Me possua | Ghost - COD | Dark Romance +18

7° - INFILTRADO

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- Não acho que infiltrar alguém seja a melhor solução - König diz.
Olho para trás para em direção que ele caminhava.
- Eu acho que sim, já temos a localização então dá para colocar pessoas de olho nessas pessoas que estão lá dentro e seguir até suas residências - eu falo. König me interrompe.
- Não acho que seja a melhor solução exatamente por isso. Quanto tempo você acha que vai levar até descobrirem o sumiço deste merda no porão? - König murmura com as mãos apoiadas sobre a mesa ele gesticula com a cabeça em direção ao porão.
Meus pulmões cheios de ar se esvaziam lentamente ofegante enquanto olho para o lado pensando na melhor resposta.
- Não sei o que fazer, irmão, mas na realidade é que estamos fodidos, aquele lugar é suicídio na certa, haverá muitas mortes desta vez - eu falo olhando para a xícara de café à minha frente.
König rosna tomando minha atenção para ele.
- Não estou gostando disso, o que quer dizer? - König pergunta.
Inclinando meu corpo para frente meus olhos encaram apenas os olhos de König por de baixo daquele tecido escuro.
- Quero dizer que muitos de nós vamos morrer. Nosso último resgate foi tranquilo, perto do que vai ser este, você entende que aquele lugar é cheio de armadilhas, eu estou com sorte por ainda está vivo aqui para contar história - eu falo me encostando de novo na cadeira.
König ajeita sua postura inclinada.
- Você sabe que não precisa voltar, temos investigações para isso, não precisamos tomar às rédias sem antes certificar que dará certo, foram assim todas às as outras vezes - König fala.
- Não, eu vou volta - eu murmuro.
Tirando meu maço de cigarros do bolso eu tiro um acendendo.
- É aquela mulher não é? - König pergunta.
Horangi que estava à todo tempo quieto, apenas ouvido desde o momento que König se manifestou, ele vira o olhar para nós.
- Não pode ser sério isso, Ghost, é muito arriscado, quem é essa mulher ? Você já à conhecia? - Horangi pergunta.
Tragando e soltando a fumaça que consumia meus pulmões eu já estava pronto para retrucar a König, deixando de lado todo o respeito que tenho por ele.
Batendo meus punhos na mesa eu apago o cigarro no cinzeiro.
- Não tem nada haver com mulher alguma, ok? Eu apenas vi toda àquela merda de perto e isso me gerou revolta, não é só essa garota que está lá, porra! - rosno.
Horangi me dá uma encarada de cima em baixo.
- Bom, tanto faz, vocês procurem alguém para por de  campana, logo terei que voltar para lá - eu falo olhando no relógio.
Sem dar a menor chance de qualquer julgamento vindo de ambos eu me retiro da sala.
Eu não sabia o que iria fazer mas eu precisava arruma uma solução e rápido, mesmo sabendo que esse "rápido" poderia durar semanas ou até meses.

- Pobre, Lana! - murmuro parado em frente ao espelho.

°°°°

Coloquei algumas coisas na minha bolsa que iria levar para o cativeiro, era final de semana e pelo que eu entendi eu passaria o final de semana todo lá naquele buraco então eu me preparei para isso.
Dirigindo até lá eu fumei alguns cigarros, talvez eu estivesse fumando demais, sim, mas tudo bem, eu precisava me concentrar em não estragar tudo. Isso me deixava nervoso. Eu passei pelo primeiro portão acenando para um dos rapazes encapuzados que faziam à segurança, eles não estavam literalmente aí para mim, os vidros do carro estavam todos baixos dando vista para ambos ali olharem para dentro do veículo certificando que era somente eu. Eu fui até onde Lana estava quando eu deixei o local e tudo que encontrei ao entrar para dentro daquela sala extensa foi uma possa de sangue e uma mulher que estava agachada limpando todo sangue.

- O que aconteceu aqui? - eu pergunto. A mulher me olhou por cima do ombro me ignorando, voltando a limpar todo sangue.
- Aonde está Lana? - eu insisti na pergunta.
Talvez minha paciência estivesse se acabando, eu percebi isso quando recolhi aquela mulher pelo braço magro a levantando do chão.
Pobre mulher ela parecia ser mais uma vítima que estava condenada aquele inferno.
- Responde o que eu perguntei ou vou te obrigar a falar - eu falo colocando a mão na cintura em cima da arma.
Ela balançou a cabeça gemendo algo que eu não pude identificar só que se tratava.
Depois de muitos "eu não entendi, fale direito, não estou entendendo" ela abriu a boca, aparentemente um pouco envergonhada e eu percebi que na verdade ela não era muda, ela apenas tinha sua língua amputada.