Bem-vindo a família

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Senku saiu de casa no meio da tarde para comprar um relaxante muscular para o marido, que está reclamando de dor nos braços desde que chegou em casa na noite anterior.

Ele queria fazer a compra rápido para voltar para poder cuidar de Asagiri, porém, não havia nenhum na farmácia mais próxima do prédio onde eles moram. Isso obrigou o cientista a ir em uma farmácia um pouco mais longe, mas felizmente dessa vez ele encontrou o remédio procurado.

Na volta, ele decidiu cortar caminho pelo parque, aproveitando que pelo horário não deveria estar lotado de famílias com crianças demais para os pais manterem sob controle.

Enquanto caminhava, Senku planejava o conteúdo para suas próximas aulas, pensando em como iria ferrar seus alunos com uma quantidade absurda de deveres de uma vez só.

"Ser professor universitário é ótimo" pensou, sorrindo de forma travessa.

Seus devaneios foram interrompidos por um choramingo baixo, vindo de dentro de uma caixa de papelão amassada. O homem de olhos vermelhos se aproximou, curioso, abaixando-se na frente da caixa marrom.

Dentro dela havia um filhote de cachorro, tão pequeno e com o pelo tão arrepiado que que fez o coração de Senku derreter com tanta fofura. O filhote começou a latir de forma esganiçada ao ver Ishigami Senku, e o cientista começou a avaliar a situação.

— Adoção — Senku leu o que estava escrito na caixa e franziu a testa em descontentamento. — Isso está mais para abandono, considerando que ele está sozinho em um lugar como esse sem ter água ou comida.

Ele esticou o braço para tocar o filhote, que começou a lamber seus dedos no mesmo instante. Senku sorriu, sendo completamente conquistado pelo filhotinho de pelagem castanha.

— Não posso te deixar sozinho aqui — Ishigami falou com um sorriso carinhoso nos lábios, ao pegar o pequeno nos braços e se levantar, posicionando junto ao seu peito para mantê-lo o mais próximo de si durante o percurso. — Tenho certeza que o Gen te amar no momento em que colocar os olhos em você.

[...]

Gen estava tirando um cochilo enquanto esperava o marido retornar com seus remédios. Ele só terá que sair para trabalhar a noite, por conta das gravações da sua participação especial em uma novela, mesmo assim Asagiri está contente de poder passar o dia em seu lar.

Ele estaria ainda mais feliz se não estivesse com aquela dor incômoda.

— Cheguei — Senku avisou ao abrir a porta, acordando o marido que estava adormecido no sofá da sala.

Asagiri não abriu os olhos, pois queria ser acordado com um beijo de Senku. Ele ficou repleto de expectativa ao ouvir os passos do marido, percebendo que ele estava se aproximando.

— Gen? — chamou, e o apresentador não respondeu de propósito.

Senku já havia percebido que o marido estava acordado, pois Asagiri não conseguiu conter o sorriso travesso que se formou nos seus lábios. Em vez de beijar Gen, ele colocou o filhote em cima da sua barriga e os olhos do apresentador abriram de imediato ao sentir algo andar em cima dele.

— Meu deus, Senku-chan! Você saiu para comprar remédios e voltou com um cachorro! — exclamou, surpreso, sentando-se e pegando o cachorro com as duas mãos.

— Também trouxe os remédios — Ishigami balançou a sacola em suas mãos, e então contou como encontrou o pequeno. — O que acha de nós ficarmos com ele?

Aquele é o tipo de atitude impulsiva que Asagiri esperaria dele mesmo, não do marido que sempre pondera muito antes de tomar qualquer decisão.

— É claro que nós vamos ficar com ele — Gen disse e abraçou o filhote, que lambeu seu queixo com animação. — Seja bem-vindo a família, Simba.

— Já escolheu o nome? Eu estava pensando em chamá-lo de Jubileu…

— Nem pensar!

Os dois riram, e decidiram providenciar algo para o filhote comer e beber.

Gen se entupiu com os remédios e ligou para Ukyo, pedindo para o empresário o ajudar a ir comprar tudo que o filhote vai precisar, enquanto Senku cuida do pequeno e apresenta seu novo lar a ele.

Married Life [ SENGEN ]Onde histórias criam vida. Descubra agora