Vigilante das Sombras: Novo Destino

×*VORGRI*×

Após a conversa com Jade, o garoto desceu do prédio, ativando sua máscara e aterrissando no chão junto com Mistica. Em volta deles, havia pessoas feridas sendo ajudadas pelos policiais. Ele sabia que antes de qualquer coisa com Jade, tinha que resolver alguns problemas. Então, Luccas sentiu a presença de alguém machucado e caminhou até ele. Ao se virar, saindo de dentro da poeira densa, o garoto deu um sorriso de felicidade ao ver Adrien vivo, embora mancando e com o braço esquerdo enfaixado. Luccas correu para abraçá-lo.

— Adrien?! Você está bem?! O que houve?! — disse Luccas.

Adrien passou a mão no rosto, limpando suas lágrimas, e abraçou Luccas forte, como se tivesse acabado de presenciar algo ruim.

— Adrien? O que aconteceu? — disse Jade, que estava ao lado dos dois.

Ele revirou os olhos, transmitindo ao mesmo tempo a tristeza de pensar no que aconteceu.

— Quando eu estava na sua casa, eu vi alguém invadindo... Isso dois dias depois do enterro do Nick.

Havia certo cuidado em seu tom, como se pesasse as palavras antes de dizê-las.

— Como assim? Por que você não disse antes? — disse Luccas.

Adrien olhou para cima, respirou fundo, pois não estava conseguindo falar direito.

— Resumindo, esse cara era o Nick. Eu descobri depois. Então, depois dele me ameaçar, fui falar com o Financiador e obter respostas, e levei a Kate comigo... Aí, a prisão começou a estremecer, tudo começou a rachar, e eu e a Kate nos separamos no meio do caos. Quando a encontrei novamente, ela estava... Ela... Eu não consegui salvá-la, Luccas. — disse Adrien.

Luccas escutou as palavras, ainda não acreditando no que acabara de ouvir. Ele ficou desnorteado, sem saber o que fazer.

2 meses depois...

A cidade começava a retomar sua rotina habitual, com pessoas indo para o trabalho e algumas caminhando pelas calçadas. Muitos operários trabalhavam em alguns prédios, tentando reconstruir. Na frente desses prédios, uma placa exibia o nome de uma empresa: INDÚSTRIAS ATLAS.

Percebendo que Luccas havia doado parte de seu dinheiro para a reconstrução da cidade, a porta de uma cafeteria se abre, e de lá sai Adrien, com um copo de café. Ele estava usando um casaco longo marrom, uma toca, um par de luvas, calças normais e tênis comuns. Adrien se encaminha para seu carro, um veículo vermelho e simples. Ao entrar, ele coloca seu café no porta-copos e liga o carro, seguindo logo para a estrada.

Ao passar pelos prédios, Adrien lembra do que aconteceu dois meses atrás. Ao olhar para o banco do passageiro, ele sente muito remorso. Enquanto dirige, vê as placas da empresa de Luccas, tentando passar a ideia de que tudo ficará bem, mas Adrien sabia que não seria tão simples. Ele estaciona o carro em um estacionamento e pega seu café, além de um buquê de flores que estava no banco de trás. Ao se virar, Adrien está no cemitério de Nova York.

Ao entrar, percebe a grama verde escura e algumas árvores ao longe. Em cima de um pequeno relevo, fica o túmulo de Kate. Ao se aproximar, ele deixa as flores no encosto da lápide e limpa as folhas que estão em cima dela. Então diz:

— Oi, Kate. Eu sinto muito a sua falta nos últimos meses. Está sendo difícil, mas eu tento me manter forte...

Enquanto Adrien conversa com Kate, ouve passos se aproximando. Antes mesmo de se virar, reconhece alguém pela respiração. Era Luccas.

— Ah, Luccas? O que você faz aqui? — disse Adrien.

— Olá, Adrien. Eu não estou surpreso que você também esteja aqui, afinal, você viu ela morrer. — disse Luccas com um tom sombrio. — Precisa falar desse jeito? Você não tem coração não? — retrucou Adrien.