--𝖊𝖘𝖈𝖔𝖑𝖆--

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𝖆𝖘𝖍𝖙𝖗𝖆𝖞 𝖛𝖎𝖘𝖎𝖔𝖓:

Era tão estranho estar abraçado a ela. Mais ela precisava. Odeio toque físico ou esse tipo de melação. Mais ela foi estrupada, eu tenho que fazer alguma coisa.

- eles vão pagar, ok? - digo me levantando e saindo.

Eu e ela não somos tão próximos. Mas ela já tá aqui a um tempinho.

- irmão, quem fez aquilo com ela? - digo com pouco alto

- não sabemos - ele diz desanimado

- quando eu encontrar o monstro que fez isso com ela...eu vou matar ele - digo muito irritado.

Saio de lá e vou pra conveniência.

3 dias depois.

A Rebeca parecia melhor. Ou tentava não demonstrar tristeza.

Mandei ela dormir no meu quarto, a sala realmente não é confortável. Estamos dormindo na mesma cama a dois dias. Não tá sendo estranho, só meio silencioso.

- pequena, vc vai a escola - fezco diz colocando o pão na torradeira.

- sério? Não acredito...- diz meio brava.

- Ash vai levar e buscar vc - ele diz me olhando

- ou, eu tenho mais oque fazer karalho! - digo soltando o pão e ficando chocado .

- quer que ela se machuque de novo? Acho que não, então aceita e cala boca - ele diz

Rebeca riu, cd a graça?

- quando eu começo? - ela pergunta

- amanhã

- eu não tenho material...- ela diz

- sem problemas, pode ir com a Lexi comprar tudo oque precisar.

Fezco gosta de fazer as vontades das pessoas

- eu vou. - digo me levantando. - vai ficar aí parada? Vamo comprar

- tá, só vou tomar banho.

Eu nem sei oque karalhos eu fui me candidatar pra levar ela.

- trata ela bem, ok? - fezco diz assim que Rebeca sai da cozinha.

- não prometo nada - digo indo pro quarto.

Acabei encontrando um caderno em baixo da mochila da Rebeca, eu não estava mechendo, está muito aparente

- será que eu leio? - pergunto a mim mesmo.

Decidi ler só a primeira folha. Pra que, me arrependi.

- mais que karalho em. - digo alto. Bufei

Saio do quarto e sento na sala.

- aí, irmão - chamo o fezco - se uma garota, foi estrupada, abusada. O que vc acha que ela estaria sentindo agora?

- vc está se referindo a Rebeca, não sei ao certo, mais ela precisa de pessoas que a ajudam a superar o trauma.

Trauma...?

- ela precisa superar, mas eu não sei como. - diz meio triste - tô indo pro trampo, não provoca ela hoje. Ainda tá muito recente, ela tá traumatizada.

Diz saindo.

Olho fixo pra parede. Como faço pra ela superar?

Oque eu li lá, era meio pesado, ela sofreu muito...foi aquilo que ela foi forçada?

Li uma parte em que dizia os sentimentos dela. Sobre aquilo, ela não quer falar com ninguém sobre isso. É por isso que está escrevendo.

- tô pronta. - diz

Minha atenção volta a ela. Estava com um short preto com uma blusa minha. E um tênis branco. Com um coque largo

- espero que não se importe, peguei sua blusa - diz rindo.

Não reclamei, apesar de tudo, eu não ligo que ela pegue minhas coisas.

- vamo - digo sorrindo.

Fomos com a minha moto, ela segurava muito firme, provavelmente tinha medo

- quer ir aonde? - pergunto

- aonde vende material escolar - ela diz sorrindo

- faz sentido...- digo rindo

Fomos em várias lojas. Ela só comprou o básico, acho que ela não queria abusar do meu dinheiro. Foi até bom. Não sou mão de vaca.

- quer tomar uma casquinha? - digo

Tava muito calor

- aceito - diz soando.

Fomos na sorveteria e pegamos um sorvete.

- vcs são um casal? Querem um sorvete de casal? - a atendente pergunta

- aham...- a reação dela foi simplesmente essa

- não somos um casal, me vê duas casquinhas, uma de baunilha e a outra de chocolate. - digo grosso

- claro. - diz saindo

- não gosta de chocolate né? Peguei de baunilha pra tu - digo

Como eu sei? Espiei ela e a rue conversando uma vez.

- não vou nem perguntar - diz rindo

E o dia foi baseado em, rimos pra karalho, e zuamos tbm.

- vamo embora, preciso tirar esse tênis - ela diz se sentando no banco da praça

- o clima tá bom, não quero voltar pra casa - digo - da seu pé

- por que? - ela me olha confusa

Logo ela coloca seus pés em minha perna. Tiro seus tênis e levo eles em minhas mãos

- ah, obrigado, tá bem melhor assim - diz aliviada.

Ri baixo, continuamos andando pela praça.

- se vc fosse uma fruta, qual seria - ela pergunta

Gosto dos assuntos aleatórios dela.

- uhm, manga - digo

- gosta de mangas?

- sim, mas só pensei na primeira que veio em mente - digo

Ela parecia uma criança. Ela fazia perguntas aleatórias e brincava a maior parte do tempo.

- aí, obrigado por hoje, me distraiu bastante - diz dando um empurrão de leve em meus ombros.

Sorrio

Começamos cutucar o ombro um do outro.

- eu devia ser ignorante com vc - digo lembrando das nossas discussões

- você realmente foi bem desnecessário aquelas vezes...- diz

- foi mal, eu não deveria pegar tanto no seu pé. - digo imitando o andar dela.

- e eu não deveria entrar assim na sua vida do nada, mais foi você, que me sequestrou! - diz rindo

- ordens do seu pai, mais até que eu gostei de ter uma "irmã", assim vai ser mais fácil de proteger vc.

- falando assim, parece que eu sou importante assim. - diz pulando dos bancos.

- mas é, pro seu pai - digo - não é atoa que ele mandou eu e o fezco cuidar de vc

Subo nos bancos tbm, pulando junto com ela.

Sinto que não era esse tipo de resposta que ela queria.

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Oie

Especial deles 🫶🏻

𝑼𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒕𝒐𝒙𝒊𝒄𝒐 - ᵃˢʰᵗʳᵃʸOnde histórias criam vida. Descubra agora