Cap 15

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M E L

Mel- Você tá com fome?- Ela fica com as bochechas vermelhas mas assente.- Vem vamos lanchar.- Começo a andar em direção à praça de alimentação.

Helena- Mel... Você é tão legal.- Ela fala bem baixinho e eu a dou um sorriso.
Chegamos na praça e eu começo a procurar o italiano e o Luca.
Quando finalmente os acho eles estão simplesmente brincando de guerra de braço.

Mel- Voltei.- Falo e eles se viram em direção a mim e depois olham pra Helena que fica automaticamente vermelha.- Essa é a Helena, minha amiga, diz oi Helena.

Helena- Oi, muito prazer...- Uma coisa que eu percebi é que ela sempre fala muito baixo, uma fofa.

Mel- Esse é o Italiano e esse é o Luca. Digam oi meninos.

Italiano.- Oi.- Ele fala todo seco.

Luca- Deixa eu segurar?- O olho confusa.- Deixa eu segurar o bebê? Por favor eu juro que não derrubo.- Eu olho pra Helena que está me olhando.

Helena- Tudo bem...- Agora que eu percebi que ele tá encarando ela fixamente desde que ela chegou.
Ele vai na direção dela e segura a nenê de um jeito digamos que... Não muito convencional.
Ela ajeita ela no braço dele e ele fica vermelho com a aproximação.

Italiano- Porque gente branca é assim? Tudo fica vermelho.- Ele fala e adivinha? Eles ficaram vermelhos.- Tá vendo.

Luca- Qual é o nome dela?- Pergunta cheirando o cabelo da nenê que por incrível que pareça fica bem quietinha.

Helena- Annelise Isabel.- Ela fala.

Luca- Que nome lido né princesa, é sim, o seu nome é muito lindo.- Ele fala com aquela voz de bebê. Namoral isso foi muito fofo.

Helena- Eu já tenho que ir pra casa, foi muito legal conhecer vocês.- Ela fala com um sorriso sincero.

Luca- Nos te levamos, né gente?- Ele fala nós olhando, eu e Italiano nós entreolhamos.

Mel- Claro.- Falo risonha.

Luca- Que ótimo, agora vamos. Me dá a bolsa dela.- Ele fala pra ela que está com duas bolsas.
Ela tira uma e entrega para ele que eu não sei como, mas consegue carregar.

Mel- O bom é que ela mora lá no morro, aí fica mais fácil.- Luca me olha e parece que do nada vai começar a brilhar e saltitar por aí.
A Helena tá estranha. Um pouco rígida e tensa.- Ei, tá tudo bem?- Falo genuinamente preocupada.

Helena.- Como a senhora sabe? E está sim... Não se preocupe.

Mel- Você me falou.- A mesma assente.

[...]

Estamos quase chegando na casa da Helena quando do nada a Isa começa a chorar. Sabe aquele choro de ficar vermelha. E com isso a Helena também fica muito nervosa.

Helena- Filha oque foi?- Ela fala quase chorando tentando acalmar a bebê.

Luca- Será que ela não tá com fome?

Helena- Eu dei de mama pra ela ainda pouco, ela tá com alguma coisa e eu não sei oque é. Desculpa gente, eu sei que choro de bebê incomoda.
Se vocês quiserem eu desço aqui mesmo não tem problema.

Mel- Óbvio que não, tá ficando doida. Uma hora dessas e nesse frio, além de estar chovendo. Chorar é normal é o único jeito que o bebê tem de se comunicar, o choro está incomodado alguém?- Olho para os meninos.

Italiano|Luca- Não não óbvio que não.

Mel- Que ótimo.- Eu suspiro- Eu acho que chegamos na sua casa.

Helena- Muito obrigada mesmo gente, eu não vou esquecer de vocês.- Ela desce do carro e vai em direção ao portão ainda muito tensa, e a bebê chorando muito.

Luca- Italiano.- Nós o olhamos.- Para o carro ali.- Ele aponta para um beco.

Italiano- Porque?

Luca- Tem alguma coisa errada aí, essa menina tá tudo menos bem. Para o carro ali por favor.- O Luca é muito observador.

Italiano- Tudo bem.- Ele estaciona o carro ali e a bixinha ainda no portão. Quando ele finalmente abre uma pessoa-na verdade um homem- A puxa para dentro com a maior brutalidade do mundo e depois batendo o portão com força.
O Luca e o Italiano se entreolham até escutarmos um barulho como se foce vidro quebrando e muitos gritos.

Italiano- Puta merda.- Ele pega o radinho e chama uns caras que eu não faço ideia quem são. - HK, Ratinho e Meia Tigela todos aqui na casa 15 do beco 45. No máximo 2 minutos.
Ele e o Luca saem do carro indo em direção a casa e eu os sigo.

Os outros meninos chegam nas motos parecendo um foguete.
Italiano bate no portão várias vezes e ninguém atende.

Italiano- Bora arrombar.

H E L E N A
B Ô N U S

Hoje o dia foi tão legal, eu até fiz uma amiga. Estava tudo bem até eu chegar em casa. Eu sabia o porque da Annelise começar a chorar. Ela sente.

O papai dela não gosta muito da gente.
Bari no portão já tensa e quando abre vejo quem eu menos queria.

??- Onde você tava sua piranha do caralho?- Sou puxada para dentro e já sinto o cheiro de álcool.- Devia está dando para outros machos né? Já que é só para isso que você serve.- A Isa não para de chorar, ela odeia barulho.- Manda essa peste calar a boca, se não apanha você e ela.

Helena- Por favor Carlos, não bate nela.- Eu falo já chorando.- Não fuma perto dela, faz mal ela ainda é uma bebê.

Carlos- Eu já falei pra você me chamar de papai não de Carlos.- Ele pega o cigarro que estava fumando e apaga no meu braço.- E quem é você pra mandar em mim? É só uma putinha que nem presta. Eu tô puto pra caralho garota.

Helena- Você bagunçou a casa inteira que eu limpei.- Falo já cansada.

Carlos- PORA GAROTA VOCÊ SÓ RECLAMA.- Ele grita e pega a garrafa que estava ao seu lado, a estourando na minha cabeça.
Vejo pessoas entrarem na casa.

É tudo oque assisto antes de apagar...

Meu Morro Minha Vida Where stories live. Discover now