Volto para meu quarto e fecho a porta na cara dos gêmeos.
- Merda, merda, merda... - Fico repetindo para mim mesma.
Entro em uma crise repentina, minha visão fica embaçada, minhas mãos trêmulas, respiração ofegante enquanto meu coração parecia quase pular de meu peito para fora. Saber que a morte dela seria minha, só piorava a situação, saber que alguém podia me culpar, que eu poderia ter feito diferente...
De repente sinto um estrondo ecoar pelo quarto e a porta se abrir abruptamente, e braços de envolverem envolta do meu corpo tentando me acalmar enquanto me chama.
- Anna! .... Anna! Se acalme e me escute... - Diz ?.
A voz parece ecoar tão longe de mim mesmo estando perto, até que minha visão desembaça o suficiente para ver quem é.
- Anna, olhe pra mim, vai ficar tudo bem. - Diz ?.
- Dar... Daryl? - Pergunto.
- Sim, sou eu. - Diz Daryl.
Me aconchego mais em seus braços enquanto me desmorono novamente, só que agora aquela ansiedade foi embora, a dor no peito e os pensamentos negativos. Ficamos um tempo abraçado juntos até eu me acalmar.
- O que está fazendo aqui? - Pergunto.
- Eu imaginei que fosse precisar de mim. - Diz Daryl.
- Obrigada cascão. - Digo.
- De nada peque... Pirralha. - Diz Daryl.
Nos separamos, limpo meus olhos e arrumo um pouco meu cabelo para melhorar meu estado que não é nada bom. Olho para porta e vejo ela um pouco quebrada.
- Você vai ter que arrumar a porta viu. - Digo.
- Ingrata, eu vou. - Diz Daryl.
- É melhor mesmo. - Digo dando risadas.
- Anna! Você está bem? - Pergunta Carl que aparece de repente na entrada do quarto.
- Estou sim Carl. - Digo tentando dar meu melhor sorriso.
- Não parece. - Diz Carl indo até mim e me abraçando.
- Obrigada pelo abraço, Carl. - Digo.
- Bom, já vou indo pequena, depois eu arrumo essa porta. - Diz Daryl.
- 💭 Pequena? Essa é nova. - Penso.
- Até mais, Daryl. - Digo.
Daryl acena para mim e sai pela porta que o mesmo quebrou, deixando eu e o Carl sozinhos.
- E você, como está, Carl? - Pergunto.
- Estou muito triste, eu ainda tinha esperanças que ela estaria viva... - Diz Carl.
- Eu não vou deixar isso acontecer com mais ninguém, eu vou ser mais forte, vou cuidar de você e de todos que estão aqui. - Digo.
- Eu que vou cuidar de você e de todos também, vou ficar mais forte de agora em diante! - Diz com o tom firme.
- Não se preocupe, eu sei me virar, só os humanos me afetam... Se eu estiver no meio de vários zombies, você esquece de mim porque depois irei achar vocês, de um jeito ou de outro. - Digo
- Não pense nisso, nunca iremos nos afastar. - Diz Carl.
- Okay Mine Xerife, agora vai consolar os outros vai, você já ficou muito aqui. - Digo.
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Eu sou a cura // The Walking Dead
FanfictionAnna, uma garota de 14 anos, teve que sobreviver sozinha em um mundo repleto de "walkers" (andadores). Seu padrasto era um cientista e sua mãe uma policial. Ela nunca conheceu seu verdadeiro pai e foi usada como cobaia em experimentos por seu própri...