2 - Desavenças. +16

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Ao ouvir a seguinte frase, David se retira do meu quarto, eu posso ver Arthur encostado na parede uns segundos antes de David fechar a porta, e então me viro pensando no que acabou de acontecer, e solto um suspiro frustrada.
   ~ Que legal David, você está definitivamente brincando comigo.
Após algumas horas, eu já teria tomado meu banho e colocado um pijama, já eram 02:00 da madrugada, então eu saí do meu quarto pra buscar um leite quente, eu desci as escadas devagar pra não acordar nenhum dos meninos, eu não precisava de mais um drama em plena madrugada, e quando chego na cozinha, sem acender as luzes já que as paredes de vidro deixavam a casa de certa forma "clara"  eu apenas fui em direção a cozinha, dou uma leve estremecida ao ver a silhueta colocando um copo na pia.
— Aah, David, você não deveria estar dormindo?
Quando a figura se vira, eu vejo a luz pegar um pouco no rosto dele, e vejo o Arthur com um sorriso no rosto, eu sinto um alivio ao ver que não era o David, e então me aproximo indo em direção a geladeira.
— Nossa, que susto.. por um momento eu-
— Pensou que eu fosse seu crush secreto?
Eu travo ao ouvir as palavras, e então me viro com a garrafa de leite, olhando incrédula pra ele, fazendo o mesmo soltar uma risada não muito alta, ele também não queria que o David acordasse e visse nós dois ali.
— Desculpa, mas tá meio na cara que você tá afim dele.
Eu pego um copo, e coloco o leite dentro, e então respondo de forma indiferente.
— Eu não estou afim do David, de onde tirou isso?
Ele encosta na bancada, seu olhar sempre de forma convencida, o que era atraente e eu não podia negar, eu então mexi os ombros de forma despreocupada e voltei minha atenção no copo de leite.
— Então, ele tá afim de você, acredita que ele me ameaçou lá na festa? Disse pra eu não tentar nada errado com você.
Eu dei uma risada genuína, e então ao me virar eu travo, Arthur estaria na minha frente, seu sorriso tinha diminuído, mas seus olhos estariam fixos no meu, eu poderia sentir sua respiração no meu rosto, e eu abro a boca pra dizer algo e falho miseravelmente.
— Me desculpa, eu não quero te perseguir ou aparentar isso, eu só acho que existem coisas melhores que ele por aí.. uma pessoa que não te evite como ele faz.
Eu sinto as suas palavras no fundo do meu coração, todos esses anos o David sempre me evitou, devido a nossa idade e a aproximação dele com os meus pais, ele se sente na obrigação de me tratar como uma irmão, Arthur estava certo, eu já era uma mulher e merecia ser vista como uma.
— É, eu sei Arthur, você tem razão, mas eu não quero estragar a nossa amizade, eu não sinto nada por você e eu..
Eu não amava o Arthur e não tinha sentimentos por ele, mas ele mexia comigo, ele pressionaria seu corpo no meu, apoiando suas mãos atrás de mim na bancada, seu olhar já dizia muito, ele me queria, naquele momento e eu queria ceder, mas tenho medo de me arrepender, nossos rostos foram se aproximando de forma lenta, até seus lábios encostarem nos meus suavemente, o cheiro do perfume dele, me levando pra mais perto, ele desceria uma mão pra minha cintura, me pressionando contra ele, seu olhar ficaria cada vez mais profundo, como se e ele tivesse me pedindo permissão pra continuar, eu só tive forças pra acenar com a cabeça, o que foi o suficiente pra ele levar sua cabeça no meu pescoço, e mordiscar meu ombro de forma lenta e cuidadosa, suas duas mãos desceria pra minha cintura, me pressionando contra o corpo dele, eu poderia sentir aquele volume pressionar na minha barriga, me fazendo soltar um gemido quase inaudível, eu solto uma respiração forte quando ele se afasta do meu pescoço, e me dá um selinho antes de levar dois dedos na minha boca, fazendo a mesma se abrir enquanto ele molha seus dedos lentamente, após ele tirar seus dedos, eu permaneço imóvel por uns minutos, até eu sentir seus dedos introduzirem na minha intimidade em uma velocidade não muito devagar, fazendo um gemido sair pelos meus lábios, sua mão segurando minha cintura de forma firme, seus olhos se mantém fixados no meu, enquanto ele faz movimentos de dentro pra fora com os seus dedos, seus lábios formam um sorriso, enquanto ele diz baixo com sua voz rouca no meu ouvido.
