Passinhos

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3 meses depois...

Ana Flávia pov's 🌻

Nesses últimos três meses muito coisa aconteceu, e posso dizer que está sendo incrível, o hospital se tornou referência estadual em pediatria

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Nesses últimos três meses muito coisa aconteceu, e posso dizer que está sendo incrível, o hospital se tornou referência estadual em pediatria. E não posso dizer que não estou feliz com a proximidade que agora tenho com o Gustavo.

Nos tornamos grandes amigos, sempre que preciso de alguma coisa ele sempre me ajuda e quando ele precisa eu também o ajudo. Normalmente é algo sobre a Maitê, e falando nela, ela se apegou muito a mim de uma hora pra outra, e não posso negar que não gosto disso, já jantei várias vezes na casa de Gustavo porque a pequena chorava e queria minha presença.

Hoje em especial, estou de folga e o Gustavo me ligou pedindo ajuda, ele disse que precisava ir na empresa dele urgentemente e que a mãe dele não estava atendendo o celular, então eu me prontifiquei a ficar cuidando da pequena enquanto ele resolvia o problema na empresa.

Agora estamos nós duas sentadas no chão da sala enquanto ela tenta ficar em pé sozinha,  pego meu celular filmando pra mostrar ao Gustavo depois. Bom, como eu disse, ser pediatra me dá algumas vantagens e posso ver que Maitê já está quase dando seus primeiros passinhos, não quero que Gustavo perca isso, então continuo gravando enquanto ela tenta andar.

Escuto a porta ser aberta e logo a figura do moreno aparece, isso é o bastante pra arrancar um sorriso gigante e um gritinho da mais nova.

- Oi minha princesa! - ele diz vindo em direção a nós.

E de repente a Maitê começa a dar seus primeiros passinhos em direção ao pai, que tem uma expressão de surpresa, igual a que está estampada em meu rosto. Ela vai andando com dificuldade mas consegue chegar até as pernas do pai, onde se agarra e levanta os brancinhos pedindo colo.

Ele a pega e só aí percebo que ele está emocionado, assim como eu. Posso ver o brilho em seu olhos, ele enche a menor de beijos por toda a extensão do seu pequeno rostinho, arrancando uma risada gostosa.

- Meu Deus filha! Você está andando! - ele diz olhando pra pequena.

- Eu achei que ela iria demorar um pouco, já que ela conseguiu se manter em pé pela primeira vez, agora pouco, mas ela é uma menina muito esperta e já conseguiu andar ! - digo com um sorriso enorme no rosto.

- Eu falo, essa menina ainda vai me fazer ficar com os cabelos brancos antes dos trinta - ele diz e nós caímos na risada.

Depois desse momento super especial, ele me convida pra ficar mais e jantar junto com eles, não recuso, afinal eu amo estar na presença deles.

Após jantarmos Maitê pede meu colo, eu a pego e logo ela vai se acalmando e fechando os olhinhos, ela queria dormir em meus braços, eu realmente amo essa menina e cada dia me encantou mais com cada evolução dela.

Coloco ela no berço e desço as escadas, encontrando o Gustavo, que aparentemente tinha um semblante de cansasso.

- Obrigado mais uma vez, eu realmente precisa resolver o problema e não tinha como quem deixar a Maitê - ele diz me encarando.

- Imagina, você tem me ajudado bastante, não custa nada retribuir - digo e já posso sentir um sorriso surgir tanto em meus lábios quanto nos dele.

Ficamos nos encarando, acabo me perdendo olhando em seus olhos castanhos, ele parece fazer os mesmo que eu, e por um vacilo meu, desço meus olhos pra a boca dele, rapidamente subo meu olhar, sentindo minha bochechas corarem. Só não imaginava que quando voltasse meus olhos aos dele, ele estaria olhando fixamente pra os meus lábios. Corei mais ainda, se isso ainda for possível, e acabo me afastando.

- Bom, eu preciso ir, amanhã tenho algumas cirurgias marcadas e preciso descansar.

- Claro, e mais uma vez, muito obrigado por cuidar da Maitê, Boa noite Ana! - ele vem pra perto e deixa uma beijo em minha bochecha.

- Boa noite Guh! - digo sentindo o local que ele havia beijado esquentar.

Desnorteada ainda, saio da casa dele e atravesso a rua pra entrar na minha. Vejo que ele fica esperando eu entrar em casa e acena fechando a porta, devolvo o aceno e entro trancandi a porta.

Que dia! Ainda sinto as minhas bochechas quentes pelo beijo que ele me deu, coloco a mão no local, ainda desacreditada, estou parecendo aquelas adolescentes conhecendo o primeiro amor.

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