Capítulo 17: Dois prisioneiros

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   Assim que nós apresentamos para o Líder dos soldados do exército, Miyuke e eu fugimos da responsabilidade descendo para as masmorras, onde perguntei educadamente ao líder. 

   Miyuke estava atrás de mim, caminhando pelo corredor, assim que outros soldados passavam por nós, ambos baixava a cabeça e seguia em frente. 

   Miyuke e eu descemos um lance de escadas, virando a direita assim que terminava. As paredes tinham luzes verdes, pedras de sal. Uma vez, lembro de ter lido sobre isso quando eu era mais novo, achei que era invenção do livro, mais agora, percebo que eles realmente existem. 

   Não conseguia distinguir se era a minha respiração que estava alta, ou se era da Miyuke, no entanto, ambas as respirações estavam aceleradas, como se estivéssemos correndo. 

   Olho para o fim do extenso corredor da prisão. Não havia ninguém em nenhuma delas, volto a andar, com Miyuke ao meu lado, olho para dentro de uma das celas e Miyuke olha a outra o meu lado. 

   Paro de andar, olhando mais atentamente para dentro das celas, fico na porta, olhando para as paredes, procurando algum sinal do meu tio. 

    - Vocês! - alguém grita. 

   No susto, viro meu corpo na direção do grito, não conseguindo disfarçar minha surpresa, Miyuke está perto de mim, um pouco atrás, com o olhar na altura do meu ombro. Volto a olhar para ele, procurando alguma evidência de que ele não havia percebido, ele dá passos na nossa direção. 

    - Vocês não são daqui! - ele acusa, já apontando o indicador na nossa direção. 

   Meus lábios ficam entreabertos e secos, fico sem o que dizer, já que meus pensamentos sumiram com o fato de Miyuke estar tão perto de mim.

   Pisco rapidamente, fecho os lábios e coloco o meu melhor sorriso, na verdade, o pior, o suficiente para convencer ele de que eu era da nação dele. 

    - Senhor, nós fomos enviados para buscar os prisioneiros, mas... - faço uma pausa, olhando para Miyuke, ela já está mais afastada de mim, ela me olha e concorda com a cabeça, volto a olhar para ele, sem saber o que fazer. 

    - É... - a voz da Miyuke faz ele olhar para ela. - Nos atrasamos. - ela faz uma voz delicada, como se estivesse sentindo culpa. 

   O guarda me olha, sua pele, mesmo no escuro, demonstrava o cor parecida com o âmbar, seus olhos negros me encaram. 

    - E se o nosso comandante descobrir... - ela continua, ele volta a olhar para ela. 

   Olho para ela, ela olha fixa para o guarda, sorrindo, com as bochechas vermelhas, em que momento eles ficaram daquela cor eu não me recordava. 

    - A gente já arranjou problemas demais esse mês. - sou eu quem está dizendo agora, viro minha cabeça na direção dele, movimento a cabeça. 

   Ele solta os braços que segurava atrás do corpo, ele nega com a cabeça e olha de mim para Miyuke. 

    - Porque será que vocês dois atrasaram? - ele questiona a si mesmo, mais tanto eu, quanto Miyuke, ouvimos. 

   Ele vira o corpo para uma das celas e a ponta para ela. 

    - O dobrador de fogo foi levado para o Poço. - ele vira para a outra cela. - E o outro está aí. - aponta para a sela atrás de nós. 

    - O outro? - eu e Miyuke questionamos ao mesmo tempo. 

   Ele nos olha desconfiado. 

    - É, o garoto careca! - ele completa. - O rei mandou chamar.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora