Meu Destino

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Manuela

Eu não acredito que isso aconteceu.

Estou morrendo de vergonha, minha vontade é de cavar um buraco na areia e enviar minha cabeça nele pro resto da minha vida.

Não preciso de um espelho para saber que estou mais vermelha que um tomate.

Abaixo minha cabeça com muitas vergonha ao perceber que todos estão me olhando com vontade de rir. Pra falar a verdade tem alguns que realmente estão rindo.

De longe vejo o Grego saindo da sala do delegado ao lado do advogado e do policial que nos trouxe até aqui.

Isso mesmo: Estamos na delegacia.

Como viemos parar aqui?

Muito fácil: Um policial nos prendeu por atentado ao pudor após nos pegar transando na praia.

Eu quero morrer.

Nunca imaginei passar por isso na minha vida toda.

Depois do pedido de namoro que o Grego me fez as coisas esquentaram na praia e não aguentamos esperar chegar em casa e nem em motel, começamos com uns beijos e mãos bobas daqui e dali, quando dei por mim eu já estava de quatro, Grego estava me chamando de " filha da puta gostosa " e metendo em mim.

Estava tudo tão gostoso.

Aí ouvimos a sirene da viatura e logo o policial nos pegando em flagrante.

Vim o caminho todo chorando enquanto Grego ria da minha cara.

Quero matar ele. Que ódio.

Ainda bem que pelo menos o policial que nos deu o enquadro deixou que eu vestisse minhas roupas antes de vir para a delegacia. 

Já pensou a vergonha maior em ter que vir parar aqui pelada? 

Grego: Tudo certo agora, já podemos ir amor.

O idiota fala com um sorriso sacana no rosto.

Me levanto apurada e ainda de cabeça baixa.

Saímos da delegacia e entramos no carro.

Andamos um pouco em silêncio até o Grego por a mão direita na minha coxa e ficar alisando.

Grego:  Algum problema?

Manu: Tu ainda pergunta?

Grego: A ideia de transar lá na praia foi sua, eu só fui na onda...

Manu: Foda-se Yago! Tu devia saber que a polícia iria aparecer, agora já estou imaginando eu aparecendo no noticiário policial por atentado ao pudor.

Grego começa a gargalhar da minha cara, o que faz minha raiva aumentar.

Manu: Eu odeio você.

Ele cessa a risada na hora e aperta com força minha perna.

Grego: Tu me ama Manuela, para de papo torto garota.