~ Eu vou te fazer sentir agora o que ele nunca conseguiu em anos..
Depois dessas palavras, seus dedos aumentam o ritmo de forma frenética, agarrando seu ombro desesperadamente, meus gemidos aumentando o tom em cada estocada, o prazer incontrolável.
~ Eu preciso de mais..
Era nítido na expressão dele, ele estava adorando me ver naquela situação, a forma como ele fazia, me provocava e ao mesmo tempo cuidadoso com as minhas reações, ele aumentaria o ritmo nos seus dedos, os barulhos eróticos aumentando a excitação entre nós, até ele abraçar o meu corpo, me fazendo sentir seu volume duro na minha barriga, enquanto metia seus dedos freneticamente, ele retira seus dedos de dentro, me fazendo soltar um suspiro frustrado, enquanto ele massageia apenas minha parte mais sensível, a ponto de me fazer gemer descontroladamente, abafando todos os meus sons após colocar sua mão na minha boca, me silenciando, enquanto me toca desesperadamente, nossos corpos se afastam, quando eu estou prestes a sentir o líquido quente escorrer, ele para e me olha de forma carinhosa, claramente satisfeito por me deixar passando vontade, e então ele dá um selinho nos meus lábios, me olhando de forma carinhosa.
— É melhor a gente parar aqui, eu não quero te deixar em êxtase na sua cozinha, não agora..
Ele dá um beijo na minha testa, e pega o meu copo na bancada, me entregando antes de sair sussurrando um " Boa noite, princesa" em direção ao seu quarto, eu fico parada na cozinha por uns minutos e depois de algumas horas eu volto pro meu quarto, bebendo o leite, e após alguns minutos deitada na cama, eu acabo em um sono profundo. No dia seguinte, meus pais ainda não tinham voltado, então apenas troquei de roupa e desci as escadas, eu parei por uns instantes, lembrando da noite passada e então eu engulo seco ao ouvir a voz grave atrás de mim.
  — Helena?
Eu me viro e vejo David na ponta da escada, seu cabelo solto até os ombros, e conjunto moletom preto, ele não parecia estar com raiva e nem que descobriu da noite anterior, e então eu só abri um sorriso torto e o cumprimentei.
— Ah, bom dia David! Acordou cedo, por que você não..
Eu vejo a porta da área de serviços abrir um pouco ao lado da cozinha, e então Arthur saí de lá com um enorme sorriso no rosto, e vem até mim me cumprimentando com um selinho, fazendo David franzir a testa de uma forma repentina.
— Bom dia princesa, eu fui colocar minha roupa no secador, eu saí hoje pra correr e choveu muito, espero que não se incomode.
Eu estava prestes a responder, então o David bufa alto, e passa a mão pelo cabelo aparentemente frustrado, e vem andando até mim, me olhando fixamente por uns segundos antes se de virar pro Arthur, que permanecia imóvel mas seu olhar ainda tranquilo.
— Qual a porra do seu problema, garoto?
O Arthur parecia perplexo então ele responde gaguejando um pouco
— Eu não sei porque você tá me perguntando isso, o que eu fiz de errado? Já não bastou ter me ameaçado ontem?
David ri de forma sarcástica, e então puxa Arthur pelo colarinho sem dificuldade, já que a diferença de altura era muito maior, dava pra ver o desespero se formando nos olhos de Arthur
— Cara, você deveria deixar ela em paz, você tá com a Luana, e eu gosto muito da Helena, eu quero ter algo com ela, você é só amigo dela e isso não te dá direito a nada.
Arthur diz com convicção, o que irrita David mais ainda, fazendo David levantar mais ele
    — Pode até ser, mas eu vim primeiro e eu estou aqui pra te lembrar que EU existo, você não vai sair fazendo o que quiser com ela, você entendeu?!
