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FELLIPP BARBIERI

Havia acabado de pousar em Edimburgo e já me encontrava atrasado para minha própria festa de noivado e eu não ligava a mínima. Já não bastava ter que me casar e agora cederei meu precioso tempo com coisas insignificantes como essa.

Meu casamento será apenas uma obrigação. Aos olhos das pessoas, serei casado, porém na minha cama continuarei com a minha vida de solteiro. E quando chegar a hora de um herdeiro, minha querida esposa estará logo ao meu dispor para assim exercer seu papel.

Não pretendo e não serei fiel à minha futura esposa. Sei que a garota é virgem, ensinada a como se portar sendo uma boa esposa de um mafioso.

A decisão de não querer tocá-la não significa que ela terá os mesmos direitos que eu. Muito pelo contrário, ela se manterá virgem até quando eu quiser.

— Esse silêncio todo é de felicidade. — Saio dos meus pensamentos quando ouço a voz de Enrico, meu amigo e capitão, que me acompanha para manter minha segurança contra esses escoceses.

— Não enche! — Falo sem humor, ouvindo sua gargalhada. O desgraçado está zombando de mim. Mal cheguei nessa cidade e já quero ir embora. O frio constante e úmido dessa cidade me deixa enjoado. Odeio o frio e as estações chuvosas, apesar de que na Calábria o frio também é permanente e daqui a alguns meses vai começar a nevar, o que para mim é uma tortura.

O carro para em frente à propriedade da família Mackenzie. Desço do veículo sentindo o vento bater contra meu rosto. Olho à minha frente, vendo o quão grande é o castelo dos Mackenzie, o visual antigo todo de pedra, porém elegante.

De longe, noto que a festa está acontecendo. Começo a andar, tendo a presença de Enrico ao meu lado.

— Deve se apresentar ao seu sogro. — Ele aconselha, e um riso nasal escapa por meus lábios.

— Do que está rindo? —  ele pergunta.

— Não vou me apresentar àquele velho do Maxwell.

— Pare de agir como um pirralho, Fellipp. Sei que não queria esse casamento, porém arque com suas obrigações. Se apresente logo, conheça sua noiva. Quanto mais rápido fizer isso, mais rápido podemos ir embora — ele declara, um tanto alterado, e percebo que ele tem razão.

— Ok, mas antes irei fumar — Enrico revira os olhos e sigo para trás da propriedade, passando despercebido, enquanto Enrico se dirige à casa com alguns soldados.

Acendo um cigarro com um pouco de dificuldade por conta desse vento infernal, levo até a boca, tragando a fumaça e soltando-a no ar. Ao longe, avisto um estábulo e uma imensa floresta. Mais adiante, o caminho até o estábulo é de tijolinhos e gramado em volta.

Puxo a essência do cigarro, vendo a fumaça expirar no ar, a brisa fresca do ar batendo contra meu corpo, me causando arrepios.

— Que porra de frio — resmungo, jogando a bituca no chão. Levo meu olhar para a parte externa da casa e vejo uma figura feminina.

— Você está perdido? — pergunta com um tom de voz fino, quase irritante.

Analiso o corpo da mulher à minha frente minuciosamente: seus longos fios ruivos alaranjados, corpo curvilíneo, olhos claros. Me arrisco a dizer que são verdes, porém, dessa distância, não posso ter certeza.

— Estou tudo, menos perdido — respondo, vendo-a se aproximar com passos pequenos e postura ereta. Seu vestido solto se remexe com a força do vento.

— Então, se não está perdido, está entediado? — ergo minhas sobrancelhas ao perceber que a mulher me fita descaradamente.

— E se eu estiver, tem alguma sugestão de algo para superar meu tédio?

          

A mulher desconhecida por mim esboça um sorriso malicioso. Observo suas íris, tendo a confirmação de que seus olhos são verdes.

— Talvez eu tenha...

Sem esperar por uma resposta, a mulher me ataca com um beijo, correspondo segurando em sua cintura, e ela leva a mão em meu pescoço, aprofundando o beijo, quase me engolindo.

Separo nossos lábios, forçando um sorriso. Não gosto quando as mulheres conduzem, prefiro conduzir e tomar a atitude em tudo, no beijo e principalmente no sexo.

— Você beija muito bem. — declara, e limpo minha boca que estava com a saliva da mulher.

— Faço coisas ainda melhores com meu amigo.

— Ah, então me mostra.

Vejo o exato momento em que a mulher iria pular em mim e atacar meu lábio, porém sou mais rápido e a paro.

Ela me olha confusa, franzindo o cenho.

— Se é isso que você quer, para que perdemos tempo? — digo, impedindo seu beijo babento.

— Tem razão.

A mulher me puxou, entramos na área interna do castelo e sem perder tempo, ela levanta a saia do seu vestido, me dando visão da sua bunda, a calcinha entalada no meio do seu rabo. Olho para o lado, atentando que provavelmente ninguém viria aqui. Já estou atrasado mesmo, o que é mais algumas horinhas.

Porra, a mulher está praticamente nua para mim. Não posso fazer uma desfeita dessas, sem contar que isso acaba totalmente com meu tédio.

Estapeio a bunda da mulher, que solta outro gemido que está mais para um grito, além de tudo é escandalosa. Vejo a safada arrebitar mais a bunda, arqueando mais o corpo de quatro para que eu entre até o fundo.

Estou quase atingindo meu orgasmo quando ouço um gritinho estridente de uma voz que parece mais uma canção de tão doce que é.

Ergo meu olhar vendo a garota vestida de forma estranha, sei que são os trajes da Escócia.

— Porra — saio de dentro da mulher, tirando o plástico da camisinha envolto no meu pau, fecho o zíper da minha calça, vendo a garota sair correndo em direção aos estábulos.

De longe não pude ver com clareza seu rosto, mas sua voz fica ecoando na minha mente. Com toda surpresa, aquilo foi um grito de surpresa.

— Por que paramos? — a desconhecida pergunta manhosa.

— Perdi a vontade — falo, pegando outro cigarro, me sentindo frustrado. Perdi a oportunidade de me aliviar e ainda estou de pau duro.

— Eu posso dar um jeito nisso. — Observo ela colocar a calcinha no lugar e abaixar o vestido.

— Quem era aquela garota? — Pergunto, soltando a fumaça no ar.

— E a tola da minha priminha. Não me admira ela ter gritado, é uma puritana virgem que acaba de sair das fraldas e não sabe o que é um ato sexual.

A forma como ele descreve a garota é ácida. Presumo que não se dão bem, já que está falando assim da prima.

— Você ainda está bem animado? — Seu olhar desce para o meu pau. — Deixa eu te agradar.

A mulher se agachou à minha frente, desabotoando minha calça e abaixa junto com a cueca. Ela me olha como se esperasse permissão, mas não falo nada.

Vendo-a abocanhar meu pau de forma desesperada, agarro em seu cabelo, forçando-a contra meu pau com tamanha força. Ouço ela se engasgar, mas não me importo, empurro ainda mais contra sua boca, a fodendo sem dó.

Uma esposa para o mafioso: Livro 2 Série Máfia N'drangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora