CAPÍTULO 23

286 19 0
                                    


Acordo com o sol batendo na minha cara, meu Deus, me levanto para fechar a cortina para evitar que o sol me mate de calor, e é neste exato momento que vejo Chase beijando ferozmente uma menina no quarto dele, nem sabia que a janela do quarto dele, dava pra minha janela, não é possível, ele ta quase engolindo a menina, nem pra fechar a cortina ele serve, fica agarrando as pessoas na janela pra todo mundo ver, que idiota, como eu tenho ódio da cara dele. Fecho a minha cortina com força, quase que derrubando o suporte grudado na parede. Tomo um banho de novo, esfrego os pulsos com mais força, pensando no que fiz, como eu pude? Coloco uma saia preta de colegial, uma blusa preta e meu all stars, tenho que dá uma volta se não vou surtar, ir pra escola não era uma opção no momento.  Desço as escadas e decido não tomar café em casa, papai está na bancada mais não to afim de conversar, apenas aviso que irei sair e lhe dou um beijo na bochecha, abro a porta e dou de cara com alguém mais idiota que o Chase, meu irmão, Marcos.

— Seu idiota, onde você tava? — grito 

— Emma, não começa, te explico tudo depois, precisamos conversar urgentemente

— Então vamos, agora!

— Não aqui sua louca, em outro lugar, hoje na corrida.

— Que corrida seu tapado?

— Chase vai te levar insuportável, conversamos lá, agora sai da frente, preciso dormir! — ele me empurra passando por mim, idiota, estou cercada de idiotas! aaaaaa

Pego o carro, e dou ré pra tirar ele da garagem, mais o sensor apita sem parar, tem algo atrás do carro, tiro a cabeça pra fora do carro e era ele, Chase na sua moto.

— Quer tirar essa moto velha de trás do meu carro?

— Velha? você bem que gostou de andar nela!

— Odiei, assim como odeio o dono dela, agora vaza! to com pressa

— Tem um lugar pra irmos hoje esquentadinha — diz ele descendo da moto e vindo até mim, coloca uma mão de cada lado da janela do carro, ele estava de regata branca e jeans preto, os cabelos soltos como sempre, o sorriso debochado no rosto.

— É marcos me disse, algo haver com uma corrida

— Marcos está aí? finalmente teve folga, meu pai pegou pesado com ele

— E hoje vamos conversar, ele vai me explicar oque ele está fazendo pro seu ''papai'' aliás se não fosse ele ontem, eu nem sei oque teria feito pra vir embora!

— Vamos esquecer isso, é passado — o fuzilo com os olhos — Hoje iremos em uma corrida de carros, precisamos pagar alguém que vai estar lá.

— Ok, recado dado, agora tira sua moto daí de trás tenho que sair

— Compra uma roupa pra hoje — ele me entrega um pequeno maço de dinheiro

— A roupa ou o shopping? não preciso disso tudo

— Se não quer, me devolve, paga você mesma — ele tenta pegar o dinheiro e logo o enfio no meu peito

— Eu fico com ele, tenho certeza que foi quase o mesmo pagamento que deu pra menina no seu quarto hoje cedo. — ele ri

— Você viu aquilo? aposto que gostou tanto que gravou pra ver mais tarde — ele sorri mordendo os lábios 

— Idiota! — dou ré e de propósito derrubo a moto dele quase passando por cima dela, fecho os vidros do carro e acelero em direção ao shopping, só ouvi gritos distantes dele na rua, ele bem que merecia mais.

Passei a tarde toda, andando pelo shopping, comprei varias roupas já que eu estava com dinheiro, pelo menos não tenho que gastar dinheiro nenhum meu com este trabalho. Paro na Starbucks e peço um café com creme de pumpkin.

— Aqui está moça, café com creme de pumpkin — estico os braços pra pegar o café, mais uma mão enorme pega o café primeiro, hoje não era o meu dia.

— Oque você tá fazendo aqui? vai me matar por causa da sua moto?

— Eu bem que devia! sua louca, aquela moto custou bem mais que esse seu carrinho de menininha. — pego o café da mão dele e saio andando sem responder ele, mais admito estava com medo, agora que me dei conta, estraguei a moto dele, deve tá querendo me matar.

Sinto Chase me puxar para um corredor grande, era o corredor do banheiro masculino, e ele nos levou para o canto mais escuro, me encostou na parede, e nos olhamos fixamente.

— Chase...

— Não vai pedir desculpa?

— Você não queria sair do caminho, foi culpa sua

— E agora estou te prendendo aqui, oque vai fazer? — continuávamos nos olhando, até que ele mirou na minha boca, ele não iria me beijar, iria?

Chase mirou na minha boca mais foi lentamente até o meu pescoço, me deixando imóvel, pressionando meus dois braços na parede, e em uma das minhas mãos estava um café quente, se eu me mexesse ia cair tudo em mim, não tinha escapatória. Ele foi dando pequenos beijos molhados no meu pescoço, lentamente, me fazendo arrepiar toda, meu Deus, os meus suspiros pesados e quentes eram impossíveis de disfarçar, Chase encosta seus lábios na minha boca, várias e várias vezes, sem me beijar, isso estava ficando perturbador e instigante, eu que não ia ceder e beija-lo. Idiota...

— Você não quer se soltar? — ele praticamente rosna com a sua voz, me olhando

— O...café, vou me queimar se eu me mexer — minha voz sai baixa e falhada

— Que desculpa ruim — ele me solta e respiro, aliviada?

— Não é desculpa, claro que...— ele sai andando

— Até ás 22:00, te pego em casa — oque tinha acabado de acontecer aqui? eu não podia, o pai de Chase deixou bem claro, haverá consequências e eu nunca me relacionaria com alguém como o Chase, nem se fosse só pra...me aliviar ou aliviar essa tensão entre a gente, que...não! para! não posso pensar nisso.

O Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora