Capítulo 13

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Puta merda, agora nós temos pessoas em comum, uma comunidade compartilhada. Meus dedos tremem enquanto digito:

Dul: Harlow foi pro Canadá visitar o Finn esse fim de semana?! - ele responde minutos depois:

Ucker: Eles devem ter mandado mensagens para nós ao mesmo tempo. Aparentemente Harlow chegou lá vestindo apenas um sobretudo.

Dul: A Harlow faria mesmo algo assim.

Ucker: Como ela conseguiu passar pela segurança sem ter que tirar o casaco? Não tenho ideia. Mas espero que eles não estejam tentando roubar nossa brincadeira com fantasias. - Meu sangue ferve deliciosamente com a ansiedade.

Dul: Que horas você vai chegar em casa?

Ucker: Estarei aqui com o dragão até às nove da noite. - Nove da noite? Eu me frustro imediatamente, digitando OK e colocando o telefone de volta em minha bolsa. E então me ocorre um pensamento: ele quer que eu seja malvada? Eu serei malvada, sim.

Ultimamente Christopher tem me enviado mensagens na hora do jantar, quando ele está trabalhando e eu estou em casa. Essa rotina tem acontecido nos últimos quatro dias quando nossos horários se desencontram assim, mas de alguma maneira eu sempre espero por sua mensagem às sete horas, em seu intervalo do trabalho. Estou pronta no quarto quando meu telefone vibra sobre o cobertor ao meu lado.

Ucker: Não esqueça o que eu quero hoje à noite. Jante. Eu manterei você acordada. - Com as mãos trêmulas, pressiono o nome de Christopher para ligar para ele, e espero enquanto o telefone toca - Dulce? Está tudo bem?

Dul: Professor Uckermann? – pergunto, em uma voz aguda e hesitante. – Seria esta uma boa hora para telefonar? Sei que você deve estar trabalhando... - O silêncio me dá as boas-vindas do outro lado da linha, e após vários instantes, Christopher limpa a garganta, silenciosamente.

Ucker: Na verdade, Dulce... – ele diz, agora com a voz um pouco diferente, não como ele mesmo, mas como alguém rígido e irritado com a interrupção. – Eu estava no meio de algo aqui. O que é? - Minha mão desliza pelo meu torso, sobre meu umbigo e mais para baixo, entre minhas pernas abertas.

Capítulo 202

Dul: Eu tinha algumas dúvidas sobre o que você estava me ensinando, mas posso ligar depois, num horário melhor. - Preciso ouvir sua voz e me perder nela para então encontrar coragem para fazer isso quando ele não está esperando, quando ele deve estar sentado à mesa com alguém. Posso quase imaginar a maneira com que ele se inclina para frente, pressionando o telefone em sua orelha, ouvindo cuidadosamente cada som do outro lado da linha.

Ucker: Não, estou aqui agora. Vamos resolver isso. - Minha mão desliza para cima e para baixo e meus dedos pressionam minha pele. Finjo que é a mão de Christopher e que ele está com seu corpo sobre o meu, observando cada expressão do meu rosto.

Dul: Hoje mais cedo, na aula... – começo, prendendo a respiração quando ouço Christopher soltar o ar forçadamente. Procuro em minha memória algum termo jurídico rudimentar de minhas aulas de Ciência Política dois anos atrás. – Quando você estava falando sobre política jurídica...

Ucker: Sim? – ele sussurra, e agora sei que ele deve estar sozinho em seu escritório. Sua voz ficou rouca e instigante, tão profunda que, se ele estivesse aqui, eu poderia ver como a luz do sol derreteria em seus olhos e Christopher fingiria ser rígido e calculador.

Dul: Acho que nunca me senti tão envolvida em uma palestra antes. - Seguro o telefone entre minha orelha e meu ombro, deslizando minha outra mão pelos meus seios, para cima e para baixo. Meus seios... Christopher os adora como ninguém. Eu sempre gostei deles, mas com seu toque, percebo o quanto eles são sensíveis e receptivos. Continuo: – Nunca gostei tanto de uma aula como a sua.

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