! ‐ Grover exclamou.

– Coca o que?! ‐ Rosalind perguntou, confusa e assustada.

– Cocatriz, corpo de réptil e cabeça de galo. Corram! ‐ o sátiro gritou.

Os três correram, saindo da área dos trailers para entrar em um pequeno bosque que havia ali. A criatura rugia e grasnava, correndo atrás deles, suas asas batiam furiosamente. Enquanto corriam pelo bosque, a chuva intensificava, tornando o solo escorregadio e a vegetação densa dificultava a visibilidade.

Eles acabaram chegando em uma barragem de rochas e não tinha saída.

– Eu vou distrair ele e vocês correm! ‐ Matthew gritou, sem nem hesitar.

– O que? Pai, não! ‐ Rosalind exclamou.

Matthew ignorou os protestos de Rosalind e correu para o cocatriz, pronto para enfrentar a criatura. Mesmo sem fazer ideia do que fazer, seu olhar transmitia a mais pura determinação, misturada a preocupação pelo bem-estar de sua filha.

– Pai! ‐ Rosalind gritou novamente, sua expressão cheia de angústia.

Grover agarrou o braço de Rosalind, tentando puxá-la para longe.

– Temos que ir, agora!

– Não, me solta!

Matthew confrontou o cocatriz com usando um pedaço de madeira que encontrou no chão, tentando distraí-lo, mas a criatura o acertou com sua cauda cheia de espinhos, jogando o homem longe.

– PAI!

Rosalind sentiu todo aquele calor que irradiava seu corpo pulsar, tão quente que Grover a soltou, a pele dela estava quente como brasa, mesmo estando encharcada da chuva. Ela sentiu sua pulseira vibrar no pulso e instintivamente a puxou, fazendo-a virar o arco dourado.

Em um impulso instintivo, ela puxou a corda vazia, sem realmente compreender completamente o que estava fazendo, disparou uma flecha de energia dourada em direção ao cocatriz. Surpreendentemente, a flecha atingiu as costas do monstro, causando uma pequena explosão de luz que fez o cocatriz urrar furiosamente.

Mas Rosalind não recuou, ela correu na direção da criatura lhe acertando uma flecha atrás da outra com uma agilidade e precisão que ela mesma não sabia possuir, mas aquelas flechas não pareciam ter força suficiente para perfurar a criatura. Até que que uma fresta se formou entre as nuvens de chuva deixando que um único raio de sol atingisse a garota. Ao sentir aquele calor, ela puxou a corda do arco com toda a sua vontade e soltou a flecha que atingiu em cheio o coração da fera.

O cocatriz desapareceu em uma nuvem de poeira dourada, e Rosalind ficou parada por um momento, processando o que acabara de acontecer. Ela olhou para o arco em suas mãos e suspirou aliviada. Bastou aproximar o arco de seu pulso novamente que ele voltou a ser apenas uma pulseira.

– Legal...

– Rosalind! ‐ o grito veio de Grover.

Rose se virou em sua direção com um sorriso vitorioso, mas seu sorriso logo desapareceu ao ver Grover do lado de seu pai caído no chão.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora