Minha vida em sua companhia [ Reigen x Serizawa ]

Algo está queimando, ah, meu coração

O inverno tinha finalmente chegado á cidade, a maioria dos moradores estavam trancados em suas casas, aquecidos com o calor de uma lareira ou de um cobertor quentinho e peludinho, era oque Reigen pensava enquanto abafava as suas mãos com o calor de sua boca dentro do departamento 

— Bando de fia da puta, vou descontar do salário de todo mundo. — Reclamava Reigen, enquanto até covinhas usava algum cachecol.

— O Mob tá dormindo, a mãe dele o deixou faltar a escola. — Covinhas avançou, afagando-se em seu cachecol. — E quanto a Tome e Serizawa? — Questionou. — E eu sei lá? eu não tenho bola de cristal, queridinho.

— A ha ha, muito engraçadinho. Bom, não importa, eu tenho trabalho á fazer. — Disse Reigen, indo até a sua mesa de trabalho e retirando uma bolsa de papeladas, pegando uma caneta e assinando, provavelmente sem ler coisa alguma. 

A porta rangeu, e Serizawa entrou, não estava atrasado nem nada, era provavelmente só birra de Reigen e ódio de estar ao lado de Covinhas. — Bom dia, Serizawa. — Reigen disse, retirando os olhos do laptop por um momento e acenando para Serizawa que passava na porta, também o enviando um bom dia e um aceno.

— Teve uma boa noite? — Reigen questionou, com um sorriso. Serizawa respondeu com um aceno de cabeça. Com seu sorriso, questionou a mesma coisa. Reigen acenou com a cabeça e o silêncio continuou por alguns minutos, o fantasma verde, por sua vez, observou a cena com lentidão. 

— Ontem você teve aula, não foi? — Reigen exclamou, sabia que Serizawa ainda não havia se formado por conta da depressão que conteve por vários anos, Serizawa respondeu que sim, Reigen perguntou como foi. — Eu, na verdade, não tô me dando tão bem, meus colegas de classe são trombadinhas sem noção, e eu me sinto inseguro pra fazer amizades com esse tipo de pessoa, entende?

Reigen mudou a sua expressão para uma surpresa e confusa, seria supostamente uma das primeiras vezes á Serizawa falar sobre sua escola e seus colegas, então, fez o máximo para ajudá-lo nessa situação, ou, pelo menos tentou. — Olha, Serizawa, eu também não fui tão bem na faculdade, sabia?. — Sério, Reigen? — Serizawa perguntou. 

— Sim, eu sempre tive dificuldade em me enturmar com outras pessoas, e minhas notas eram péssimas por causa disso. Eu tenho uma dica, você tem que seguir o seu coração, se você sentir que eles não são legais com você, você tem que sair de perto. Ninguém nunca me deu um conselho, por isso, cresci do jeito que eu sou agora. 

Serizawa mudou sua expressão para algo mais chateado, então, afirmou.

— Obrigado pelo apoio, Reigen, também sinto muitíssimo pelos acontecimentos. Mas, por que você falou a última frase de um jeito tão triste? você quis dizer algo negativo sobre você mesmo? — Serizawa questionou, se posicionando melhor no sofá e encarando Reigen. 

— Olhe pra mim, eu não sou lá muita coisa. Talvez se eu estivesse enfrentado os meus problemas, eu não seria tão eu como sou agora. — Reigen disse, de uma maneira negativa e sugestiva sobre si mesmo. — Ei, ei, ei, espera um pouco, Reigen! — Serizawa finalmente percebeu a negatividade que Reigen havia esse tempo inteiro. dialogou

— Você não é quem você pensa que é de verdade. — Serizawa discutiu. — Você é uma pessoa incrível. — Murmurou. — Sem você, eu não teria nem emprego, se não fosse você, Mob estaria instável assim como eu. Você dá bons conselhos pra todo mundo, mas, você mesmo não os segue. 

 Antes que Reigen pudesse dizer alguma coisa contra isso, Serizawa adicionou

— Você é uma grande pessoa, sabia disso? — Ele sorriu sem graça, fazendo as coisas flutuarem toda vez que fica tímido. — E você deveria saber disso, mágoas são passadas agora, Reigen. Você é uma nova pessoa, com uma nova vida, assim como eu. — Dialogou Serizawa enquanto provocava copos e vasos de plantas flutuantes.

— Você tá fazendo isso pra ganhar um aumento, não tá? — Questionou Reigen, ironizando a situação. Tendo seus olhos brilhando pelas lágrimas guardadas e emocionado com isso. — N-não chora, Reigen! — Serizawa disse, preocupado e entre alguns gaguejos. Logo, foi surpreendido

— Eu não tô chorando e nem vou chorar! Caiu um cisco no meu olho. — Gritou Reigen, tentando disfarçar as lágrimas quase descendo de suas bochechas com algumas esfregadas em seu olho. Seu nariz estava bem avermelhado, e, antes que Serizawa questionasse sobre isso também, Reigen também alertou e estrondou que era o frio. Serizawa riu sem graça, não sabendo se aquilo era uma boa coisa ou não. — Mas, obrigado, Serizawa. — Reigen murmurou, torcendo para que Serizawa não tivesse ouvido. Infelizmente, Reigen percebeu que Serizawa havia ouvido quando seu laptop e ele começaram a flutuar.

"Me coloca no chão, e o meu laptop também. De preferência, em segurança!" Dizia o homem com seu terno frequentemente cinza, aumentando seu tom de voz. Entre murmúrios de gargalhadas, o homem de cabelos negros o colocou no chão em segurança, assim como o laptop e o resto das coisas que flutuavam desde o começo.

Alguns segundos depois, houve três batidinhas na porta, Reigen liderou dizendo que podia entrar.

— Me perdoa, mestre, me perdoa! — Preocupado, o garoto cabelo de tigela dizia, sentando-se no chão e fazendo reverência á perdão ao seu superior. — Tudo bem, Mob, não se preocupa. Ainda não veio nenhum pedido paranormal. — Reigen afagou a cabeça de Shigeo, que se levantava do chão ofegante por ter corrido, e, aliviado pela reação carinhosa repentina de Reigen. 

Então, Reigen continuou a usar o laptop enquanto Serizawa permanecia em silêncio no sofá

— O Reigen tá de bom humor? — Mob questionou á Covinhas, a sós no canto da sala entre murmúrios e sussurros. — Por sorte, agradeça á Serizawa depois. — Ironizou Covinhas. — Estranho, depois você me conta.

Uma hora, finalmente, houve um pedido no e-mail de Reigen. Era várias pessoas pedindo ajuda para apenas um espírito, oque foi bem estranho aos olhos de Reigen.

— Ô, Gente, eu recebi um e-mail de um grupo de pessoas pedindo ajuda pra apenas um espírito, não é estranho ? — Reigen questionou, enquanto todos acenavam com a cabeça. — Ah, perai, é em um metrô. — Reigen franziu a testa, assim como Covinhas.

— Coisa estranha de se fazer, vai aceitar? — Covinhas perguntou. — Claro que vou, é bastante dinheiro. Assim que Reigen terminou de falar, Covinhas murmurou coisas como "Eu devia ter adivinhado, é a cara dele". Reigen fechou seu laptop e se levantou avante e contente com isso. 

— Prontos? vamos. — Reigen, sem tempo, liderou até o metrô local junto de sua equipe. Um grande grupo os esperava em frente ao metrô, assim que os avistaram, começaram a explicar a situação.

Não sabiam oque era, mas, vários dos sumiços de pessoas daquela cidade era por conta do trem, que, supostamente, levava todas as pessoas de dentro do trem para um lugar totalmente diferente e aleatório, e, que nunca mais foram vistas. Assim, o grupo com medo de entrar no trem e ser verdade, apostou que seria algum espírito. Reigen novamente franziu a testa e colocou a mão no queixo, com uma incógnita em sua mente, os mandou não se preocuparem pois iriam resolver.  

Então, o metrô fantasma alertou pelo som dos trilhos da estação que iria começar a vagar, rapidamente, a equipe entrou dentro do metrô e rapidamente as portas se fecharam. Na janela do trem, conseguia ver as pessoas com expressões assustadas e preocupadas com oque aconteceria com a equipe de Reigen. Reigen, por sua vez, se perguntava do porquê tanto medo e aflição. 

Repentinamente, o trem começou a fazer barulhos estranhos, todas as janelas que antes estavam abertas, fecharam-se morosamente sem a atenção da maioria da equipe. — Oque foi isso?— Questionou Serizawa, checando as janelas que já não se abriam mais. — Tá tudo emperrado! — Ele disse, em preocupação

— Vou parar com essa palhaçada já! — O de cabelo laranja escuro andou até o vagão de condução, bateu na porta e nada o correspondeu. Chutou a porta e a mesma resposta vazia. Abriu a porta de vagão e lá não havia ninguém. Não sabiam pra onde estavam indo, certamente, um desespero. — Não tem ninguém aqui, merda. — Reigen pronunciou a frase, Mob se tremeu de medo e Covinhas ainda pior. — Eu vou checar os outros vagões, fiquem aqui atentos para oque acontecer — Serizawa mandou, abrindo as portas dos vagões por onde passavam.

— Próxima estação, senhores, lugar algum. — A voz súbita e amplificadora passou pelo rádio

Então, perceberam que isso seria uma dor de cabeça