Capítulo 31

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Galerinha, antes do capítulo começar estou passando pra avisar que chegamos na metade da história. Apreciem com moderação. 😎

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GIZELLY

No dia anterior o juiz assinou meu pedido de soltura no fim da audiência em que solicitei. Com isso foi marcado um novo julgamento para Lucas, meu mais novo cliente, e com esse alvará ele esperará em liberdade. Tudo indica que sua prisão foi injustamente concedida. E é graças aos elementos fornecidos pelo advogado antecessor, que tudo isso foi possível e que agora estou aqui, na sala de visitas esperando pela liberação do rapaz.

Eu estava em pé, ao lado da mesa velha de ferro, com as mãos nos bolsos de minha calça, quando Lucas passou pela porta de grade que divide os dois ambientes.

- Bom dia, senhor Lucas Dourado! Sou Gizelly Bicalho, advogada criminalista...- Estendi uma de minhas mãos e ele aceitou o cumprimento. - A partir de agora estou responsável pelo seu caso.-

- Estou sabendo que o doutor Flávio passou meu problema para outro advogado. Eu só estou surpreso em ser a senhora... Isso explica a rapidez, fui solto tão de pressa.-

- Na verdade, não, senhor Lucas. Mas pode continuar respondendo em liberdade. Haverá um novo julgamento e peço, por favor, que o senhor mantenha o bom comportamento. Apesar da liberdade provisória, você está em condicional.-

- Sim, senhora.-

- Tem residência fixa aqui em São Paulo?-

- Sim, vou voltar pra casa da minha mãe. Eu morava de aluguel.-

- Faça isso! E arrume um emprego, será bom para o andamento do processo. E em hipótese alguma, saia da Cidade.-

- Estou muito feliz, doutora. Tão feliz que eu poderia viver trancado dentro da minha casa, pode ficar tranquila.-

- Vamos então? Sua mãe está lá fora lhe aguardando.-

O policial nos acompanhou até a sala onde estão depositados os pertences dos detentos e o entregou a sacola transparente. Minutos depois, Lucas apareceu devidamente pronto para deixar a penitenciária. Fomos em direção a saída e quando ele se encontrou com a mãe, foi uma explosão de emoção. Não enrolei muito ali, me despedi dos dois e dei partida em meu carro para o escritório com a sensação de missão cumprida.

O resto da tarde foi mais tranquilo. Depois do almoço me tranquei em minha sala e trabalhei em alguns processos antigos. Alinhava alguns contratos, elaborando recursos, e assim o restante dos dias daquela semana se passaram...

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A sexta-feira chegou e eu só trabalhei meio período. Prometi à Luiz Miguel leva-lo para comprar seu presente de aniversário. Ele completaria cinco anos e é uma tradição nossa, todos os anos sair para comemorar seu dia.

Desde quando Ivy entregou o filho para o pai, em comum acordo com o mesmo e foi concursar fora, continuei acompanhando o crescimento do pequeno. Me dou bem com Rogério, pai do menino, e em suas férias escolares eu sempre o busquei para passar parte delas em minha casa. Fizemos viagens juntos, Fernanda, ele e eu, ou até mesmo depois que estive sozinha. Luiz Miguel é como um filho para mim. Amo tanto esse menino.

Ivy aproveitaria o dia longe do filho para organizar a festinha de logo mais. E eu convidei Rafaella para essa tarde.

Pousei no Rio de Janeiro às três e dez da tarde. Liguei para avisar que havia chego e combinamos de nos encontrar no shopping.

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