Arthur ri, e depois me olha como se quisesse arrancar algo de mim, e então eu balanço a cabeça negativamente, o David não tinha que ter satisfações, mas eu com certeza não queria que ele soubesse o que aconteceu
— É uma pena David, eu já fiz, e eu fiz ela sentir o que você se rejeitou a fazer por anos, e sério, você deveria estar muito arrependido, porque a Helena fica uma delícia implorando por mais..
Arthur é interrompido quando David solta ele no chão, e soca a cara dele como se fosse a coisa mais frágil do mundo fazendo ele cair pra trás, eu vou até o David segurando o braço dele, seus olhos estão fixos em Arthur, que claramente tá indefeso, e depois ele se vira pra mim, com uma expressão indecifrável e então ele diz:
— Você transou com ele?
Eu franzo a testa, e quando eu entendo a pergunta dele, eu rapidamente nego e tento explicar
— Não, David, a gente não transou eu só..
— Você só O QUE Helena? O que você fez com esse cara? Como ele te tocou? Porra, qual é o seu problema também?
Eu empurro o braço dele já irritada, como se eu pudesse sentir toda as frustração tomar conta do meu corpo
— Meu problema? Eu não sei se você se lembra, mas eu tenho 18 anos, e você não é o meu namorado, você não manda em mim, e outra, você tá noivo não é? Qual o SEU problema pra estar se incomodando com o Arthur?
Ele parece confuso com as minhas palavras, mas sinceramente eu estava aliviada por dizer tudo aquilo, então eu me aproximo dele colocando um dedo no seu peito, dizendo em um tom baixo pra ele ouvir
~ Sim David, ele me tocou, enquanto você dormia ele me dava uma atenção que eu sempre desejei de você, mas você sempre me rejeitou e tudo bem, mas agora você tá casado com aquela vagabunda, e quer ter direito sobre mim?
Eu olho pra ele de cima a baixo, e antes de me virar pra subir meu quarto, eu falo;
— Você não vai brincar comigo.
Eu me viro e subo as escadas, posso ouvir o Arthur me chamar atrás de mim, e sinceramente podia ser perigoso deixar os dois a sós, mas eu apenas subo e estava prestes a me deitar até David entrar no meu quarto e trancar a porta antes que Arthur pudesse vir
— Ei! Deixa ele, o que você quer aqui? Já amanheceu, você pode ir embora
David me olha, seu olhar está mais suave e gentil, então ele se aproxima, me fazendo dar uns passos pra trás, até eu estar completamente encostada no guarda-roupa
— Você era muito nova, você tinha 16 anos e eu.. Helena, eu já tinha 22 e quando você disse que tava se apaixonando por mim, a primeira coisa que eu pensei foi em me afastar, pelo menos até você tiver 18 e a gente conversar sobre isso de novo
Eu viro meu rosto na direção contrária, evitando o contato visual
— Mas que convincente, eu volto com 18 e você tá com a puta da Luana, fala sério, o que você acha que eu sou? Eu até eu entendo quando eu era mais nova, e você ter arrumado outra também mas porque ELA? ela me odeia David!
Ele segura meu rosto de forma carinhosa, seus dedos roçando minha bochecha como na noite passada, eu já estava preparada pra outra despedida, então ele beijar minha bochecha, fazendo meu corpo arrepiar com o toque dos seus lábios, e quando ele me surpreende, dando um selinho nos meus lábios, me olhando fixamente
— Ontem eu terminei com a Luana, bom.. ela terminou, me disse que me daria umas horas pra me decidir entre você e ela.
Eu reviro meus olhos e falo de forma sarcástica
— Muito madura a sua noiva, né?
Ele ri, e então segura minha mão, terminando o que tinha pra falar
— Eu não esperei muito, e terminamos, eu não consigo imaginar a minha vida sem você, não teve um dia que eu não lembrava daquela data.. " 7 de Abril" e ela voltaria, mas agora.. tem esse cara e se você deixou ele te tocar, é porque gosta dele.
Ele se afasta, e então me olha ainda frustrado, dá pra ver o sentimento de tristeza nos olhos dele e isso me machuca, eu não sei o que eu sinto pelo David, não sei se posso dizer que é amor, mas eu gosto muito dele.
