9. Você eu deixo

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Mesmo com certa dificuldade, Amélia se levantou e foi mancando até a sala, onde Namjoom estava. Mesmo convivendo pouco com ele, ela nunca havia o visto tão sério.

— Namjoom? Olha, me desculpa se te ofendi. — se aproximou. — Eu achei que não fosse se ofender. — Amélia apenas ouvia a respiração do homem, e se aproximou mais, tocando seu ombro. — Namjoom?

— Não se preocupe.

— Você não parece bem. Me desculpa por ter dito aquilo.

— Eu estou bem.

— Me desculpe de novo. — tirou a mão de seu ombro. — Eu.. vou ligar pro meu pai, ok? Acho melhor te deixar sozinho. — foi até sua bolsa, mas Namjoom segurou delicadamente sua mão.

— Não vai, por favor. Me desculpa ter sido grosso. Eu só.. tive algumas lembranças com o apelido que você disse.

— É sobre sua mulher? Me desculpa.

— Não, não era. — se sentou na cadeira da mesa e Amélia se sentou na cadeira ao lado. — Quando eu estudava, eu era alto. Eu sempre fui um cara alto. Os outros garotos implicavam comigo por isso, sempre zombavam de mim. Eles me chamavam de "grandão lesado" porque eu sempre fui desajeitado também. A frase que você disse foi usada por um dos garotos uma vez e naquele dia eu apanhei muito dele e dos amigos dele. Ele disse "você não gosta que te provoque, grandão?" e eu respondi que não, então eles começaram a rir e me bater.

— Eu sinto muito que tenha passado por isso. — o abraçou fortemente.

— Obrigado. Eu estou bem melhor em relação a isso, foi só uma lembrança que me incomodou.

— Me desculpe, eu não queria ter despertado isso em você.

— Não é sua culpa, está tudo bem.

— Posso só dizer mais uma coisa?

— Sim, o que foi?

— Você é o grandão mais bonito que eu já vi. — disse timidamente, mas com sinceridade. — Sua altura não deveria ser vista como um defeito. Eu particularmente acho sexy caras que são altos como voc... — interrompeu a própria frase e desviou o olhar. — Bom, caras altos.

— Obrigado, Amélia. É bom ouvir isso.

— Você está melhor agora? — o abraçou pelos ombros, tendo que se esticar para conseguir isso. — Pode ficar tranquilo que não te chamo mais assim.

— Estou sim. E está tudo bem, você eu deixo me chamar do que quiser. — riu a olhando e ela riu também.

— Tudo bem então, grandão. — sorriu se apoiando no ombro dele, que sorriu também.

— Tudo bem, princesa. — respondeu no mesmo tom. — Você quer fazer alguma coisa?

— A gente podia assistir um filme, o que acha?

— Claro, os trovões pararam então não tem perigo. Aliás, já que pararam, você quer ir pra casa? A gente pode ver o filme outro dia se quiser.

— Ah, por mim tudo bem ficar aqui. Você quer que eu vá?

— Não, por mais que você me irrite eu gosto da sua companhia. — sorriu e piscou para ela.

— Hum, bom saber. Vou vir todo fim de semana te irritar. — brincou se levantando. — Vou fazer pipoca e você escolhe o filme.

— Não senhora! — se levantou e segurou seu braço. — Você precisa de repouso. Eu faço a pipoca.

— Mas eu não gosto de escolher, as pessoas sempre julgam o que eu escolho. Então eu fico com você!

Sr. KimOnde histórias criam vida. Descubra agora