EMILY ALVES
O dia começou muito bem, quando eu estava tendo um sonho com o japonês admitindo que me amava e depois, bom, depois eu e ele... foi tão selvagem no sonho que pareceu até real...
e só percebi que era um sonho quando eu cai do sofá.
Eu dormi no sofá?—puta que pariu! — digo, choramingando com a mão nas costas.
— ih, caiu do sofá. — Samuel grita, se desmanchando aos poucos até o chão, com uma risada esquisita.
Então todos já estão aqui?
E eles me viram dormindo? Que merda!— o sonho deveria estar muito bom hein, até gemendo você tava. — Sérgio diz, rindo do irmão que parecia ter um treco no chão, ainda rindo.
— mentira que eu tava gemendo. — digo, me levando, vendo Samuel ainda sorrindo tá situação, ele parece estar chorando.
— você tinha que se ver, do nada, caiu igual bosta! — diz entre risoso, se debatendo no chão.
M e irrito, pego no colarinho da blusa de Samuel, o levantando, e ele finalmente para de rir.— para de rir seu bestaiado. — digo, lhe dando um tapa na testa.
— pergunta pro bento, você tava gemendo bem baixo, mais tava. — Sérgio diz sentando no sofá todo a vontade.
Olhei pro japonês com dúvida.— você tava gemendo. Com quem era o sonho, afinal? — o japonês falando mais de 5 palavras comigo? Que surpresa.
— não é da sua conta. — digo já com raiva.
Tudo indica que eu não terei paz mais com esses garotos aqui.
— que porra de roupa e essa? Emily.
Não tá vendo que a casa tá cheia de homem. — olhei pra baixo não me recordando da roupa que eu estava...
Eu usava meu pijama mais curto, a parte de cima quase toda rendada tampando apenas meu peito, a de baixo, um shorts preto muito curto, com renda nas pontas.— eu não tô nem aí, eles vão estar aqui todos os dias agora, é bom que eles já se acostumam. — dou de ombros abaixando o shorts.
Menti, com certeza eu tô morrendo de vergonha.— eu não me importo de você se vestir assim todo dia, eu até gosto! — Samuel levanta as mãos.
— vai gostar mais quando minha mão estiver na sua cara, tucano. — meu irmão diz raivoso — Emily, vai trocar essa roupa! Não tá vendo que nessa sala só tem pervertidos?
— tirando eu. — Júlio é uma voz no fim do túnel.
Sorri, ele é tão fofo.— Dinho, deixa de ciúmes bobo, seus amigos não tem nenhum interesse por mim, não é meninos? — perguntei, esclarecendo.
Esperei pela resposta dos meninos, mas nenhum concordou comigo.
Bando de fi de uma rapari... — meninos? — novamente sem respostas.— chega disso. — Dinho vem até mim, me jogando no ombro, enquanto eu me debato.
Eu sabia que minha bunda estava virada pra eles agora, e esse shorts é tão curto...
Ajudou muito Dinho.— Dinho, meu shorts é curto, porra... — digo desesperada, tentando tampar com as mãos.
Merda, merda!— parem de olhar seus desgraçados! — meu irmão dizia me virando de um lado pro outro, agora meus peitos estavam pra lá, abaixei a cabeça.
Meu deus, que situação.
— Dinho, me põe no chão! — falo quase sem ar, meus cabelos estavam me matando.
— oque você tá falando? Não tô escutando peste nenhuma. — Dinho diz, tentando ouvir melhor.
Me estrsso, levantando a cabeça e pouco me fodendo se eles estão vendo meus peitos.
— me põe no chão, porra. — grito, abaixando a cabeça novamente.
Ele me põe no chão, e ajeito meu shorts e o cabelo.
— vocês são tudo uns loucos, puta que pariu! — grito ofegante, subindo as escadas com ódio.
— ixi gente, nem falei nada... — Sérgio diz, com uma voz mansa.
— cala a boca, viado. — Dinho o responde, e eu já não me importo mais com oque eles dizem.
Escutei batidas na porta enquanto terminava de arrumar minha blusa, e só mandei entrar.
Me impressionei no mesmo minuto, era bento.
Ele fechou a porta atrás de si, e me olhou de longe, enquanto eu o olhava pelo espelho.
— oque você quer? — pergunto, me lembrando do sonho.— eu quero saber com quem você sonhou! — diz simples, entrando mais no quarto.
— não te interessa não, japonês.
Sai, não lembro de ter te dado toda essa liberdade. — digo indo até o mesmo, pegando o livro que ele tinha na mão, que é meu.— você me deu liberdade assim que entrou naquele camarim, ou na cozinha quando você disse que eu chamei sua atenção primeiro... — diz, se levantando e ficando na minha frente. — Me diz, com quem você estava sonhando, estava tão gostoso como parecia? — ele novamente se aproxima mais, e eu não posso nem me mexer, se não caiu na cama.
— eu não te dei nenhuma liberdade... — gaguejo, andando pra trás e caindo na cama.
— essa não a pergunta... — ele se inclina, enquanto eu só me afasto, e não percebo quando estou quase deitada e o japonês em cima de mim.
— Alberto... sai. — digo baixo, mas é claro que ele não saiu, e se estivesse mandando sair, era mentira.
— é isso que você quer? — ele pergunta, colocando meu cabelo pra trás da orelha.
Não respondo, eu não vou mentir.Ele segura meu queixo, vindo lentamente até a minha boca, e quando estávamos quase juntando nossos lábios, ele se afasta, com um sorrio ladinho no rosto, filho da puta.
— você gosta de provocações, não é? japonês.
Essa é a segunda vez que você faz isso...
Você quer realmente fazer isso? Eu não tenho limites em brincadeiras. — Digo, chegando perto da sua boca.— você acha que irá conseguir resistir? Porque eu tenho certeza que resisto. — ele diz baixo, e ofegante.
— então.. — digo passando minha mão pelo seu abdômen, segurei seus ombros com força, revertendo o papel, agora ele estava sentado e eu estava em pé, curvada olhando profundamente nos seus olhos... — você quer brincar? — susuro.
— vai ser divertido. — diz, tiro minha mão do seu abdômen, saindo do quarto e o deixando sozinho.
QUR MERDA EU ACABEI DE FAZER? Eu sou virgem, acho mesmo que vou conseguir ganhar isso, com todas essas provocações dele, eu vou perder rapidinho.
E eu que não tenho experiência alguma.
Que merda!Mas eu vou tentar, e vou ganhar! Vou da o meu melhor.
Desci e me sentei no sofá, e logo após Bento desceu, com um sorriso miserável no rosto.— japonês foi bater uma, voltou até feliz. — Dinho diz, e todos os meninos riem dele.
— sim, tive até ajuda. Pergunta pra tua irmã. — Bento da de ombros, sorrindo com sua própria fala.
— ihh — Samuel diz, rindo.
— OQUE? JAPONÊS, VOCÊ TEM MERDA NA CABECA? — meu irmão grita, correndo atrás dele, que corre.
— para! — grito, e Dinho para, me olhando. — não vê que é mentira desse indiota? Você ainda acredita no que ele diz? — pergunto, e dinho para pra pensar. — eu nunca faria isso, ainda mais com ele — me sento no sofá, minha cabeça já está doendo, e esse é malmente o primeiro dia. — vocês vão me deixar louca.