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ele me deixou em casa de madrugada. cerca das três e meia, estava girando a chave de casa devagar e empurrando a alta porta. tranquei novamente e subi as escadas com o salto na mão. abri a porta do meu quarto e entrei. joguei os saltos no canto e passei a mão nos cabelos. nem estavam bagunçados.

decidi não pent..

— onde caralhos tu estava?

estava sentado na cama. a mão com o copo. tomou o resto de uma vez e colocou na mesinha.

— nicolas, vai para o seu quarto. estou cansada.

— tá cansada? - levantou, me encarando. — cansada de quê?

eu o olhei sem reação.

— eu fui levar aquela canso em casa, e tu foi correndo dar para ele?

eu engoli em seco.
ele estava muito, mas muito bravo.

ele avançou de uma só vez e fechou a mão no meu pescoço, segurando firme. eu o olhei séria. não podia me arrepender da minha decisão e, francamente, não estou arrependida.

— que porra tu tá pensando?

— pensei que tivesse entendido. - respondi o olhando.

ele cerrou os olhos azuis.

— eu entendi. mas não quero entender.

sua outra mão entrou nos meus cabelos.

— tu quer dar para dois caras? tá me tirando? - senti o puxão no meu cabelo. — aquele mongol nem deve te foder direito.

eu arfei. contra a minha vontade, mas arfei.

— não vou ficar com os dois. - expliquei sentindo a mão dele apertar meus fios. — vou ficar com ele.

ele riu baixo.
mas eu não ri, então ele parou.

— para. - disse contra a minha boca. eu permaneci o olhando nos olhos. — para, caralho. não vai.

— vai para o seu quarto, nicolas.

ele negou com a cabeça.

— fala sério.

— eu estou falando! - respondi sem paciência. — não vamos continuar isso. vou namorar de verdade com ele, agora. - ele soltou meu cabelo. — eu fui para a casa dele. eu transei com ele. porque ele é meu namorado. meu namorado assumido. - ele tombou a cabeça para o lado. os olhos azuis se enchiam de raiva.

mas eu não ligava mais.

— eu posso estar com ele em qualquer lugar. posso trazer ele em casa e o fazer conversar com meus pais. - levei a mão à dele, no meu pescoço, e puxei. ele deslizou ela dali aos poucos. — ele pretende ter algo comigo. ele quer se casar, comigo. não só transar. ou pior: transar escondido de todos. não sou um lanchinho para ele.

vi a boca dele tremer. ele abriu, mas não saiu nenhum som.

— eu vou ficar com ele. é melhor se acostumar, estou terminando essa aventura que começamos. - ele puxou meu cabelo com a mão que ainda estava no cabelo. — ele.. - enfiou à mão no meu pescoço outra vez. — ele me ama.

ele me olhou antes de cuspir as palavras no meu rosto:

— eu também te amo.

meus olhos se arregalaram.
meu coração disparou.
a coragem com que eu falava as palavras virou água, e eu, líquido.

— não ama.

— muito. pra caralho.

— para, nicolas. - minha garganta trancou. — não pode falar isso.

ele apertou mais meu pescoço e aproximou o rosto do meu. me olhando.

— vou resolver isso. vamos dar um jeito. - suas palavras saiam e o hálito aquecia minha boca.

eu o beijei.
beijei muito.

(...)

[hot]
ele deslizou minha calcinha do corpo e abriu mais minhas coxas, enfiando o corpo no meio do meu.

senti ele pincelar na entrada e pressionar a ponta, então levar o rosto ao meu.

— tu mexe comigo pra caralho. - disse contra a minha boca, colocando devagar. — eu sou doido por tu.

deslizei a mão do seu abdômen para o seu queixo, e o beijei devagar. ele continuava empurrando, na intenção de colocar tudo.
parei o beijo para gemer baixo.

— tu me deixou viciado. - puxou meu lábio, ainda empurrando.

eu o olhava. os olhos azuis pareciam brilhar.
eu já vi diversas vezes ele queimar de desejo.
mas não brilhar.

então senti ele empurrar o resto, fazendo meu corpo pular para cima com a pressão. gemi contra a boca dele, o olhando.

— eu também amo você.

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⏰ Última atualização: Nov 07, 2024 ⏰

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