Ú𝓁𝓉𝒾𝓂𝒶 𝒞𝒶𝓇𝓉𝒶Você ainda não me enviou a última carta, com receio de que o endereço fosse outro, ou achando que eu não abriria nenhuma carta sua.
Saiba você que eu abriria a carta, o sorriso, a porta, o abraço, a boca... Abriria até a câmera para tirar uma foto e se fosse sábado, abriria até uma vodka para comemorar. Se fosse domingo, abriria seu contato e mandaria uma mensagem dizendo que amo você. Tudo o que eu preciso, aliás, é uma desculpa para dizer que ainda amo você.
Saiba você também que o endereço é o mesmo.
A rua é a mesma, o número é o mesmo.
O sentimento é o mesmo também, para o caso de você querer me segurar pelas mãos novamente e ir saindo por aí, onde nada tem nome, nem endereço, nem casa, nem som, nem verso, nem desculpa.Onde o sentimento vale mais do que todas as cartas e onde o toque vale mais do que todas as palavras.
Onde a nossa fuga é a nossa pele.
Nós dois sabemos o caminho.