Eita como comentaram, como prometido tá aí😻💁___________________
Passando-se quase duas semanas desde a morte de Sam, as últimas marcas que ele deixou em meu corpo são praticamente invisíveis agora graças ao tempo e a todo cuidado que Marília teve todos os dias comigo, se desdobrando ainda mais do que de costume.
Saimos um pouco mais cedo do trabalho pois era o dia em que eu buscaria o resultado do teste de DNA.
Marília me acompanhou até que eu entrasse no laboratório, pegasse o envelope branco e saisse.
Não quis abrir enquanto não chegasse em casa, minha mente borbulhando a todo momento mesmo tendo quase
certeza daquele resultado.
Sam não teria motivos para mentir afinal.
Me escoro no corpo dela enquanto ainda estamos no elevador e logo chegamos no nosso andar. Deixo minha bolsa sobre a mesa e caminho até a sala com Lila que se senta ao meu lado no sofá. Encaro o nada por um momento, correndo meus olhos pelas fotos da loira e seus pais na estante. Sam tirou tanto de mim, me privou de uma infância feliz e do amor paterno que nunca senti vindo dele em momento algun da minha vida.A palavra pai não me remetia nada bom. Eu nunca pude segurar a mão dele pois ele nunca me levara para escola no primeiro dia de aula ou em qualquer outro. Não dançou comigo quando fiz 15 anos e muito menos se orgulhou de mim quando entrei para faculdade. Eu era apenas a retardada que ele não armava.
Nem em meus sonhos de criança eu tinha sua proteção, ele
era o causador dos meus piores pesadelos ao invés disso. Os monstros embaixo da minha cama não eram páreo para o monstro que se sentava na mesa comigo na hora do jantar.Então quando meus olhos voltam para minhas mãos eu abro aquele envelope e tiro de la o papel dobrado. Está repleto de informações que não faço muita questão de ler agora, a única palavra pela qual eu procuro está no final da folha e a confirmação que eu esperava vem.
- ele não é mesmo meu pai as palavras demoram um pouco a sair da minha boca. Tantas dúvidas se apossam de mim agora.
- eu sabia que um ser humano tão incrível quanto você não poderia ter sido gerada por um verme como ele.
- então quem me gerou? a pergunta é mais para mim do que para Marília-quem é meu pai afinal? Minha mãe nunca me falou nada sobre isso. - dobro o papel novarnente jogando-o na parte vazia do sofá.
- acho que precisamos entrar em contato com alguém da sua familia materna para saber mais sobre isso, mai. Não é possível que sua mãe não tenha contato a ninguém.
- eu lembro de uma mulher. Cira, ela era uma grande amiga da minha mãe desde a época da escola. Lembro dela, íamos muitas vezes a casa dela enquanto minha mãe era viva. Eu era criança mas me recordo que ela morava perto da casa da minha avó.
- será que ela mora lá ainda? - Marília segura minha mão e eu a encarо.
- eu não tenho certeza, não sei se lembro o endereço certo mas se ela morar lá ainda com certeza alguém do bairro deve conhece-la e vai saber me informar,
- você quer tentar ir até lá? Se ela era tão amiga da sua mãe
talvez saiba de alguma coisa e tenha como te exclarecer algo.- você iria comigo? Eu sei que pode parecer besteira, Sam já está morto, meu pai verdadeiro talvez nem saiba da minha existência, mas eu... Só queria saber.
- é claro que eu vou com você, amor. Não é besteira alguma, é sua vida amor. Sua história, você tem todo direito de saber quem é o seu pai e eu vou estar aqui com você. Vamos atrás da amiga da sua mãe ou de qualquer outra pessoa que possa nos dar alguma notícia sua voz é calma e carinhosa. Seu olhar é compreensivo.
- estou tão cansada, Lila. Minha mente está cansada. - encosto meu corpo no dela descansando minha cabeça em seu ombro, querendo esquecer de tudo aquilo por um momento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Pequena Cor De Mel
FanfictionMaiara tem um segredo como qualquer outra pessoa, mas o acontece quando Marília descobre acidentalmente um deles?