— Não tem nada a ver, tá o Arthur é muito bonito e ele me atraí.. Mas eu duvido que eu sinta algo a mais por ele, pelo menos eu não descobri ainda..
Minhas palavras não parecem ser nada reconfortantes, então ele me segura pela cintura, novamente dando um selinho nos meus lábios, e então eu o puxo pra mais perto, na tentativa de aprofundar aquele beijo, e então ele me segura me afastando
— David, não..
Ele dá um suspiro e abre um sorriso, voltando a me beijar dessa vez de forma mais intensa e apaixonada, sua língua entrelaçando na minha, fazendo nossos corpos se aproximarem ainda mais, nós damos uma pausa ao ouvir Arthur chamar o meu nome, acompanhado de um "Tá tudo bem?" E quando eu ia responder, David tampa minha boca com um sorriso, e então me pega no colo, me pressionando contra a porta do quarto, eu sabia que ele não ia ceder nada além de uns beijos, então eu coloquei minhas pernas em volta da sua cintura dele, o apertando com força fazendo ele arfar, seu olhar fixou no meu, como se ele pudesse ler os meus pensamentos, então eu enrolei meus dedos no cabelo dele e pedi de forma gentil:
~ Eu não sou mais uma menina, você pode fazer isso..
Eu disse em um tom baixo, eu sabia que o Arthur estava esperando do lado de fora, mas o David não parecia se importar
— Não se preocupa, eu sempre me cuidei com outras pessoas..
Eu entendi o que ele quis dizer, o que me deixou mais tranquila já que não tínhamos nenhuma camisinha, mas eu já tomava AC ( anticoncepcional ) há uns anos, então apenas me deixei levar, ele afastou seu peitoral do meu, e me segurou apenas pelas pernas, me dando a liberdade de levar minhas mãos a borda da calça dele, que desceu com facilidade devido ao tecido moletom, eu poderia sentir seu volume encostar na minha barriga, e quando eu tiro as peças que ainda faltavam, ele pode perceber minha expressão perplexa, com todo aquele tamanho e então ele ri, e encosta a testa na minha, minha intimidade estava úmida, não precisava de lubrificação, então ele segurando minhas pernas, apenas se moveu de forma que seu membro se encaixasse, seus ritmos eram lentos e cuidadosos, seus olhos fixos no meu, de primeira eu respirei fundo, não queria fazer um escândalo, mas após algumas tentativas, eu ouço sua voz baixa e não por discrição dizendo:
~ A gente vai ter que criar uma palavra de segurança, se você chamar meu nome eu não garanto que eu vá ter forças pra parar..
Eu dou um sorriso, e então eu suspiro, eu posso sentir a ansiedade percorrendo meu corpo
~ Eu vou pedir com educação se caso estiver doendo..
Ele acena com um sorriso, e então encaixa todo o seu membro, aumentando o ritmo das estocadas
— H-hmn.. David..
Ele sorriu com os meus chamados, eu apoiei minhas mãos nos ombros largos dele, seu cabelo se misturando com o suor, deixando alguns fios em seu rosto, o que não parecia o incomodar, ele então leva uma mão até a porta, causando um barulho um pouco alto, levando sua boca até o meu pescoço, deixando uma trilha de beijos naquela região
— Minha, você é toda minha..
Um sorriso se forma no meu rosto ao ouvir aquelas palavras, depois de alguns minutos nós atingimos o clímax juntos, ficamos alguns minutos naquela posição e então ele me coloca no chão, me dando um beijo na testa
— Quer que eu espere você tomar seu banho?
Eu balanço a cabeça e então ele sorri, enquanto eu abro a porta pra ele, eu vejo Arthur ali parado, ele parece indignado, encostado na parede, seus olhos se fixam em David quando ele saí do quarto, um sorriso esboça no seu rosto
— Acho que você não foi tão eficiente, eu não ouvi ela na noite passada
Ele ri, e vai em direção ao quarto dele, eu encaro Arthur por uns segundos e então fecho a porta do quarto, e lá vamos em mais um dia de drama..

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⏰ Last updated: Apr 08 ⏰

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