Eu e Leandro namoramos desde os nossos treze anos, tipo aqueles amores infantis que você acha que não vai durar muito -a maioria realmente não dura- mas por alguma razão, eu e ele sempre estivemos juntos.
Leandro é daquele tipo de homem que fala “fé nas malucas!” e às vezes geralmente ele não tá nem zoando, sou um pouco elevadamente paranóica e ciumenta, mas meu namorado nunca se importou com isso, ele até gosta.
Nunca cheguei a passar dos limites nos meus ciúmes e pretendo nunca passar. Meu problema mesmo é ter ciúmes constante, pode não ser um ciúme forte mas ele é frequente.
Ele também é bem ciumento, mas do mesmo jeito que eu, ciúme excessivo mas não um ciúme forte.
Enfim, estávamos no carro agora porque acabamos de sair da casa dos meus sogros e então eu tive a brilhante ideia de fazer um “teste” com o amigo dele.
Eu tinha visto a alguns dias atrás uma trend no tiktok pra ver se o amigo do namorado iria acobertar ele. Confesso que dependendo do que acontecer aqui agora, o meu namorado e o amigo dele estão fudidos.
O JP murilo vai ser o escolhido da vez, ele está solteiro.
Sei que ele vive na vida de revoada, só para em casa quando tem alguma mulher com ele, então assim, escolhi ele propositalmente pra ser sincera.
─────Isso vai dar merda. ─ meu namorado murmurou, eu cruzo os braços olhando pra ele com minha sobrancelha arqueada e então pergunto.
─────Porque? Acha que ele vai encobrir você? ─ eu pergunto, paranóica nada né? Graças a Deus.
─────Não, fica vendo. ─ ele falou após fazer um som de estalo com a língua no céu da boca, remetente a um “tsc”.
João Pedro atendeu a chamada que eu fazia pelo meu celular e então eu pergunto.
─────Oi Jota, de boa? ─ eu perguntei assim que o garoto atendeu, logo sendo respondida.
─────E aí cunhada, suave e tu? ─ ele falou, perceptível que estava em casa. Como eu disse, com certeza deve estar com alguma mulher ali.
─────Tô bem também. Então, queria saber do Leandro, ele disse pra mim que estava indo pra sua casa pra jogar contigo, queria saber se ele já chegou. ─ eu falo, recebendo um completo silêncio como resposta. Já com esse silêncio eu olho de canto pro meu namorado, que levantou as mãos em rendição como se não tivesse culpa de nada -ele de fato não tem culpa de nada-.
