No luxuoso internato Batchelor Boarding, Annelise Hinsley e Vinnie Hacker são jovens herdeiros que dominam o campus com sua riqueza e ambição. Entre festas extravagantes e rivalidades intensas, eles travam uma batalha pelo controle absoluto. Vinnie...
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• ᴘᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ᴠɪsᴛᴀ ᴅᴀ ᴀɴɴᴇʟɪsᴇ •
Ao entrar no campo onde ocorria o treino das líderes de torcida, pude sentir a energia contagiante e nostálgica que envolvia o ambiente. O sol brilhava no céu, tingindo o ar frio da tarde com uma suave luz dourada, enquanto eu observava as meninas executando suas coreografias com precisão. No entanto, faltava sincronia e graciosidade.
Me lembro dos meus dias aqui, dançando no centro, gritando o nome de Harry Walker, o quarterback da época, a multidão de adolescentes torcendo pela sua escola, cantando musiquinhas ensaiadas e provocativas. Nossa, eu não lembrava de quanta saudade eu sentia.
O gramado verde se estendia diante de mim, salpicado pelos tons vibrantes das roupas de treino das líderes de torcida - vermelho e azul marinho, as cores da nossa escola. No centro do campo, destacava-se a figura alta e imponente da treinadora Sue. Seu cabelo loiro é curto, na altura das orelhas, mantinha a mesma aparência ressecada, e seus lábios finos e bem definidos formou-se um sorriso ao me notar. Seus olhos azuis brilharam com surpresa e felicidade ao me ver ali, um brilho de reconhecimento e afeto que não havia mudado desde que eu havia deixado a escola, apesar das sobrancelhas definidas que adicionam seriedade e perspicácia no olhar.
— Continuem, meninas. Se eu ver uma distração sequer, serão cinquenta flexões! — Sue grita em seu megafone, e então avança em minha direção com entusiasmo. — Olha só, se não é a minha torcedora prodígio!
O calor em sua voz e o brilho em seus olhos deixaram claro o quanto ela estava feliz em me ver novamente. Eu sabia que tinha um lugar especial em seu coração, mesmo ela sendo a casca grossa que amedronta a todos.
— Treinadora Sue! — Sorri para ela e observo as meninas concentradas nos exercícios. — Elas nem sequer olham para trás.
— São as minhas ovelhinhas obediente. Não são como você, e eu gosto disso. — Critica, embora no fundo saibamos que ela aprecia meu espírito rebelde.
— Ah, você sabe que eu sempre fiz o que era melhor para o time, treinadora. — Brinquei, lançando-lhe um olhar travesso.
Ela soltou uma risada, sacudindo a cabeça com diversão.
— Você é uma peça única, Annelise. Pretende voltar a treinar?
— Com certeza, eu senti falta de toda a ação. Sem contar que o lacrosse não chega perto do bom e velho futebol americano. É mais emocionante. — Comparo.
— Amanhã começará as inscrições. Espero que se inscreva para entrar no time.
