" Eles dizem que toda vez que um Targaryen nasce os Deuses jogam uma moeda, acho que a moeda de Visenya nunca parou de rodar "
Na mesma noite em que Aegon, o conquistador teve seu sonho sobre a canção de fogo e gelo, as suas irmãs-esposas Visenya e...
oi galera, mais um episódio aí pra vocês. Esse tá bem grande e vou tentar escrever nesse formato mesmo.
* as palavras em itálico são de alto valiriano*
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Com nove anos, Visenya já havia se tornado uma jovem apresentável. Ela gostava de ficar lendo livros de aventura e romance na biblioteca, mas o momento de seu dia que ela mais apreciava era o treinamento de seu irmãos mais novo e de seus tios. O pequeno Jacearys, de sete anos, e seus tios, Aegon e Aemond, de onze e oito anos, respectivamente. Ela desejava fazer o treinamento com espadas desde que viu seu pai, o Sor Laenor, duelando com um de seus cavaleiros, quando a mesma tinha 6 anos
- Não aguento mais ter que ficar sentada bordando, mamãe. Eu quero lutar - disse Visenya, tentando impor sua voz.
- Mas, querida, você não acha um pouco arriscado? Espere até completar dez dias de seu nome. Tenho certeza que seu avô não vai negar um treinamento para você. - Falou Rhaenyra, tentando conter a animação de sua primogênita.
Com o tempo, o Rei Viserys se tornou a definição de vovô babão, fazendo de tudo pela sua querida neta, preferindo até passar tardes comendo biscoitos com a menina e a mostrando sua majestosa maquete, o que gerava uma raiva incontrolável na Rainha Alicent, que odiava o fato de seu marido dar mais atenção à sua neta - que, provavelmente, era uma bastarda - do que aos seus filhos e filha.
- Mas, muña, você me disse isso quando eu estava prestes a completar nove dias de meu nome, não aguento mais esperar. - Disse a jovem platinada.
Cansada de esperar pela boa vontade de sua mãe, a criança saiu correndo pelos grandes corredores da fortaleza até os aposentos de seu avô. Ela sabia que ele não iria resistir se a mesma lhe pedisse isso.
-Vovô, o senhor está aí? - Perguntou a criança, batendo na porta entreaberta.
-Visenya, minha querida neta, é você? - O rei se encontrava sentado ao lado de sua maquete, mas levantou-se na hora quando viu sua neta.
-Sim, sou eu. Sabe, vovô, tenho estado um cadinho triste esses dias - disse a criança, com uma falsa tristeza em sua voz.
-Oque lhe ocorreu, querida? - Perguntou o homem com preocupação genuína em seu tom.
-Me sinto inferior aos meus tios e irmãos... enquanto eles podem lutar com espadas, arco e flecha, lanças e um monte de coisas legais, eu tenho que ficar com a chata da Septã bordando e lendo livros incrivelmente desinteressantes.
O rei sabia do desejo de sua neta em se tornar uma guerreira como a mulher que deu origem a seu nome, mas ele também sabia que a menina tinha uma tristeza dentro de si pelo seu ovo de dragão não ter chocado. Visenya e Aemond eram os únicos dentro das crianças que não possuíam dragões, até o jovem Lucerys, de 5 anos, possuia um dragão.
-Já sei onde a senhorita quer chegar com essa conversa. Talvez eu consiga um professor para te ensinar a lutar - disse o homem, sorrindo.
-Sério?! Eu sabia que você ia me entender, vovô. - Respondeu a menina sorridente, logo correndo para os braços de seu avô.
