♫ 'Cause my heart is burning, burning, burninng
So good that it's hurting, hurting, hurtinng ♫
*nunca falei mal, amém Twice <3 - vamos fingir que não é dia 31? vamos! aliás, feliz páscoa pra vcs. tenho planos de voltar com mais frequência, não necessariamente agora, mas vou dar um jeito pq estou com a frequência péssima e gostaria de melhorar isso pra eu ficar felizinha e vcs tbm (bom, eu espero que fiquem uhauhauha cap mensal é foda, né, mas já é alguma coisa. isso pelo menos estou garantindo até o momento, prometo tentar melhorar.
bora pro cap!
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Rajadas de vento golpeavam a pele das garotas – desde mãos e pescoço, até as canelas. A viseira do capacete de uma estava aberta o tempo inteiro, não o da piloto. A moto esportiva alcançava até 280 km/h, sua lataria era preta, mas o interior de seus pneus era todo vermelho e combinava com detalhes também vermelhos do guidão e do assento. Era linda, linda. E seu design futurista só contribuía. A experiência de estar em cima de uma máquina daquelas era surreal para ambas, por isso o todo caminho delas vinha sendo feito de risadas, gritos e muita, muita adrenalina. Não eram capazes de parar elas mesmas.
— UHULLLL! — Chaeyoung esgoelou-se animada atrás de Jeongyeon, apertando-a pela cintura em alta velocidade. — I-ISSO É MUITO FODA, CARA! PUTA QUE PARIU, CARALHO!
— NÃO É?!
— NÓIS CAPOTA, MAS NÃO BRECA!
— SACA SÓ ESSE VENTO, MANÉ! TOMA, TOMA!
— PORRA, VOCÊ É A MELHOR! — Ela riu, aos berros. Mal notou o semáforo se fechando logo à frente delas tamanha era a emoção do momento, precisava disso. Como precisava. — SENTA O PÉ NESSA BAGAÇA!
Jeongyeon deu risada e se viu obrigada a desacelerar. Mesmo que a rua em questão fosse pouco movimentada e não tivesse nenhum radar aparentemente, era uma mulher de princípios, certinha, respeitável. Uma verdadeira motorista exemplar.
— Não vai dar--
— Droga de farol cortando todo o barato!
— Já, já ele abre. Tá muito apressadinha, Chaeng. Tem que ser mais paciente. Inspira, expira.
— Acho que tô apaixonada. — Chaeyoung encaixou o queixo no ombro da Yoo e abriu um sorriso contagiante, para lá de eufórica. Daquele mesmo jeito, ficou em silêncio por alguns segundos, sua mente em êxtase. — Muito cedo pra te pedir em casamento?
— Você tá que tá, hein...
— SEJA MINHA, Ó MOTOQUEIRA MAIS BELA! Prometo que irei servi-la com toda minha alma e, JUNTAS, nós vamos até a potência máxima! TE AMO, TE AMO, TE AMO, JÁ MENCIONEI O QUANTO EU TE AMO?! — Ela gritou em plenos pulmões, olhando para o céu e enquanto as duas riam, Son baixou o olhar rapidamente direcionando para a esquina. Foi quando viu Mina estática no quarteirão. Gelou totalmente e pôde jurar que seu coração travou com a japonesa a encarando com aquele olhar mortal, os braços cruzados, como se tivesse a pegado no flagra naquele belíssimo domingo de merda. Apenas sua viseira estava aberta, o que significava que Myoui não poderia reconhecer Jeongyeon, só ela junto de uma desconhecida gritando aquelas coisas para o mundo. As mãos de Chaeyoung começaram a suar com tal percepção, ficou um tanto desnorteada, a voz falha. — E-ei, eu... Isso não é... N-não é o que par--
— ABRIU!
Jeongyeon acelerou com tudo, deixando aquela maldita rua para trás. Chaeyoung virou o pescoço ligeiramente e enxergou Mina atravessar para a outra calçada de cenho franzido e nariz empinado... Estava brava? Com aquilo? Não que Son se importasse, mas não gostaria de misturar as coisas. Se odiavam por um motivo, não deveriam sair daquilo, por isso e... Só por isso, sentia que devia esclarecer o que aquela filha da puta tinha acabado de ver.
Ainda assim, sentia-se estranha – como se tivesse feito algo de errado. E NÃO TINHA! (Na cabeça dela) Não era para carregar tal sentimento... Era? Não quando o assunto envolvia a lixosa da Lady Penguin... Ok. Talvez, fosse extremamente difícil aceitar que as duas eram a mesma pessoa. Mina e aquela lá. Gostaria que não. Queria socar uma parede, tacar fogo na pelúcia, xingar Deus e o mundo.
— Tudo bem, aí? — Yoo resolveu perguntar, assim que percebeu a súbita mudança no humor da baixinha. — Quer parar um pouco?
— S-sim, por favor. — Chaeyoung aceitou e, assim que Jeongyeon estacionou, ela tirou o capacete bufando. Andou de um lado para o outro, agitada. Praticamente batia seus pés no concreto, extremamente incomodada e fora de órbita. Com o que? Jeongyeon não fazia ideia. Mas, era nítido. E muito repentino. — Aaah, que merda--
— Que foi?
— Preciso ir, foi mal. — Ela entregou o capacete nas mãos da amiga e começou a correr para longe, como se não houvesse o amanhã. — Nós vemos depois, vou querer outra rodada! Você tá radiante, a propósito! Esse visu e a moto te caíram muito bem! Beijo, diva. Fui.
— Tá...?
Estranho, mas ok. Era Chaeyoung ali, vindo dela era normal. Jeongyeon deu de ombros, guardou o capacete reserva no bauleto da moto e voltou a montar no veículo seguindo para o campus. Ao passo em que deixava sua moto no estacionamento da universidade, notou que Nayeon estava lá o tempo inteiro a vigiando. Nem mesmo um misero sinal de sorriso no rosto. Era de se esperar. Por isso Jeongyeon havia saído antes da outra acordar aquela manhã, era o tempo perfeito de ir buscar e estrear o seu mais novo pertence sem julgamentos. Agora, teria que ouvir os blá, blá, blá's de sempre. Bem que ela podia ser mais como Chaeyoung naquele quesito.
— Oi, vida--
— Então, você fez a sua escolha. — Foi a primeira coisa que Im disse ao se aproximar, encarando a namorada dos pés à cabeça. Jeongyeon estava vestida a caráter. O cabelo? Preso por uma bandana cheia de caveiras. Jaqueta de couro, camiseta branca, jeans e botas pretas. Os olhos da estudante de moda caíram sobre a moto por um instante e ela fez bico, emburrada em seu traje de corrida matinal. O tom reprovador e o rabo de cavalo lá nas alturas. — Bom saber... Você realmente não se importa com uma vírgula do que eu penso.
— Sabe muito bem que isso não é verdade. Será que a gente pode sentar e conversar direito sobre?
— Não. — Nayeon deu as costas para ela, irritada. — SE DIVIRTA BASTANTE COM ESSE SEU PEDAÇO DE LATA BEM LONGE DE MIM! De preferência, no raio que o parta!
— C-como assim bem longe de você?
— É isso mesmo que você entendeu. Eu avisei o que aconteceria caso escolhesse essa porcaria ao invés de mim, Jeongyeon--
— Aigoo, você tá se escutando? É só uma moto, Nayeon! Não escolhi ela. Para de falar como se eu estivesse te traindo ou cometendo um crime, pelo amor!
— Pois, eu me sinto traída. Vai lá com ela.
— Vamos conversar como adultas, volta já aqui!
— Me erra--