capítulo 4

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EMILY ALVES


O dia começou muito bem, quando eu estava tendo um sonho com o japonês admitindo que me amava e depois, bom, depois eu e ele... foi tão selvagem no sonho que pareceu até real...
e só percebi que era um sonho quando eu cai do sofá.
Eu dormi no sofá?

—puta que pariu! — digo, choramingando com a mão nas costas.

— ih, caiu do sofá.  — Samuel grita, se desmanchando aos poucos até o chão, com uma risada esquisita.

Então todos já estão aqui?
E eles me viram dormindo? Que merda!

— o sonho deveria estar muito bom hein, até gemendo você tava. — Sérgio diz, rindo do irmão que parecia ter um treco no chão, ainda rindo.

— mentira que eu tava gemendo. — digo, me levando, vendo Samuel ainda sorrindo tá situação, ele parece estar chorando.

— você tinha que se ver, do nada, caiu igual bosta! — diz entre risoso, se debatendo no chão.
M e irrito, pego no colarinho da blusa de Samuel, o levantando, e ele finalmente para de rir.

— para de rir seu bestaiado. — digo, lhe dando um tapa na testa.

— pergunta pro bento, você tava gemendo bem baixo, mais tava. — Sérgio diz sentando no sofá todo a vontade.
Olhei pro japonês com dúvida.

— você tava gemendo. Com quem era o sonho, afinal? — o japonês falando mais de 5 palavras comigo? Que surpresa.

— não é da sua conta. — digo já com raiva.

Tudo indica que eu não terei paz mais com esses garotos aqui.

— que porra de roupa e essa? Emily.
Não tá vendo que a casa tá cheia de homem. — olhei pra baixo não me recordando da roupa que eu estava...
Eu usava meu pijama mais curto, a parte de cima quase toda rendada tampando apenas meu peito, a de baixo, um shorts preto muito curto, com renda nas pontas.

— eu não tô nem aí, eles vão estar aqui todos os dias agora, é bom que eles já se acostumam. — dou de ombros abaixando o shorts.
Menti, com certeza eu tô morrendo de vergonha.

— eu não me importo de você se vestir assim todo dia, eu até gosto! — Samuel levanta as mãos.

— vai gostar mais quando minha mão estiver na sua cara, tucano. — meu irmão diz raivoso — Emily, vai trocar essa roupa! Não tá vendo que nessa sala só tem pervertidos?

— tirando eu. — Júlio é uma voz no fim do túnel.
Sorri, ele é tão fofo.

— Dinho, deixa de ciúmes bobo, seus amigos não tem nenhum interesse por mim, não é meninos? — perguntei, esclarecendo.
Esperei pela resposta dos meninos, mas nenhum concordou comigo.
Bando de fi de uma rapari... — meninos? — novamente sem respostas.

— chega disso. — Dinho vem até mim, me jogando no ombro, enquanto eu me debato.
Eu sabia que minha bunda estava virada pra eles agora, e esse shorts é tão curto...
Ajudou muito Dinho.

— Dinho, meu shorts é curto, porra... — digo desesperada, tentando tampar com as mãos.
Merda, merda!

— parem de olhar seus desgraçados! — meu irmão dizia me virando de um lado pro outro, agora meus peitos estavam pra lá, abaixei a cabeça.

Meu deus, que situação.

— Dinho, me põe no chão!  — falo quase sem ar, meus cabelos estavam me matando.

— oque você tá falando? Não tô escutando peste nenhuma. — Dinho diz, tentando ouvir melhor.

Me estrsso, levantando a cabeça e pouco me fodendo se eles estão vendo meus peitos.
— me põe no chão, porra. — grito, abaixando a cabeça novamente.
Ele me põe no chão, e ajeito meu shorts e o cabelo.
— vocês são tudo uns loucos, puta que pariu! — grito ofegante, subindo as escadas com ódio.

Sobre Você - Bento HinotoOnde histórias criam vida. Descubra agora