O Amargo da Degeneração

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Morangos podres, frutos da desventura,
Manchas escuras em rubras promessas,
Onde o doce sabor cede à amargura,
E a beleza se perde em tristes confissões.

Na sua pele macia, o fungo se insinua,
Corrompendo a pureza em sua essência,
E o aroma que exalava, agora recua,
Diante da putrefação que avança com insistência.

Morangos podres, símbolos da decadência,
Onde o tempo devora a vida em sua marcha,
E na decomposição, a dura sentença,
Da efemeridade que nos esmaga e nos abarca.

Em cada fruto corrompido, um aviso,
Do destino que aguarda os mais belos sonhos,
Que da vida se retiram, sem aviso,
Deixando apenas vestígios de desenganos.

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